História do Chapéu: um dos acessórios mais estilosos da moda

Que tal entrarmos em uma máquina do tempo para conhecer a história do chapéu? Um dos acessórios mais icônicos e especiais da moda mundial

Restam poucas dúvidas, o chapéu é mesmo um dos acessórios mais estilosos da história da moda. Há quem diga que a peça é apenas mais um item do guarda-roupa dos fashionistas de plantão. Ou seja, um adereço que somente serve para aumentar a lista de consumo e pouco mais. Entretanto, a história do chapéu é muito mais importante e complexa do que isso.

Assim, explorando a sua origem e evolução, que tal entrarmos em uma máquina do tempo para entender a história deste ícone da nossa sociedade?

 

 

Qual a história do chapéu?

 

 

A história do chapéu mostra que ele serviu não apenas como proteção contra o sol, mas também foi um importante símbolo de identidade e status social. Fonte: Wikimedia commons

 

 

O que significa a palavra Chapéu e qual sua função

 

Do latim capellus, que significa adorno para a cabeça ou um diminutivo de uma capa com capuz, a palavra chapéu tem origem no vacábulo francês chapel (atualmente chapeau). Antes de mais nada, o chapéu é um dos vários acessórios que servem para cobrir a cabeça.

Todavia, ainda que ele pareça ter uma função muito simples e bem definida, esse artigo possuiu diversas formas e propósitos ao longo do tempo. Afinal, na história do chapéu o acessório serviu não apenas como proteção contra o sol, como também foi um importante símbolo de identidade e status social.

Ou seja, esse é um item do vestuário que sempre possuiu muitas variantes. Desse modo, sendo como utilitário ou apenas como decoração, o chapéu serviu inclusive para indicar a hierarquia, a função, a condição social ou mesmo o local de origem de um indivíduo.

Em outras palavras, o acessório teve um papel de grande relevância no desenvolvimento da nossa sociedade. Nesse sentido, ele foi um item que evoluiu muito com o passar dos séculos, tendo assumido distintas características nas várias regiões do mundo.

 

 

 

Ilustração de mulheres usando chapéu de 1911.  Além de utilitário e decorativo, o chapéu serviu inclusive para indicar a hierarquia, a função e a condição social dos indivíduos. Crédito: Nordic Museum. Fonte: Wikimedia commons.

 

 

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Quando foi criado o chapéu?

 

 

A história do chapéu nos leva há muitos milênios atrás, como indica a representação da Vênus de Willendorf. Fonte: Wikimedia commons

 

 

Ainda que não tenhamos resquícios de chapéus anteriores a 3000 a. C., é provável que esse estilo de proteção já fosse usado inclusive antes desse período. Por exemplo, alguns especialistas entendem que a figura da Venus de Willendorf, de entre 27.000 a 30.000 anos de idade, pode estar representada com um estilo de chapéu de lã.

Seja como for, um dos primeiros modelos de chapéu que se tem notícia é um exemplar usado por um homem da Idade do Bronze (século IV a.C) originário de uma região montanhosa entre a Áustria e a Itália.

 

 

A Antiguidade Clássica

 

 

Desde a antiguidade vários povos passaram a usar o acessório já não apenas como proteção, mas também como adorno. Representação de Paris, com um chapéu frígio, e Eros, ca. 117-138 d.C. Crédito: Museo Nazionale Romano di Palazzo Altemps. Fonte: Wikimedia commons

 

 

Por sua vez, a primeira representação pictórica de um chapéu foi encontrada em Tebas, no Egito. A imagem, datada ao redor de 3.200 a.C., ilustra um homem que leva um chapéu com forma cônica.

Assim, a história do chapéu nos leva até os povos primitivos da pré-história, que o utilizavam como forma de proteção à cabeça. Contudo, foi a partir do período antigo que o item se tornou mais comum. Desde então, tanto os egípcios, como os mesopotâmicos e depois os gregos e romanos passaram a usar o acessório já não apenas como proteção, mas também como adorno.

 

 

Depois, que tal conhecer a história de outros dois acessórios da moda?

