Para Platão, Sêneca e Rousseau, toda aparência é uma casca enganosa que recobre uma essência muito diversa. Não é por acaso que muitos dos que acreditam que a função da arte é “dizer a verdade” sobre o real, como os diretores do neorrealismo italiano, prefiram o preto e branco.
Uma citação bem popular do fotojornalista Ted Grant diz: “Quando você fotografa pessoas em cor, você fotografa suas roupas. Mas quando você fotografa pessoas em preto e branco, você fotografa suas almas!”. Como se, a falta de cores vibrantes, conduzissem o telespectador a ver mais do que está exposto, reconhecer a atmosfera em torno da foto, desviando o olhar da aparência para a essência das coisas e assim capturar os detalhes do mundo sensível.
É por essa razão que as fotos em branco e preto em geral parecem mais dramáticas e mais trágicas do que as fotos coloridas: é que as primeiras ressaltam os conflitos, as contradições e boa parte de sua força deve-se às profundas áreas de sombra…
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Seremos Julgados
Sabemos que seremos julgados publicamente por nossas escolhas. Como diz Pastoureau, “todos somos julgados, classificados, hierarquizados, postos em números e em discursos, quer queiramos ou não”. Assim, é comum que muitos de nós ostentem não o que somos, mas sim o que deveríamos ser diante da sociedade.
O dever-ser é a fachada social de cada um de nós. Cada indivíduo busca aparecer socialmente como algo que ele gostaria de ser, mas não é.
As fotos em preto e branco deixam entrever em suas nuances um pouco desse conflito. Elas destacam a oposição entre dois termos antagônicos (luz e treva), enquanto as fotos coloridas só registram as diferenças entre múltiplos termos. O branco é a negação do preto, mas o vermelho não se opõe ao azul, nem este ao amarelo: são apenas matizes distintos, que subsistem lado a lado ou mesclados nas cores derivadas. A contradição desapareceu: só restaram as subdivisões de um mesmo elemento.
Como se baseiam numa contraposição de valores antagônicos, as fotos em preto e branco são mais propícias à expressão de juízos éticos sobre a realidade, pois o claro e o escuro estão tradicionalmente associados a conceitos polares: vida e morte, bem e mal, verdade e falsidade.
“Encontra-se o dualismo de duas forças antagônicas na mitologia e filosofia de muitas culturas […] O dia e a noite tornam-se a imagem visual do conflito entre o bem e o mal. A Bíblia identifica Deus, Cristo, a verdade e a salvação com a luz, e o ateísmo, o pecado e o Diabo com a obscuridade”, explica Rudolf Arnheim em seu livro Arte e percepção visual.
Esse universo de luz e sombra é inerente também à natureza humana. Somos metade luz, metade trevas, mesmo que esse último se refira aquilo que está no inconsciente, ainda alheio ao ego. Há uma cobrança para que sejamos apenas luz – uma boa criatura perante o crivo da sociedade, um bom menino ou menina para os pais, e assim, por questão de sobrevivência, jogamos nossas transgressões e desobediências para a inconsciência, onde estas ganham energia e vão se tornando monstruosas.
Por isso tenho medo da perfeição. Quanto mais perfeição aparente, mais sombra reprimida e de igual proporção. A fotografia em preto e branco, revela um pouco deste conflito…
Isso não significa que os valores atribuídos ao branco e ao preto sejam fixos: há mitologias que destacam o caráter fecundante do negro (pois tudo nasceu das trevas) em oposição à esterilidade do branco. Só que o ponto fundamental reside no fato de que sempre há uma contraposição direta entre os dois polos: um deles desempenha um papel positivo, e o outro, negativo. E, com base nessa polaridade, expressamos nossa visão acerca do homem e do mundo. Como explicou Goethe em sua Doutrina das cores, os artistas renascentistas pintavam figuras escuras em um fundo claro, e os barrocos dispunham figuras claras num fundo escuro.
Há ainda um outro aspecto a ser destacado, ao que tudo indica, o emprego do claro-escuro aparentemente aumenta a nossa capacidade de expressar as paixões humanas. A mesma opção é frequentemente adotada no cinema: quantos diretores preferem filmar suas obras em preto e branco, mesmo tendo à mão a possibilidade de usar as cores?
Essa missão talvez exija do fotógrafo ou profissional envolvido, um esforço ainda maior, pois quem trabalha com nuances está mais sujeito ao desastre. É necessário sensibilidade extrema para se despir das cores e traduzir a essência destes embates, em contrastes de luz e sombra, transformando-os em imagens poéticas e belas.
Nesse quesito a fotógrafa deste ensaio, Patrícia Magalhães do Valentina Studio, desenvolveu profundidade de olhar e desejo de captar a alma por traz de nossas simples superfície, e, retrata com maestria, toda complexidade do Ser.
