MUM – Museu da Moda de Canela: uma viagem através dos tempos
Em uma verdadeira aula de história da moda
Quem diria que lá numa cidadezinha bem pequena e charmosa da Serra Gaúcha – chamada Canela – (RS), poderíamos encontrar um acervo histórico de moda tão valioso. Hoje vou apresentar um pouco da história da moda recontada através deste incrível Museu Brasileiro que é a Meca da Evolução Cronológica da Indumentária Feminina (uma reconstrução estética de 4000 anos do vestuário feminino), idealizado pela estilista e empresária de moda Milka Wolff.
A paixão pela moda começou desde cedo. Aos 7 anos de idade, quando a estilista muito vaidosa já não queria mais usar as roupas herdadas de suas irmãs mais velhas, aliada ao desejo de ter uma boneca que fosse só sua e pudesse vesti-la como bem entender. Enquanto não tinha dinheiro suficiente para ter uma boneca, a artista vestia uma abóbora de pescoço, usando retalhos de cortinas da loja do seu pai. Após muito economizar e poupar todos os cruzeiros possíveis, Milka realizou seu sonho de ter uma boneca e poder vesti-la com diversos looks, deixando sua criatividade de estilista aflorar.
A partir daí sua paixão pela moda só deslanchou e culminou com a criação deste local histórico que é o MUM – Museu da Moda de Canela.
Por dentro do MUM
O passeio pelo MUM evoca uma visita à história do vestuário feminino desde os tempos mais antigos começando lá na Pérsia até os clássicos outfits vestidos pelas celebridades do cinema Hollywoodiano, como a vestido branco plissado de Marilyn Monroe ou o eternizado tubinho preto de Audrey Hepburn em “Bonequinha de Luxo”.
Exposição com vestidos clássicos usados pelas celebridades do cinema Hollywoodiano, como a vestido branco plissado de Marilyn Monroe – Museu da Moda
Ou o eternizado tubinho preto de Audrey Hepburn em “Bonequinha de Luxo”. E como não podia faltar, Carmem Miranda, a única estrela brasileira a lançar uma tendência mundial – Os turbantes usados por ela, viraram uma verdadeira febre entre as fashionistas da época – Museu da Moda
Descubra agora um pouquinho das curiosidades sobre algumas peças do guarda-roupa atual que têm origem lá com nossos ancestrais:
Túnicas: Vocês sabiam que na Antiga Pérsia (hoje conhecido como Irã) no século VI A.C, se usava couro curtido para a confecção de túnicas que cobriam a parte superior do corpo e calções folgados para as pernas, que logo foram substituídos pelas túnicas franjadas e mantos, características dos povos conquistados? Predominavam nesta era os tecidos como a lã, o linho e a seda trazida da China.
Cintos: Já a adesão dos cintos por cima de túnicas largas (muito usado hoje em dia) data da época 1300 A.C. e 200 A.C. e identificava os povos assírios e babilônicos . Eles vestiam túnicas de mangas curtas e justas, uma vestimenta comum das classes mais baixas. Para identificar uma classe mais alta, a túnica tinha que ser longa até os pés e de tecido nobre. Já para diferenciar um monarca, junto desta peça vinha uma estola ou sobrecapa de cor diferente.
Chanti: Que a roupa era instrumento de distinção de classes muitos de nós já sabíamos, o curioso é que no Egito antigo (1500 A.C.) os escravos dos palácios andavam praticamente nus. O chanti era um pedaço de tecido enrolado várias vezes no corpo, como uma tanga, preso por um cinto. Já os faraós usavam uma túnica longa chamada calasires.
Quitão ou Túnica Grega: A indumentária grega era composta de 3 peças: uma túnica de linho (quitão), uma sobreveste de lã (peplo) usada apenas pelas mulheres e uma capa de lã (clâmide).
Ao longo do tempo adotaram-se diversas maneiras de amarrar os cintos e franziam-se os tecidos. As guarnições ficavam por conta das listras e debruns coloridos. O tecido predominante era o linho branco.