 

 

 

 A história do chapéu no mundo antigo

 

 

Um dos primeiros modelos de chapéu mais parecido ao que conhecemos hoje em dia foi o Píleo. Homem com um chapéu píleo, século IV a.C. Crédito: Marie-Lan Nguyen. Fonte: Wikimedia commons

 

 

Os primeiros modelos de chapéu mais parecidos ao que conhecemos hoje em dia foram o Píleo, o Pétaso e o Frígio, usados ao redor de IV a.C. pelos gregos e romanos.

 

Píleo

O píleo se tratava de um chapéu de feltro com um fundo alto e abas curtas, que depois passou a ser adaptado para uma versão em bronze que servia como capacete de proteção. Por exemplo, na Roma Antiga havia uma cerimônia de libertação na qual os escravos raspavam a cabeça e passavam a usar esse chapéu como símbolo de sua liberdade.

 

 

O pétaso era um chapéu de sol mais rente à cabeça e com abas largas, normalmente feito de lã, couro ou palha. Jovem com uma lança, vestindo um chápeu pétaso, ca. 490 a.C. Fonte: Wikimedia commons

 

 

Pétaso

O pétaso era um chapéu de sol mais rente à cabeça e com abas largas, normalmente feito de lã, couro ou palha. Acima de tudo, como um chapéu alado ele se tornou o símbolo de Hermes, o deus mensageiro da mitologia grega.

 

Frígio

O barrete frígio é um tipo de chapéu cônico macio com a ponta dobrada. Ele é associado na antiguidade a vários povos da Europa Oriental e Anatólia. Posteriormente, a partir da revolução francesa ele passou a ser referenciado como o chapéu da liberdade, apesar de o título ser na verdade do píleo.

 

 

O barrete frígio é um tipo de chapéu cônico macio com a ponta dobrada. Vaso de cerâmica grego com um jovem usando um chapéu frígio, ca. 300 a.C. Crédito: Marcus Cyron. Fonte: Wikimedia commons

 

 

O chapéu da liberdade

 

 

Antes de mais nada, apesar do barrete frígio não ter sido originalmente o chapéu da liberdade, o modelo veio a ser adotado como símbolo de libertação pela Revolução Americana (1765-1783) e depois pela Revolução Francesa (1789-1799).

Afinal, o famoso barrete vermelho com a ponta caída é na verdade inspirado no píleo romano, ainda que ele tenha sido associado ao frígio pelas revoluções do século XVIII.

 

 

O barrete vermelho se tornou um símbolo da revolução francesa. Luís XVI da França usando um chapéu, 1792. Crédito: Library of Congress. Fonte: Wikimedia commons

 

 

Tendo em consideração o impacto desses movimentos na formação do mundo ocidental, foram muitos os países que adotaram o símbolo do rouge-bonnet (boné vermelho) francês.

Por exemplo, a República do Brasil adotou a alegoria de Mariana, a efígie com o famoso barrete, em vários brasões e bandeiras de cidades, municípios e estados.

 

 

A efígie com um barrete na cabeça inspirado na revolução francesa foi adotado por muitos países. Nota de cem reais. Fonte: Wikimedia commons

 

 

Além disso, esse símbolo também está impresso em todas as cédulas do Real e na moeda de R$1,00.

Anteriormente, a efígie já havia sido adotada na nota de 1 Cruzeiro (1980) e nas de 200 Cruzados Novos (1989). Assim como o Brasil, a Argentina, Portugal, Espanha e muitos outros países também exploraram a sua simbologia.

 

 

Ilustração de Columbia, a efígie americana, ca. 1917-18. Crédito: Paul Stahr / Herbert Hoover Library. Fonte: Wikimedia commons

 

 

 A história do chapéu na Idade Média

 

 

Foi a partir da Idade Média que os chapéus passaram a servir como um claro marcador de status social. Très Riches Heures du duc de Berry Folio 1, verso – January. Crédito: Condé Museum. Fonte: Wikimedia commons

 

 

No princípio do período medieval se tornou mais comum o uso de chapéus feitos em tecido. Dentre eles, por exemplo, o chaperon, um capuz solto que era tanto usado por homens como por mulheres.

