Temos muito ouvido falar sobre empoderamento feminino. As mulheres vem questionando e revendo seu lugar e papel na sociedade – um passo de extrema importância para a evolução do Sapiens. Elas se organizam em grupos para buscar o sagrado feminino, vão a seminários para entender e questionar sobre este novo papel e têm representantes ferrenhas – as feministas, que lutam por seus direitos.
Toda ação, gera uma reação. E o homem, o que anda fazendo para atualizar seus valores? As coisas não retornarão ao que eram antes de toda essa revolução.
Os homens, mais que nunca, se encontram perdidos em toda essa gama de transformações. Eles também precisarão de apoio e reflexão para encontrar seu lugar nessa nova ordem da sociedade.
Mulheres, não pensem que poderão excluí-los de suas vidas… É melhor apoiá-los para que também encontrem novos modelos.
Elisabeth Kübler-Ross, psiquiatra norte-americana, identificou em seu livro “Sobre a Morte e o Morrer”, o processo de aceitação de dores, perdas, problemas, na vida humana, descrevendo os 5 passos ou estágios que passamos por eles diante de fatos na nossa existência:
- 1) Negação;
- 2) Raiva;
- 3) Barganha;
- 4) Depressão;
- 5) Aceitação.
Tenho visto sinal claro das primeiras fases, como por exemplo, o aumento do assassinato e de violência contra mulheres, assim como maior incidência de depressão e suicídio entre os homens. Então me pergunto: já não será ora de partimos para aceitação e reconstrução também do modelo masculino?
Estamos revendo com seriedade e lutando para mudar uma visão machista da sociedade. Mas o que estamos fazendo para atualizar e repensar o masculino? Quais modelos estão sendo sugeridos e construídos para esse novo homem?
Grupos e discussões que tratem desse contexto, talvez seja uma forma de apoiar e conseguir respostas às grandes questões relacionadas à masculinidade.
Sobre a importância do homem na sociedade vale a leitura: BLY, Robert – João de Ferro, um livro sobre homens. O site Essencial Terapias disponibilizou PDF do livro aqui.
“As imagens da masculinidade difundidas pela cultura popular estão desgastadas, não são mais confiáveis e devem ser revistas e atualizadas. Quando chega por volta dos 35 anos, o homem já percebeu que os estereótipos aprendidos não correspondem à realidade. Resultado de 10 anos de pesquisas sobre a masculinidade real, escondida pelos estereótipos, este livro recorre aos mitos, lendas, contos de fadas e histórias do folclore para buscar novas formas de agir, que podem ser adotadas quando o comportamento tradicional se revela obsoleto.” (BLY, Robert – João de Ferro)
Lembrando que: “Você não muda as coisas lutando contra a realidade atual; Para mudar algo, é preciso construir um modelo novo, que tornará o modelo atual obsoleto. ( Buckminster Fuller via livro Você Eu e os Robôs).
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Por Denise Pitta – Imagem de abertura via Favo do Mellone.