Toga: Vocês sabiam que a famosa toga tem origem no povo etrusco-romano? Este traje simbolizava o poder das classes superiores. Os tecidos marcantes daquela época eram a lã, o linho e o algodão.
Já para os ricos a seda predominava em suas vestes. As cores mais usadas eram: vermelho, amarelo e o azul, com franjas douradas.
Agora confira fotos com trajes de diversos períodos
Confira as fotos do MUM, Museu da Moda de Canela, acompanhando um pouco da história da moda
Antiguidade
Vestuário Grego – Museu da Moda
Vestuário Egípcio – Museu da Moda
Idade Média
A Idade Média foi o período entre os anos 476 a.C. e 1453 c.D nos séculos V a XV d.C..As roupas e os sapatos da época eram bastante volumosos e escondiam quase inteiramente o corpo, especialmente o da mulher. As mais jovens até chegavam a revelar o colo, mas a Igreja sempre desaprovou os decotes. Pode-se dizer também que já existia moda, naquele tempo, com a introdução de novidades na forma de vestidos, chapéus, sapatos, joias, etc.
Vestuário básico das mulheres incluía roupa de baixo, saia ou vestido longo, avental e mantos, além de chapéus com formas as mais variadas (imitando a agulha de uma torre, borboletas, toucas com longas tiras) e exagerados (em alguns locais foi preciso alterar a entrada das casas para que as damas e seus chapéus pudessem passar). Na época, cabelos presos identificavam a mulher casada, enquanto as solteiras usavam cabelos soltos.
As cores mais usadas pelas mulheres eram o azul real, o bordô e o verde escuro. As mangas e as saias dos vestidos eram bufantes e compridas. As mais ricas usavam acessórios, como leques e joias. Leia mais no Só História e no CPT.
Na Idade Média, a habilidade dos artesãos fez com que as roupas passassem a ser mais refinadas, costuradas de forma esmerada, com aplicação de joias e pedrarias. A seda era o principal tecido utilizado, mas lã, o algodão e o linho também compunham a indumentária – Museu da Moda
As cores mais usadas pelas mulheres eram o azul real, o bordô e o verde escuro. Dos romanos vieram os tecidos drapeados. As mangas e as saias dos vestidos eram bufantes e compridas. As mais ricas usavam acessórios, como leques e joias. Os tipos de vestimenta eram túnicas, mantos e espécies de calças – Museu da Moda
Renascimento e o Conceito de Moda
O Renascimento teve sua origem na península Itálica, que era o centro do comércio mediterrâneo. Com a economia dinâmica e rica, os excedentes eram investidos em produção cultural. A burguesia oriunda das camadas marginais da sociedade medieval, tornaram-se mecenas, investindo em palácios, catedrais, esculturas e pinturas, buscando aproximar seu estilo de vida ao da nobreza.
O final da Idade Média e início do Renascimento foi um período muito importante para a história do vestuário, pois surgiu nessa época o conceito de Moda. Os nobres da corte de Borgonha (na França) se incomodavam com as cópias de suas roupas feitas pela classe social mais abastada, os burgueses. Por isso, eles começaram a diferenciar cada vez mais as suas roupas, criando, assim, um ciclo de criação e cópia.
A moda surgiu como um diferenciador social, diferenciador de sexos, pelo aspecto de valorização da individualidade e com o caráter da sazonalidade, ou seja, os modelos duravam até que não eram mais copiados. Quando isto acontecia, deveriam ser criados novos modelos.
No período do Renascimento, a indústria têxtil se desenvolveu muito. Nas grandes cidades italianas foram elaborados tecidos de primeira qualidade, como brocados, veludos, cetins e sedas. As roupas tornaram-se mais requintadas, os ornamentos ganharam maior importância. As roupas vinham costuradas com joias diversas. Nesse momento, a costura se torna um empreendimento muito lucrativo. O vestuário masculino e feminino acabou se igualando na riqueza de recortes e de ornamentos. Leia mais aqui e também no blog Moda Histórica.
No Renascimento encontramos os seguintes estilo:
- O Estilo Renascentista (aproximadamente de 1400 a 1550);
- O Estilo Barroco (aproximadamente de 1550 e meados de 1700);
- O Estilo Rococó (aproximadamente de 1710 até 1789).