Além disso, foi a partir da Idade Média que os chapéus passaram a servir como um claro marcador de status social.

 

 

Com o tempo, os chapéus foram se tornando cada vez mais elaborados. Retrato de Arnolfini e sua mulher, 1434. Crédito: Jan van Eyck / National Gallery. Fonte: Wikimedia commons

 

 

Os chapéus para mulheres variavam de simples cachecóis à véus mais elaborados, os quais exprimiam a sua condição social.

Todavia, a partir do século XV, os chapéus femininos foram se tornando cada vez mais elaborados. O hennin, ou touca de campanário, estava na moda na França e na Flandres já entre 1460 e 1480. Além disso, as mulheres também usavam turbantes e véus levantados acima da cabeça por meio de longos cones.

Na história do chapéu, os modelos mais similares aos masculinos apenas receberam uma versão feminina a partir do final do século XVI.

 

 

Chapéu de couro inglês, 1500. Fonte: Victoria & Albert Museum

 

 

  • Em seguida, leia também sobre a história do Traje Gótico e as características do estilo medieval.

 

 

A história do chapéu no período moderno

 

 

Antes de mais nada, a confecção de chapéus era então uma ocupação feminina. O ofício ficou conhecido como “Millinery” . Fonte: fashion-era.com

 

 

O termo milliner“, usado para designar um modista ou chapeleiro, tem origem na cidade italiana de Milão. Essa era a região de onde vinham os chapéus de melhor qualidade no século XVIII, quando o uso da peça se popularizou.

Antes de mais nada, a confecção de chapéus era então uma ocupação feminina. Afinal, à época não se tratava apenas de criar um chapéu ou capa, mas também de enfeitá-lo com rendas, plumas e outros acessórios.

 

 

Desde o século XVIII, a moda feminina passou a trazer chapéus cada vez maiores e mais decorados. María Luisa con tontillo, de 1789. Crédito: Francisco Goya / Museu do Prado. Fonte: Wikimedia commons

 

 

Desde então, a moda feminina passou a trazer chapéus cada vez maiores e mais decorados. No início do século XIX a tendência já se havia espalhado por toda a Europa.

No final do século, muitos outros estilos foram introduzidos. Entre eles, por exemplo, chapéus com abas largas e coroas lisas, além do uso de novos materiais.

 

 

  • Logo depois, que tal saber mais sobre os trajes históricos com a Moda Império: um estilo original que marcou época.

 

 

No início do século XIX a tendência dos chapéus já se havia espalhado por toda a Europa. “The Millinery Shop”, 1879-1886. Crédito: Edgar Degas / Art Institute of Chicago. Fonte: Wikimedia commons

 

 

 

O chapéu no mundo

 

 

Tendo um fim não apenas decorativo, mas também prático, a história do chapéu pode ser rastreada em várias regiões do mundo. Dessa maneira, entre aqueles que serviam apenas como proteção contra o sol àqueles que funcionavam como marcador social, o acessório já apareceu em inúmeras versões.

Em seguida, veja alguns dos modelos de chapéu mais icônicos que encontramos no mundo:

 

 

Tricórnio

 

Esse chapéu possui três bicos que resultam da dobra de duas bordas laterais e uma traseira. Sendo o modelo característico de filmes de pirata e afins, o tricórnio foi popular desde o século XVI até século XVIII.

Ou seja, ele acabou por sair de moda no início do século XIX, quando deu lugar a uma nova versão de dois bicos. No auge de sua popularidade, esse chapéu serviu tanto como item de vestuário civil, como parte do uniforme de militares e navais.

 

 

Chapéu Tricorne italiano de meados do século XVIII. Crédito: Metropolitan Museum of Art. Fonte: Wikimedia commons

 

 

Bicorne

 

Também conhecido como bicórneo, esse é um chapéu de dois bicos. A princípio tinha as abas largas dobradas para cima, mas o modelo acabou por evoluir em distintas formas.

