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Sustentabilidade – Materiais alternativos ao couro e movimento pelo fim do uso de peles crescem no mundo da moda

Na última semana, um dos maiores grupos varejistas do mundo da moda anunciou que não venderá mais peles de animais em seus e-commerce. Com a…

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Na última semana, um dos maiores grupos varejistas do mundo da moda anunciou que não venderá mais peles de animais em seus e-commerce. Com a decisão, o Net-A-Porter tomou um grande passo na caminhada da sustentabilidade, que está cada dia mais em alta no mundo da moda. Enquanto grifes como Prada, Gucci e Fendi ainda insistem em utilizar o polêmico material, cresce a preocupação com o desenvolvimento de materiais tecnológicos que possam suprir a demanda daqueles de origem animal.

Couros criados a partir das fibras do abacaxi, de troncos de árvores e até mesmo de resíduos da produção vinícola já são realidade e novas opções não param de surgir. As novidades agradam os vegetarianos, os ambientalistas e também os defensores da causa animal, além de fornecer um leque de infinitas possibilidades para os designers.

A estilista brasileira Flavia Aranha desenvolveu o Tecido da Floresta, uma técnica inovadora que utiliza algodão e látex natural e é produzida pelas mãos talentosas de artesãos da Amazônia. O material é maleável, biodegradável, não leva químicos em sua produção e tem um aspecto rústico bastante semelhante ao couro. A produção ainda é pequena e bastante experimental, já que é preciso aguardar a maturação do latex, mas algumas peças criadas com o tecido já podem ser encontradas na internet. Em 2016, Flavia produziu uma coleção em parceria com a Insecta, outra marca brasileira focada na sustentabilidade e que não utiliza produtos de origem animal na confecção de seus calçados.

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Flávia Aranha + Insecta Shoes

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Tecido da Floresta: algodão e látex se transformam em material artesanal e semelhante ao couro

Na Itália, a revolução vem do vinho. O designer milanês Gianpiero Tessitore criou o Wineleather®, um tecido tão maleável e durável quanto o couro, porém produzido de forma completamente ética e sustentável a partir de resíduos descartados pelas vinícolas. O material surgiu após 2 anos de estudos intensos e começou a ser vendido no ano passado, podendo ser usado para roupas, acessórios e até mesmo a decoração.

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O Wineleather é produzido a partir de resíduos descartados pelas vinícolas.

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Sapato feito a partir do “couro de vinho”. 

Embarcando nessa onda, a marca londrina Bourgeois Boheme lançou uma coleção inteira feita a partir do “couro” de abacaxi. O material foi desenvolvido pela Ananas Anam e de trata de um têxtil natural, produzido a partir das fibras da folha da fruta. Como as folhas são um subproduto do cultivo, não é necessário mais terra, fertilizante ou mesmo água para produzí-las, sem contar que a produção ainda fornece uma fonte de renda adicional aos agricultores. Essa combinação torna o Piñatex um material ético e sustentável, além de visualmente belíssimo.

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Bourgeois Boheme + Piñatex

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