Veja ótima matéria com ilustrações maravilhosas, mostrando a influência do Renascimento na moda atual no blog da LU Morazzi – História da Moda
Renascença – Damas de diversos países. Essa foi a era dos brocados, veludos, sedas e rendas, cores marcantes, além das mangas bufantes, estilo romântico com pregas no ombro. Os vestidos eram volumosos e o peito era discretamente enfatizado. Lenços e leques eram acessórios indispensáveis – História da Moda
Vestido da Renascença – Museu da Moda
Vestido da Renascença e vestido de doméstica holandesa no mesmo período – Museu da Moda
Iluminismo
Assim como o Renascimento foi o passo inicial para a Revolução Científica, esta por sua vez foi ao mesmo tempo, alicerce e alavanca para o Iluminismo do século XVIII, estabelecendo assim o apogeu da modernidade.
Originário do período compreendido entre os anos de 1650 e 1700, os pensadores do Iluminismo eram chamados de philosophes, e tinham como objetivo compreender a natureza, bem como a sociedade, através da razão. Paris foi o epicentro dessa filosofia, irradiando a ideia e encontrando adeptos em toda a Europa e na América do Norte. Essa afirmação da razão e da liberdade ecoou tanto no pensamento político quanto no social e econômico.
No Iluminismo, as artes evoluíram do Barroco (aproximadamente de 1600 até 1750) para o Rococó (aproximadamente de 1730 até 1789), que teve seu início em solo francês. Se o Barroco já foi um exagero, o Rococó pode ser considerado o exagero do exagero. Apesar dessa característica, foi uma arte tão requintada quanto aristocrática, buscando se expressar mais através da leveza e da delicadeza. O Rococó privilegiou valores ornamentais e decorativos e toda essa opulência e luxo foram transportadas para a moda. Saiba mais sobre este período aqui.
Barroco
Barroco é o nome do estilo que influenciou arquitetura, pintura, escultura, música, decoração de interiores e também arte têxtil e vestuário da época. Caracterizado por ornamentação extravagante, desenho curvilíneo, esplendor e rigidez, tem a figura de Luis XIV e suas famosas perucas, como o grande trendsetter da época, encorajando a corte a seguir suas extravagâncias e levando muitos à falência. Veja mais aqui.
O barroco se desenvolve no seguinte contexto histórico: após o processo de Reformas Religiosas, ocorrido no século XVI, a Igreja Católica havia perdido muito espaço e poder. Mesmo assim, os católicos continuavam influenciando muito o cenário político, econômico e religioso na Europa. A arte barroca surge neste contexto e expressa todo o contraste deste período: a espiritualidade e teocentrismo da Idade Média com o racionalismo e antropocentrismo do Renascimento. Veja mais aqui.
Esse contraste é uma das marcas da arte Barroca, que, feita de luz e sombra, era caracterizada por dramaticidade e intensidade. Entre os artistas, destaque para Caravaggio.
A palavra barroco tem um significado que representa bem as características deste estilo. Significa ” pérola irregular” ou “pérola deformada” e representa de forma pejorativa a ideia de irregularidade.
Influência barroca na moda atual com interpretações. Veja ótima matéria com ilustrações maravilhosas, mostrando a influência do Renascimento na moda atual no blog da LU Morazzi veja também porque o Barroco virou uma tendência nos tempos atuais – História da Moda
No vestuário, o período Barroco, no Século XVII, caracterizou-se por excessos, com roupas volumosas, e pelo uso de rendas, destaque para o Rufo. Havia a predominância de cores escuras.
O Rufo,também conhecido como ruff ou fraise, era uma espécie de colarinho plissado, utilizado como uma roda em torno do pescoço. Dava um aspecto de cabeça erguida e um ar de arrogância, o que o tornou popular entre a nobreza europeia. Fazia parte tanto do vestuário masculino quanto feminino. Era usado ainda no século XVI, porém sua forma evoluiu durante os períodos, passando de estreito e fechado ao redor do pescoço, a amplo e aberto, como em forma de “U”. Ao final do período Barroco, evoluiu para uma renda plissada ao redor do decote, no caso do vestuário feminino.
