Manutenção de automóvel em 7 dicas valiosas para deixar seu veículo sempre novo

+ Visita à fábrica da Ford em São Bernardo do Campo-SP e fotos da linha de montagem do New Fiesta.

Carro bom é aquele que colocamos o combustível e pronto”. Como eu tenho uma loja de autopeças é isso que sempre ouço em meu balcão, mas na boa, NÃO compre um carro de quem tem esta frase como lema. É prejuízo na certa.

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Tive o privilégio de ir conhecer a linha de produção do Ford New Fiesta (veja as fotos ao longo da matéria) e lá os engenheiros reforçaram a importância da manutenção e deram várias dicas bacanas.

Como se sabe os carros estão cada dia mais compactos, leves e cheios de tecnologia, ebaaaaaa amamos tudo isso. Mas, para que seu possante não te deixe na mão ou te faça gastar muito mais do que o necessário – e previsto – a máquina requer cuidados básicos e periódicos.

Vamos aos principais tópicos apontados pela equipe super gentil da Ford, estas em especial foram dadas pelo Adriano Kaiser, instrutor técnico:

 1) Bateria

Se o seu carro vem com uma bateria de 60 amperes, não tente economizar comprando uma bateria menor. Ele até vai funcionar por um tempo, mas esqueça, você pode acabar danificando o sistema elétrico do veículo, pois a bateria não é apenas um acumulador de energia. Ela é responsável por manter todo o sistema elétrico do carro em funcionamento.

Bateria de tamanho diferente da original ou com outra amperagem que não seja a especificada pela fábrica pode trazer problemas como a dificuldade de instalação ou a redução da durabilidade. Em caso extremos, há até o risco de explosão do acumulador de energia. Isso não é economia nenhuma.

Lembre-se também que quando o veículo não estiver com o motor ligado, deixe a chave de ignição desligada. Evite manter faróis e outros equipamentos ligados (rádios e ventiladores por exemplo), apesar de ser delicioso (e atualmente muito perigoso), namorar no carro ao som de uma música pode consumir a carga da bateria e não ter carga suficiente para dar a partida. Para evitar esse problema, muitos veículos já vem pré programados para desligar o som depois de uma hora com o carro desligado.

2) Pneus

Além de ser um item importantíssimo na segurança, o pneu pode ser também motivo de gasto maior de combustível. Pneus com calibragem baixa fazem com que uma área maior de borracha fique em contato com o solo, o resultado é mais atrito que é igual a maior consumo.

Deve-se verificar a calibragem toda semana e o carro não deve ter rodado muito, com pneus quentes é possível que você vá esvaziar e não encher os pneus.

Calibragem além do recomendado também destroem os pneus.

3) Alinhamento e balanceamento

Toda vez que trocamos os pneus, estes procedimentos devem ser realizados.

Também sentimos esta necessidade quando detectamos o volante trepidar ou puxar para um dos lados. Um carro desalinhado acaba bem rápido com os pneus. Além de dificultar a dirigibilidade, também provoca maior gasto de combustível, causa perda de tração, de estabilidade e até desgastes acentuados em componentes mecânicos.

Deve-se balancear as rodas e alinhar a direção sempre que surgirem vibrações, na troca ou conserto do pneu, ou a cada 10.000 km rodados.

 

4) Filtros de ar, óleo e de combustível

Eles são responsáveis pela retenção de impurezas que chegam até o motor. O filtro de ar muito sujo diminui o fluxo de ar para o motor que é percebido pela falta de performance, dar aquela “batida” de ar no posto não funciona.

O filtro de combustível sujo diminui fluxo de combustível. Para estes dois filtros verifique a periodicidade da troca no manual do proprietário.

Já o filtro de óleo deve ser substituído sempre que você fizer a troca de óleo do carro. Pense assim: você põe um coador novo e faz um café pela manhã, à tarde quando for fazer outro café vai usá-lo novamente? Este foi o exemplo dado pelos técnicos. Dica boa do Adriano matador.

Dicas de manutenção de automóvel e visita à fábrica da Ford em São Bernardo do Campo – SP

5) Óleo do motor

Para se medir o nível do óleo, o motor deve estar frio. Com ele quente, o óleo fica espalhado pelo motor e a medição sairá errada. Só complete se estiver próximo do mínimo.

E pelamor não opte por um óleo mais barato que aquele especificado para seu veículo. Ele vai funcionar, mas o sistema inteiro vai ficando comprometido e a vida útil deste pobre motor vai diminuir. Esta é outra “economia” que não compensa.

 6) Combustível

Esta é ótima. Quando se enche o tanque do carro ele demora um bom tempo para “baixar o ponteiro”, mas depois de meio tanque a coisa desaba de uma vez, por quê? O tanque com mais espaço vazio dá espaço para a evaporação.

A dica é não deixar o carro ficar com menos de meio tanque. Completar com dez contos, não é uma boa, porque o carro fica sempre com volume baixo de combustível. Pior ainda é ter o costume de deixar o carro sempre na reserva, a sujeira do combustível acaba se assentando no fundo do tanque e quando o combustível está baixo, a tendência é a bomba puxar até a última gota levando para o sistema de injeção toda sujeira acumulada ali.