Entre os seus usos mais marcantes, o chapéu bicorne se incorporou à vestimenta dos militares a partir da década de 1790. Desde então, se tornou comum em distintos países até o início do século XIX.

 

 

O chapéu bicorne foi adotado por militares e oficiais do governo. Foto oficial de Hermes da Fonseca , presidente do Brasil entre 1910 e 1914. Fonte: Wikimedia commons

 

 

Fez

Também chamado de tarbush, esse é um pequeno chapéu de feltro ou tecido que às vezes acompanha um turbante. A sua principal particularidade é que apenas os homens podem usá-lo.

O modelo se difundiu muito durante o Império Otomano, tendo sido registrado em muitas versões.

 

 

Chapéu Fez feito em feltro vermelho, modelo que se difundiu muito durante o Império Otomano. Crédito: Édouard Hue. Fonte: Wikimedia commons

 

 

Chapéu asiático

 

Conhecido internacionalmente como “Asian conical hat”  (chapéu cônico asiático), esse se trata de um chapéu muito característico de alguns países da Ásia. A princípio, esse modelo milenar do Vietnam serviu para a proteção dos trabalhadores do campo, mas com o tempo evoluiu em estilos cada vez mais refinados.

Na atualidade, está presente em muitas versões em diferentes países como, por exemplo, China, Butão, Japão e Tailândia.

 

 

Conhecido internacionalmente como “Asian conical hat”  (chapéu cônico asiático), esse se trata de um chapéu muito característico de alguns países da Ásia. Crédito: steve the archivist. Fonte: Wikimedia commons

 

 

Kufi

 

Esse é um modelo de chapéu masculino redondo e sem aba usado por diversos povos do norte, leste e oeste da África – além de algumas regiões do sul da Ásia. Com a diáspora africana, o Kufi passou a ser registrada em diferentes partes do mundo.

Além disso, o modelo pode tanto ser de um tecido supercolorido como de outros materiais mais elegantes e discretos.

 

 

Cartola

 

Esse é um dos modelos de chapéu masculino mais icônicos de todos os tempos. Com uma aba estreita e copa alta e cilíndrica, a cartola era em geral feita em cor preta e brilhante. Mais do que um chapéu para o cotidiano, essa peça se destinava para ocasiões solenes e mais formais.

 

 

Chapéu-coco

 

Esse é um modelo de chapéu duro, de abas curtas e curvadas, geralmente preto e com copa redonda baixa. O chapéu-coco se tornou popular no final século XIX, tendo vindo a substituir a cartola após o fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) até os anos 50 e 60.

Uma das figuras mais icônicas do estilo foi o ator inglês Charles Chaplin (1889-1977).

 

 

Charles Chaplin caracterizado como Carlitos, em 1915. Crédito: P.D Jankes. Fonte: Wikimedia commons

 

 

Capelo

 

Com origem na palavra italiana cappello, esse termo na verdade representa diversos tipos de chapéu. Por exemplo, o chapéu usado pelos universitários na colação de grau ou o chapéu usado por cardeais e arcebispo da Igreja Católica.

 

 

Chapéu-Panamá

 

Esse é provavelmente um dos modelos de chapéu mais populares na história da moda. Apesar do nome, ele é original do Equador, onde se chama “El Fino”.

De cor clara, o chapéu-panamá é fabricado com um tipo de palha clara tecida em trama fechada, podendo ter vários formatos.

 

 

Artesão a confeccionar um Chapéu-Panamá no equador. Crédito: hatsfromtheheart.ec. Fonte: Wikimedia commons

 

 

Sombrero

 

A palavra em espanhol significa chapéu em geral, mas internacionalmente esse é um estilo de chapéu de abas grandes típico do México. Ainda que possam parecer divertidos, os sombreros têm como principal função proteger contra o sol muito forte da região.

O modelo possui tanto uma versão mais barata, feita com palha, como outra de melhor qualidade, feita em feltro.

 

 

A história do chapéu no século XX

 

 

O chapéu continuou a ser um acessório de destaque na primeira metade do século XX. Afinal, nessa época a peça era obrigatória a todos os homens, e muito comum entre as mulheres e crianças.

Com a fabricação industrial o artigo passou a ser mais barato e, portanto, mais acessível. Além disso, ele se tornou mais sóbrio e discreto, sendo usado para a vida cotidiana e não apenas em festas e eventos excepcionais.

 

 

O artista Douglas Fairbanks em 1918 a agitar uma multidão em Nova York. No início do século XX, o acessório era quase obrigatório para os homens. Crédito: Paul Thompson. Fonte: Wikimedia commons

 

 

Chapeleiros e estilistas famosos

 

 

Uma das lojas mais antigas na história do chapéu é a londrina James Lock & Coque, que afirma ser a mais antiga chapelaria ainda em funcionamento no mundo.

Entre os grandes nomes do setor estão, por exemplo, os de David Shilling, Elvis Pompilio e Fabienne Delvigne. Além de celebridades, vários membros da realeza europeia foram registradas com as suas criações.

 

 

Muitas celebridades e membros da realeza adotaram o chapéu ao longo da história. A Rainha da Inglaterra Elizabeth II na Australia, em 1970. Crédito: Queensland State Archives. Fonte: Wikimedia commons

 

 

Outros nomes de grande destaque na fabricação de chapéus estão os de Stetson, com o seu estilo cowboy nos Estados Unidos, e a marca italiana Borsalino. Essa última ganhou muito destaque em meados do século XX ao vestir as principais estrelas de Hollywood da época.

Além dos chapeleiros, houve grandes estilistas da moda de luxo que marcaram a história com peças inovadoras e estilosas. Dentre eles, por exemplo, Jeanne Lanvin, Elsa Schiaparelli, Coco Chanel e Halston.

 

 

Caricatura de Chanel como chapeleira para o álbum “Le grand monde à l’envers” de 1919. Crédito: Georges Goursat (Sem). Fonte: Wikimedia commons

 

 

 A história do chapéu: declínio e ascensão

 

 

Halston inclusive começou a sua carreira de sucesso com a chapelaria. Acima de tudo, foi a sua arte com os chapéus que o projetou no mundo da moda de luxo. Ele alcançou grande fama após Jacqueline Kennedy usar o seu chapéu pillbox na posse presidencial do marido John F. Kennedy, em 1961.

Entretanto, na segunda metade da década de 60 o chapéu começou a entrar em desuso e o estilista teve que se adaptar. Como resultado, a partir de então que ele passou a se dedicar à criação de roupas e outros acessórios.

Esse era um claro sinal dos novos tempos.

 

 

O boné

 

 

Homem posando com um boné, modelo mais informal que se popularizou de vez nos anos 80. Crédito: Mwabonje. Fonte: Pexels

 

 

Em outras palavras, a partir dessa década, os modelos mais conservadores caíram de vez em desuso. Desde então, o boné (do francês bonnet) começou a ganhar cada vez mais destaque. Mais mole e com uma aba única voltada sobre os olhos, o modelo surgiu no século XIX. Contudo, se popularizou a partir dos anos 60 e mais significativamente nos anos 80.

Tanto homens como mulheres de todas as idades usam esse novo chapéu do final do século XX, apesar dele ser mais popular entre o público infanto-juvenil. O modelo tem um ar mais esportivo e informal, tendo como principal função proteger a cabeça e os olhos dos raios solares.

Seja como for, o boné é sem dúvida um artigo fashion muito popular em vários países do mundo.

 

 

 

 

Como é medido o chapéu?

 

 

Humphrey Bogart e Ingrid Bergman em uma cena do filme Casablanca em 1930, ambos vestindo um chapéu Borsalino. Fonte: borsalino.com

 

 

Os tamanhos dos chapéus são determinados a partir da medida da circunferência da cabeça de uma pessoa em cerca de 1 centímetro acima das orelhas. Os chapéus de feltro podem ser esticados para um ajuste personalizado.

Além disso, alguns chapéus, como os mais duros e os bonés de beisebol, são ajustáveis. Chapéus mais baratos vêm em “tamanhos padrão”, divididos entre pequenos, médios, grandes ou extragrandes.