Os vestidos do início do século XVII, portanto, continuavam a moda do século XVI. As saias eram moldadas por armações e as mangas eram bufantes e cheias, cobrindo completamente os braços. Por volta de 1620, o estilo começou a mudar visivelmente. As mangas encurtaram, marcando a primeira vez em que os braços das mulheres eram visíveis em centenas de anos da história do vestuário europeu. Porém, geralmente, usava-se uma camisa rendada de mangas longas por baixo. As saias passaram a revelar anáguas (sob saias amplas utilizadas para dar volume, decoradas com rendas e babados) devido ao comprimento (encurtamento da saia) ou abertura frontal.
Leia mais sobre o Barroco aqui
A Casa de Bourbon chegou ao poder na França em 1589, quando Henrique IV se tornou rei, depois de uma luta de três dias para o controle do país. O poder da Casa de Bourbon continuaria a crescer por mais de 200 anos, quando a realeza Bourbon assumiria o trono na Espanha e partes da Itália moderna. Hoje, a Espanha ainda tem um rei da família Bourbon. Saiba mais sobre a Dinastia Bourbon. – Museu da Moda
Rococó
Em um desdobramento do estilo Barroco, o Rococó é um estilo artístico que se desenvolveu na Europa no século XVIII. Surgiu em 1700, na cidade de Paris, buscando a sutileza em contraposição aos excessos e suntuosidades do Barroco. O período de transição entre o Barroco e o Rococó na França foi denominado de Regência (1715-1730). Se o Barroco esteve associado a Luís XIV, o Rococó vai estar com Luís XV. O estilo esteve presente na pintura, arquitetura, música e escultura.
A figura que melhor representa o Rococó na moda é a rainha Maria Antonieta que viveu no Palácio de Versalhes, o mais esplendoroso da Europa. Na arte, o Rococó foi muito retratado por François Boucher e Antoine Watteau.
A palavra rococó tem origem no termo francês “rocaille” que é um tipo de decoração de jardim em formato de conchas. Foi uma arte tão requintada quanto aristocrática, buscando se expressar mais através da leveza e da delicadeza. O Rococó privilegiou valores ornamentais e decorativos e toda essa opulência e luxo foram transportadas para a moda.
A moda nesse momento manteve-se com toda a pompa e rigor já existentes. Os costumes de então privilegiaram a frivolidade. O aspecto de fineza e leveza eram maiores do que no momento de Luís XIV.
A moda feminina sob o reinado de Luís XV manteve o uso da maquiagem e dos pós nos cabelos; enquanto os volumes de suas roupas dificultavam o caminhar. A flor foi o grande ornamento, nunca tão usada como agora em vestidos e cabelos, tanto as naturais quanto as artificiais.
Enquanto as saias dos vestidos estiveram bem volumosas, os corpetes dos mesmos ajustavam consideravelmente o busto e a cintura. Os vestidos eram denominados aberto ou fechado. O primeiro, era composto de corpete decotado em formato quadrado com mangas até os cotovelos terminando em babados de rendas e lacinhos de fita; caracterizado como aberto pelo recorte frontal na sobre-saia que deixava aparecer a saia de baixo repleta de ornamentos.
Os decotes eram profundos, deixando boa parte dos seios expostos, fazendo jus à principal ocupação da corte Rococó: A arte da sedução. Tons pasteis e cores mais claras marcavam a moda da época – Museu da Moda
O vestido fechado, por sua vez, mantinha as mesmas características, todavia, sem ter a sobre-saia aberta. Nas costas de ambos os modelos era comum ter pregas largas que pendiam desde os ombros até o chão. Os volumes das saias eram obtidos através de armações denominadas paniers (cesto, em francês), que eram armações de galhos, normalmente de salgueiro, que criavam os volumes laterais. Tecidos como a seda e grossos brocados ornamentados com flores eram os preferidos tanto pelas mulheres quanto pelos homens. O gosto pela inspiração na natureza era o que prevalecia.
