Modelos e Lavagens de Jeans no século XX – História do Jeans – Parte 3/4

Com a popularização do Jeans em meados do século XX veio a criação de inúmeros modelos e lavagens. Conheça um pouco como foi essa evolução.

O Jeans se popularizou em meados do século XX, tendo mudado muito de forma e estilo desde o seu surgimento. Desse modo, dentro dessa evolução, conheça um pouco mais sobre os modelos e lavagens de Jeans adotados nos últimos anos.

 

Modelos e Lavagens de Jeans: uma questão de identidade 

 

Mulheres vestindo calças Jeans. Fonte: Levi Strauss & Co.

 

A imagem pioneira do jeans ainda permanece. Ela, acima de tudo, se relaciona com a resistência, o Oeste Americano, a aventura e a rebeldia.

Em princípio, o modelo se adaptava aos homens que passavam o dia inteiro em um trabalho pesado ou sobre as celas dos cavalos. Afinal, os “cowboys” escolheram o jeans por alguma razão. Até então, não havia diferentes modelos e lavagens de jeans.

Desde então, detalhes como fivelas de cobre que reforçavam os bolsos (patenteados em 1873 por Levi Strauss), bem como os retalhos de couro nas costas (introduzidos em 1886), tornaram-se legendários.

 

Levi´s vintage. Fonte: Globo.

 

O índigo, planta exótica que dava a cor de azul intenso, a depender da origem, se chamava “tela Genova” ou “toile de vimes”: o jeans e o brim (denim).

O curioso é que esse era um tecido que ganhava uma aparência ainda melhor depois de muito usado.

Segundo a história, as primeiras versões dewashed  jeans (lavado) foram criadas pelos japoneses, que então foram seguidos pelos franceses e italianos.

O primeiro método utilizado foi o de colocação de pedras pomes, processo bastante abrasivo. O stone washed feito quimicamente surgiu em 1980. Desde então, ele seguiu evoluindo com a aplicação de novos processos.

 

Ronald Reagan vestido em Jeans com a técnica Stone Washed, em 1977. Fonte: Wikimedia commons.

 

1984

Primeiro long stone used look (aparência de usado); o golden rifle possuía efeitos mais fortes, resultado de uma reação em cadeia de rifle. Assim, entre estilos mais diversos, com uma lavagem mais forte tivemos o “acid wash“, o “snows forme“, o “moon“, o “fog“, o “marble” (mármore) e o “laser“.

 

1985

O ácido explode como uma fórmula muito simples a ser empregada na indústria do Jeans. Além disso, pedras saturadas, como o cloro, também serviram para testar a resistência do tecido.

 

1987

Entre mais modelos e lavagens de jeans, como resultado, o “stone washed” transforma-se em “stone bleached” (descoloração química).

 

Diversas lavagens de Jeans. Crédito: Karolina Grabowska. Fonte: Pexels.

 

1987

A Levi’s desenvolve o “galatic“, o brim ponteado em branco com o método “sand blast” (areia jateada). Ele consistia em pequenos cristais jateados por um revolver de spray.

Com a perspectiva de uma crise e com o uso constante do ácido, posteriormente houve um retorno ao velho estilo “total blue” (azul total).

 

1988

Decola o black jeans.

 

1989

Por fim, os tons azuis voltam às vitrines das coleções de inverno.

 

 

Modelos e Lavagens de Jeans na década de 80. Fonte: Elle.

 

 

 

Modelos e Lavagens de Jeans: os aviamentos 

 

Antes de mais nada, a etiqueta foi criada para evitar que o jeans se tornasse uma peça completamente anônima e/ou indiferente. Assim, para marcar a modelagem, a imagem do cowboy era fixada no produto. Atualmente, o emblema de couro permanece como forma de identificar a marca de forma clássica e atingir o consumidor.

 

Jeans Lee. Fonte: Wikimedia commons.

 

Hoje em dia essa ideia toma uma forma mais sofisticada. As etiquetas pretas, por exemplo, são símbolos do heavy metal. Elas adotaram abotoaduras, escritos coloridos, em negrito, inscrições em destaque e figuras.

Desse modo, as etiquetas não informam apenas o nome do fabricante da peça, mas também contam a sua história e passam uma mensagem para os consumidores. Ou seja, para além dos Modelos e Lavagens de Jeans, de maneira clara e evidente, identifica o produto e o seu produtor.

Por fim, algumas dessas etiquetas podem durar apenas uma estação, já que o seu trabalho é criar um estado. Em outras palavras, um estilo de vida que seja importante hoje, mas que também talvez já tenha ido embora amanhã.

 

Levi´s Pride Collection. Fonte: Levi Strauss & Co.

 

 Por Queila Ferraz.

Editado e atualizado por Mariana Boscariol.

 

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*Artigo originalmente publicado em 2010.

 

Queila Ferraz: Queila Ferraz é historiadora de moda e arte, especialista em processos tecnológicos para confecção e consultora de implantação para modelos industriais para a área de vestuário. Trabalhou como coordenadora Geral do Curso de Design de Moda da UNIP, professora da Universidade Anhembi Morumbi e dos cursos de pós-graduação de Moda do Senac e da Belas Artes.

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