Artigo construído a partir de trechos da matéria : Cor ou preto e branco? Razões de uma escolha.
Foto: Patrícia Magalhães do Valentina Studio (@valentina_studio) – Make Katia Leal (@katiarleal)
Denise Pitta pelas lentes do Valentina Studio (@valentina_studio)
A falta de cores vibrantes, conduzem o telespectador a ver mais do que está exposto, reconhecer a atmosfera em torno da foto, desviando o olhar da aparência para a essência e assim capturar os detalhes do mundo sensível
“Quando você fotografa pessoas em cor, você fotografa suas roupas. Mas quando você fotografa pessoas em preto e branco, você fotografa suas almas!” (Ted Grant)
Sobre os ensaios e editoriais do Fashion Bubbles
É em homenagem às mulheres poderosas – sabendo que todas são, mas poucas se descobrem assim – que o Fashion Bubbles realiza em parceria com a Valentina Studio seus ensaios e editoriais de Moda.
A proposta é ousada por escolher mulheres nos mais variados estilos, ou seja, modelos, não modelos, algumas magras, outras nem tanto. Idade? Não importa muito, antes ou passando dos 40 ou até dos 70. Beleza que se revela não apenas pela pele fresca dos vinte e poucos anos, mas sim, pela alma, pela história e orgulho de cada uma.
Para compor os looks, escolhemos marcas estilosas que traduzem todo o poder do feminino, contando um pouco do seu estilo e sua história, produzindo fotos lindas que farão sucesso nas redes sociais.
Para saber mais informações ou participar de nossos editoriais entre em contato com Denise Pitta: denise@fashionbubbles.com ou no WhatsApp (11) 99318-4356.
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Créditos
Sobre a Valentina Studio
O Studio Valentina, especializado em Ensaio Glamour para mulheres comuns ( não-modelos) #after35, afirma que todas as mulheres são poderosas e plenas, e com muito profissionalismo, convida mulheres de qualquer biótipo e idade – sem exceção, para seu “dia de top model”.
Dentre suas principais clientes, mulheres executivas do mercado financeiro, auditoras e profissionais de todas as áreas, sempre muito exigentes, validam o profissionalismo do Studio Valentina. A equipe, 100% feminina e orientada para assegurar privacidade e total discrição `as clientes, é sensível e de alto nível técnico.
Por meio de seu novo projeto #Valentinaambassadors – parceiras do Studio por todo Brasil, passa a realizar Ensaios e editoriais nas várias capitais nacionais. Confira a Agenda de 2016 no website, com as novas parcerias em Brasília, Curitiba, Goiânia e Rio de Janeiro. Sob o projeto #Editorials , o Studio Valentina inclui os ensaios editoriais temáticos e publicitários.
São todas bem-vindas!
Contato : valentinastudio.vendas@gmail.com
Whats: (11) 98105-9988
Site: www.valentinaestudio.com
FB page : https://www.facebook.com/valentinastudiofotografia/
Instagram: @valentina_studio
Fotógrafa
Patrícia Magalhães, no comando do Studio Valentina, é fotógrafa de Portrait, Glamour e Editorial, fotografando projetos especiais por todo o mundo, principalmente Oriente Médio. Seu olhar é humano e feminino, celebrando e manifestando, por meio de suas lentes, a plenitude que já existe em cada mulher, em todas as culturas.
Veja mais em www.pmagalhaes.com Instagram @patriciamgs
Stylist e Produção
Denise Pitta é digital influencer do portal Fashion Bubbles, no ar desde 2006. Atua há 15 anos no mercado de moda. Blogueira, estilista, formada em Moda e Artes Plásticas. Atualmente é especialista em tendências e comportamento, também atua como consultora de Moda e Estilo.
Instagram: @denisepitta e @fashionbubblesoficial.
Make
Katia Leal é Personal Beauty antenada com as mais modernas técnicas e produtos do mercado. No currículo, cursos na Escola Madre e com renomados make up artists, tais como Mari Pereira, Juliana Rakoza, Ricardo dos Anjos, Kaká Moraes, Henrique Mello, Simone Barcelos, Celso Kamura e Katia Freire. Penteados e tranças na Escola Madre com a Camila Irala e Lucas Posseti. Designer de sobrancelhas com formação no Senac, cursos de especialização no Instituto Blanche Marie e com a designer Eva Amaral.
Katia também é especialista em micropigmentação de sobrancelhas realistas fio a fio (3D) e esfumada formada com o Master Michel Santana. Possui ainda especialização em fios, Colorimetria e Despigmentação com a Master Elizangela Komaki, além de ser Artista com Certificação Internacional da Técnica Softap para lábios, olhos e sobrancelhas.
Katia Leal Makeup Ateliê de Beleza – Instagram @katiarleal
Site: www.katialealmakeup.com
Atendimento em domicílio ☎️(11) 99833-2110
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