7) Mitos

Gentem, gentem, gentem, me ouça: desengatar o carro na descida (banguela), não ajuda em nada na economia de combustível, isso podia até ter algum fundo de verdade quando os carros eram carburados, mas hoje com a injeção eletrônica o sistema se ajusta automaticamente à demanda do carro.

Quanto aos carros “flex”, outra coisa comum de se ouvir é: “qual a proporção ideal de álcool e gasolina?”. Esqueça isso, esta proporção não existe, o sistema eletrônico lê e corresponde àquilo que está sendo usado e lembre-se que a gasolina hoje em dia já vem misturada com 25% de álcool.

Dicas de manutenção de automóvel e visita à fábrica da Ford

E mais

  • Pastilhas de freio: A inspeção periódica ocorre a cada 10.000 quilômetros. Quando o freio faz ruídos estranhos, como um apito, pode ser que o material esteja gasto. Adiar a troca gera desgaste de outras peças do sistema de freio, como o disco, acarretando em gasto financeiro maior, além de afetar a segurança.
  • Amortecedores: Devem ser inspecionados a cada 20.000 quilômetros, ou antes, caso haja ruídos, batidas ou instabilidade. A sua troca pode variar entre 40.000 e 80.000 quilômetros, dependendo do tipo de uso do veículo.
  • Correia ou corrente: A Ford possui veículos equipados com correia dentada e outros com corrente de distribuição. Nos carros com correia, os sintomas que podem indicar a necessidade de troca são: barulho do tipo chiado, dificuldade de partida e falhas em acelerações e retomadas. Os veículos com corrente dispensam esse tipo de manutenção.
  • Velas: Produzem a faísca que provoca a combustão do motor. O desgaste ou folga nos eletrodos faz o carro engasgar na partida, falhar em marcha lenta e aumentar o consumo de combustível.
  • Kit de embreagem: Quando há desgaste, o pedal da embreagem fica duro e as marchas “arranham”. A vida útil do kit fica em torno de 80.000 quilômetros. Não dirija com o pé na embreagem, pois pode abreviar a vida útil do sistema.
  • Palhetas do limpador de para-brisa: Palhetas desgastadas não removem a água da chuva adequadamente e podem causar danos ao para-brisa, como marcas e riscos. Além disso, é importante conservar o para-brisa limpo e sempre verificar o nível de água do limpador.

 Visita a linha de produção do New Fiesta

Vinícius Moura representando o Fashion Bubbles e top blogueiros foram conhecer a fábrica da Ford

A visitação à fábrica não é comum e muito menos comum é fotografar e filmar a linha de produção, mas convidados vips que somos, fomos autorizados a levar nossos celulares lá para dentro.

A primeira impressão, ainda no estacionamento (ou melhor nos muitos estacionamentos), é a grandeza do lugar, para se deslocar de um galpão para outro tem que ser de carro.

A segunda grande impressão tem a ver com a segurança, é igualmente gigante, e é levada muito a sério, pise fora da faixa para ver…

Apesar do sem números de robôs, a fábrica ainda possui 2500 funcionários por turno. A parte com mais “ação” é o que eles chamam de Body Shop, subindo nas plataformas se vê um enorme “parque dos dinossauros” com “animais” cuspindo fogo ao ritmo de “street dance”.

Dicas de manutenção de automóvel e visita à fábrica da Ford

As peças metálicas vão sendo conduzidas por esteiras no chão, no teto e se posicionam milimetricamente.

O mundo dos robôs: mexe a cabeça para um lado, joga a cintura para outro e eles vão soldando e soltando faíscas fazendo um verdadeiro show. Tudo obedece a programação dos computadores e sai tudo como o combinado, se combinado fosse.

A pintura é – e não poderia deixar de ser – a parte da fábrica tratada “na ponta dos dedos”, você deve se vestir com um macacão sobre sua roupa, cobrir os cabelos com touca e protetor auricular. O carro que saiu do “parque dos dinossauros” vai sendo conduzido por um sistema aéreo até mergulhar numa piscina.

O objetivo é a carcaça se livrar de qualquer impureza ou restinho de solda. Saindo do mergulho ele recebe jatos fortes de água, até ser mergulhado numa nova piscina com fosfato. O fosfato cria uma superfície que vai facilitar a aderência da camada de primer, além de proteger a lataria dos efeitos da ferrugem.

O primer é uma base que a lataria recebe antes de ser aplicado a tinta que deverá dar a cor definitiva do veículo. Com a cor na lata é enfim aplicado o verniz brilhante. Apenas alguns detalhes são pintados por pessoas, o processo é quase inteiro feito por robôs.

Mas não acabou, o carro pintado passa por um processo de vistoria – este sim feito apenas por pessoas – que olham e tocam a pintura em busca de qualquer mínimo defeito. A grande maioria das irregularidades resolve-se com polimento, para aquilo que não se resolve polindo, há substituição da peça.

O carro segue por uma esteira no chão e vai para outro galpão ser montado: bancos, painel interno, forrações, motor, suspensão, freios… Não é exatamente a mesma emoção de ver nascer seu filho, mas é quase mágico acompanhar o “parto” de um New Fiesta novinho. Vamos acender um charuto, o evento pede.

Clique nas imagens para ver fotos ampliadas

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Por Vinícius Moura – Instagram: @primovini e Snapchat: primovinni

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Vinicius Moura: Empreender tem sido minha vida e escrever é o que me eleva. Os assuntos são totalmente aleatórios.
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