Delicados sapatos calçavam os pés femininos; e os cabelos minuciosamente elaborados e empoados compunham o conjunto ornando a face, uma vez que as mulheres não usavam perucas. Leia mais sobre o Rococó aqui e aqui
Era Napoleônica
A Era Napoleônica (1799-1815) compreendeu o período da chegada de Napoleão Bonaparte ao poder no Consulado, em 1799, e terminou com sua derrota na Batalha de Waterloo e seu exílio na Ilha de Santa Helena, em 1815. Duas características principais podem ser ressaltadas nesse período da história mundial: a consolidação das instituições burguesas nos Estados Nacionais e a expansão do Império Napoleônico para outros locais da Europa, configurando-se como uma ameaça ao Antigo Regime Absolutista do continente.
A Moda do final do século XVIII e começo do século XIX na França, se divide em três períodos: O primeiro de 1789 a 1799, chamado de Diretório. O segundo período de 1800 a 1815, época chamada “moda Império”, baseada na silhueta neoclássica. De 1815 a 1825 ocorre o período final do neoclássico, chamado de Regência, cuja moda muda gradualmente para o estilo romântico. Veja mais fotos e saiba mais sobre este período no blog Moda Histórica.
Nos trajes da Era Napoleônica, destaque para os acessórios, como luvas, bolsas, véus de renda, flores artificiais para ornamentar cabelos e saias. Tecidos como, tafetás, veludos e brocados marcavam uma época de muita grandiosidade- Museu da Moda
Trajes da Era Napoleônica. Detalhe da boina vermelha com pena dourada, cores que simbolizavam as vestimentas do Reis – História da Moda
Moda Império, Inspirada na Grécia antiga teve seu grande ápice na coroação do Imperador Napoleão em 1804 – Museu da Moda
O primeiro de 1789 a 1799, chamado de Diretório. O segundo período de 1800 a 1815, época chamada “moda Império”, baseada na silhueta neoclássica. Até 1814, no neo-clacissismo, as mulheres usavam pouquíssimas roupas, algo parecido com uma camisola longa, leve e com cintura império (abaixo do peito), como podemos observar na primeira imagem . De 1815 a 1825 ocorre o período final do neoclássico, chamado de Regência, cuja moda muda gradualmente para o estilo romântico – Museu da Moda
Romantismo
No século XIX houve um revival da era medieval, esse revival foi chamada de Período Romântico. Após a metade daquele século, tomou posse a Rainha Victoria, na Inglaterra, que influenciou a moda da época. Neste século, houveram modas distintas mas contemporâneas: a moda romântica, seguida pela população em geral; a moda vitoriana que era a moda seguida pelos burgueses. No fim do século, deu-se início à moda da Belle Époque (1890-1911) que se estendeu até o século XX sendo contemporânea da moda Eduardiana (até 1907). Saiba mais aqui e aqui.
Românticos do séc. XIX (Revival do Gótico Medieval) 1820-1840 – Museu da Moda
A moda vitoriana que era a moda seguida pelos burgueses. Veja mais fotos das mulheres vitorianas aqui
Neste período tornou-se popular a gola “Bertha”, uma gola ampla, caída sobre os ombros, e geralmente emoldurando um decote profundo. Entrou em voga a partir da segunda metade da década de 1830.Foi assim nomeada em homenagem a Bertha de Laon, mãe de Carlos Magno. Saiba mais aqui – Museu da Moda
Belle Époque – Edwardian Era ( 1890- 1911)
Em 1901 Edward VII, filho da rainha Victoria, se torna rei, começa a Era Eduardiana (1901 – 1913), ao mesmo tempo, na França começa uma época de efervescência cultural, essa época é chamada de Belle Époque (1890 – 1914).
A Belle Époque e a moda Eduadiana eram contemporâneas e bastante semelhantes, mas uma acontecia na França e a outra na Inglaterra. A moda deste período é marcada pelo luxo e beleza das roupas, grandes chapéus elaborados, muitas plumas e bordados. Saiba mais aqui.