Seja como for, o mapeamento do tamanho de referência para os vários “tamanhos padrão” varia de fabricante para fabricante, bem como de estilo para estilo.

 

 

O chapéu hoje

 

 

 

O chapéu tem sido reinventado sendo, assim, encontrado em versões muito descontraídas e coloridas. Crédito Gilbert Anthony. Fonte: Pexels

 

 

Em resumo, na maior parte do Ocidente, homens e mulheres deixaram de usar chapéus a partir dos 60. Como resultado, os penteados se tornaram ainda mais importantes no look.

Se na Antiguidade os chapéus representavam tanto a liberdade do indivíduo como a classe social à qual ele pertencia, hoje em dia o acessório pode ser um símbolo de estilo e personalidade.

Seja como for, o seu papel enquanto protetor contra o sol nunca caiu em desuso.

Assim, o chapéu entrou para a história como ícone indissociável da moda. Desse modo, ele passa de geração em geração, mantendo um lugar de destaque nas passarelas nacionais e internacionais e no estilo dos fashionistas.

 

 

Lojas de chapéu atuais

 

 

Antes de mais nada, o chapéu se consolida como um ícone revolucionário e ousado da moda contemporânea. Crédito: Bestbe Models. Fonte: Pexels

 

 

Em resumo, essa peça do vestuário é um ícone revolucionário e marcante na história da moda. Mas, além disso, é também um dos acessórios mais bacanas quando se fala em estilo.

Que tal ir à caça desta peça única lá no baú da sua avó? Quem sabe, assim, você acabe por descobrir verdadeiras relíquias como, por exemplo, um chapéu vintage lá dos anos 20/30. Aproveite e já o incorpore como peça-chave no seu guarda-roupa, pois ele dará ainda mais estilo ao seu visual.

Além disso, as lojas de chapéu da atualidade são em geral muito descoladas. Assim, que tal fazer uma visita?

 

 

Du Eholic

 

Há quem diga ainda que, além de tudo, o chapéu pode ser o seu cartão de visitas. Entre eles, por exemplo, está o talentoso chapeleiro brasileiro Du Eholic. O designer utiliza o acessório com muita propriedade, fazendo dele uma forma de expressar a sua personalidade e, como resultado, também de colocar um negócio de sucesso em marcha.

Entre as suas peças estão, por exemplo, chapéus feitos de saco de café, feltro e patchwork.

 

 

 

 

Loja Fiona

 

 

Coleção verão de Fiona Bennett, uma das designers de chapéu mais badaladas da atualidade. Fonte: fionabennett.de

 

 

Fiona Bennett começou a chamar a atenção no início dos anos 90. As suas produções espetaculares então tinham a proposta de elaborar arte na cabeça, o que causou um grande rebuliço. Seja como for, os seus modelos estão entre os prediletos de alguns famosos. Entre eles, por exemplo, está a artista Christina Aguilera.

 

 

 

 

Por Roberta Gerace Gazzolla e  Mariana Boscariol.

 

Mariana Boscariol é uma historiadora especialista no período moderno. Sua experiência profissional e pessoal é em essência internacional, incluindo passagens por Portugal, Espanha, Itália, Japão e o Reino Unido. Sendo por natureza inquieta e curiosa, é também atleta, motoqueira e aventureira nas horas vagas – e sempre leva um livro na bolsa!

 

Já Roberta Gerace Gazzolla é uma idealista e cidadã do mundo – apesar de ter se estabelecido em Berlim por um tempo. Além disso, é publicitária, escritora nas horas vagas, amante das bikes, moda, viagens, cinema e todas as manifestações de cultura imagináveis. E-mail: robertafashionbubbles@gmail.com

 

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Mariana Boscariol: Mariana Boscariol é uma historiadora especialista no período moderno. Sua experiência profissional e pessoal é em essência internacional, incluindo passagens por Portugal, Espanha, Itália, Japão e o Reino Unido. Sendo por natureza inquieta e curiosa, é também atleta, motoqueira e aventureira nas horas vagas – e sempre leva um livro na bolsa!

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