Ternos para elas – A influência de looks masculinos no vestuário das mulheres
A mulher luta para conquistar seu espaço desde sempre. Esta não é apenas uma questão de manter uma dupla jornada de trabalho (afazeres domésticos e…
A mulher luta para conquistar seu espaço desde sempre. Esta não é apenas uma questão de manter uma dupla jornada de trabalho (afazeres domésticos e a vida profissional), cuidar dos filhos, do casamento e superar obstáculos.
A primeira mulher a aderir aos looks masculinos foi a atriz Marlene Dietrich – pode-se dizer que ela foi um ícone neste quesito. A alemã naturalizada estadunidense era uma das atrizes mais influentes daquele tempo. Em 1920, causou frisson quando apareceu em público de calça.
Uma década depois, em 1930, Marlene escandalizou o cinema e o mundo em um modelo de terno e gravata para o filme Morocco, de Josef Von Sternberg. O look tipicamente masculino gerou certo desconforto no público.
“Marlene Dietrich, que fez do terninho seu emblema, zomba das convenções, pois as mulheres da época não usavam calças e isso ajudou a mudar uma visão ultrapassada que vigorava na época, exprimindo a necessidade então emergente de reposicionamento feminino na sociedade, em busca da sua própria afirmação, principalmente no trabalho”, segundo o blog Estético e o Belo.
Foto: Marlene Dietrich e o terno que causou frisson no cinema e fora dele Via Docilitate
Marlene Dietrich ditou a moda nas telonas juntamente com o contexto histórico das grandes guerras – a moda de incluir looks masculinos no guarda roupa era mais do que necessário, como explica o portal Bolinhas:
“O período da Primeira Guerra fortaleceu a masculinização, como aconteceria depois durante a Segunda Guerra também. Devido a maior participação feminina no mercado de trabalho, por uma questão de praticidade e escassez de recursos, a moda moldou-se à nova realidade. As sufragistas – mulheres que lutavam pelo direito ao voto feminino – tinham um estilo bem particular, usavam gravatinhas com camisas, como os homens, o que combinava bem com seu ideal de promover a causa da emancipação feminina.”
Coco Chanel exerceu grande influência no uso de suéteres e tweeds, tecidos até então considerados masculinos, em looks femininos. De acordo com o portal Spiner, nesta época também “aparecem vestidos com muitos botões em linha, como nos casacos masculinos e o uso por mulheres de gravatinhas estilo borboleta. Surgem as calças femininas em estilo pijama, inspiradas em odaliscas e também calças bufantes usadas com meias até o joelho para a prática de esportes.”
“Um terninho feito como o masculino numa mulher é duplamente provocativo: sugere tanto a influência direta do terno tradicional como as implicações eróticas de uma mulher num traje masculino. As mulheres que fizeram do terninho o seu emblema –Marlene Dietrich, Katharine Hepburn, Françoise Hardy, Bianca Jagger – são sem sombra de dúvida, sensuais, porém de forma discreta, um tipo de mulher que possui uma sexualidade como uma espécie de corrente submarina, em vez de um tsunami, e elas sabem como se mostrar arrogantes, mas é tudo lógico, moderadamente.Uma mulher em um terno de homem, desde que não esteja tentando disfarçar o fato de ser mulher, é sempre provocante”, ressalta o portal Spiner.
A partir daí a febre não parou mais. Na década de 50, a forte influência do rock levou ao guarda roupa deles e delas as calças jeans e as camisetas. Calças cigarrete mais justas também fizeram parte do vestuário feminino.
De acordo com o blog Estético e o Belo, “na década de 60, Yves Saint Laurent cria o Le Smoking, simbolizando o novo posto ocupado pela mulher na sociedade, com boa dose de glamour e atitude, o visual passou a fazer parte de todas as coleções do criador e do guarda-roupa das mais chics.”
Portanto, a relação entre mulher e a alfaiataria é um grande marco da história do vestuário no século 20. Agregado ao guarda roupa da mulher, o terno tailleur implica os mesmos valores de sensualidade e poder que estão neste traje como roupa masculina. Por este motivo é que a alfaiataria tem se mantido em destaque na história da moda.
Mulheres modernas e influentes que vestem ternos
O tailleur preto é um clássico desde a sua criação e ainda muito influente nos dias de hoje Via Virtual and Memories
Modelos a la Chanel. Via Arquivo Fashion Bubbles
O Le Smoking na década de 60 por Yves Saint Laurent (esquerda) e Gabrielle “Coco” Chanel – Via Portal Bolinhas e Bread and Roses
Via Troca de Roupa
Foto: Gossip Dig
Fotos: Oficina de Estilo
Fotos: Chic
Fotos: Petiscos
Foto: Angelina Jolie e Jennifer Aniston esbanjam femilidade e um ar refinado seus modelos clássicos de terno Via Julia Petit e Se meu closet falasse
Algumas celebridades como Jessica Simpson, Winona Ryder e Halle Berry em seus modelos de terninhos.
Foto: Com direito até à gravata, os looks mais masculinizados de Chloe Sevigny (esquerda), Vitoria Beckham(centro) e Leighton Meester (direita) Via M de Mulher
A recém eleita Presidente do Brasil, Dilma Roussef, é um fiel adepta dos modelos de terninhos, assim como a jornalista Fátima Bernardes. Via Wikipedia e Dica Feminina
Na passarela
Algumas grifes já estão antecipando as tendências para o Inverno 2011 e expõem ternos em versões modernas, clássicas e muito charmosas. Estes são alguns exemplos que cabem para o dia a dia da mulher chique e moderna. Confira!!
Chanel
Via Chanel
Gucci
Via Gucci
Via blog estético e o belo, portal Spiner e portal Bolinhas
Foto de abertura: The Insider
Ainda tem dúvidas de como compor o seu visual de terninho? Assista
[http://www.youtube.com/watch?v=uCt4BGOsGNc]
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A Alfaiataria e o Poder do Terno
O terninho – Clássicos da Moda
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