O famoso Tailleur apareceu num traje internacional já em 1913 – Museu da Moda
Foi o período onde os babados, plissados e franjas tornaram-se a atração das vestimentas das novas-ricas. Curvas, muitas curvas, marcaram esse período – Museu da Moda
Avant Garde e a Moda do Século 20
Anos 20: O século XX revolucionou a moda mundial, na medida em que passou a caracterizar o vestuário com um busto menor e quadris mais estreitos. Era hora de dizer “NÃO” aos velhos corseletes, barbatanas e golas altas. Predominância do estilo “tubo”. Acessórios como colares de pérolas e xales de franjas emprestavam ainda mais charme às mulheres das sociedades. Nos pés, o clássico calçado estilo “Salomé” completava o figurino romântico.
Na década de 20, as mulheres disseram “NÃO” aos velhos corseletes, barbatanas e golas altas – Museu da Moda
Acessórios como colares de pérolas e xales de franjas emprestavam ainda mais charme às mulheres das sociedades nos- Museu da Moda
ANOS 50:Calças cigarretes, sapatilhas de balé e suéteres, além do blue jeans, surgiram como tendências que tomaram conta dos anos 50.
ANOS 60: Ao som dos embalos de um bom “twist” surgiram a minissaia e a saia mídi. Já os vestidos ficaram mais curtos e tornaram-se curinga de qualquer guarda roupa feminino moderninho.
ANOS 70: Paz, amor e Woodstock simbolizaram esta década de grandes expressões. A busca pelo convívio com a natureza, a vontade de ser mais livre e estar mais confortável foram traduzidos na maneira de vestir-se. Trajes amplos e confortáveis, tipo a pantalona, calças e mangas boca de sino, estampas florais, além de saias longas estilo hippie ou de tie-dye imprimiram um toque de originalidade e liberdade de expressão que perdurou ao longo dos anos 70.
ANOS 80: Extravagância era a palavra de ouro deste período. Grandes ombreiras, brilhos como lurex e as peças valorizando mais a silhueta feminina foram referência.
ANOS 90: Mais uma vez a moda desconstrói-se, passa a ficar mais clean, básica e limpa. O estilo minimalista foi o que passeou pelas passarelas e street style dos anos 90.
Vestido dos ano 70 e look dos anos 80 – Museu da Moda
Mais fotos do MUM
Exposições do MUM: “Puppen Festival” – Bonecas de pano vestidas pelos grandes estilistas da moda como Gucci, Chanel, J.P Gaultier, entre outros – Museu da Moda
Por Roberta Gerace Gazzolla e colaboração de Denise Pitta
Saiba mais sobre Roberta:
Para quem não me conhece, vou me apresentar então: me chamo Roberta, uma idealista, cidadã do mundo, apesar de ter estabelecido meus pezinhos na louca Berlim por um tempo, neta de italiano (sangue forte), tia da Sophie, publicitária, escritora nas horas vagas, amante das bikes, moda, viagens, cinema e todas as manifestações de cultura imagináveis.
A ideia neste espaço é mostrar um pouco da minha visão lúdica, atenta, criativa e curiosa de coisas bacanas que posso vivenciar aqui nesta Berlim frenética e dividir com vocês, que assim como eu, devem adorar as novidades do fashionbubbles.com . Além de falar de novos artistas, música, moda, eventos, cultura, vou trazer também um pouquinho da minha visão do ser humano, através de algumas crônicas em formas de diálogos internos.
Tudo isto será escrito com muito carinho, dedicação e diversão.
Espero que curtam este espacinho e fico aberta a sugestões/críticas.
liebste Grüsse aus Berlin,
Roberta Gerace Gazzolla (E-mail: robertafashionbubbles@gmail.
Enquete: quem você quer que fique na Fazenda 16?
Agora é tudo ou nada, pois A Fazenda 16 está oficialmente chegando ao fim. Quatro peões foram parar na berlinda desta semana, sendo que dois deles vão ser eliminados pelos votos do público. No caso, os menos queridos pelos telespectadores. Compartilhe na enquete do Fashion Bubble sua opinião sobre quem deve ficar nesta 12ª Roça: