Marie Rucki está entre nós. A diretora do Studio Berçot, que apresenta uma série de workshops em SP.
Madame Rucki destacou a importância dos estilistas em ajudar o consumidor a escolher as peças e tendências da estação e o papel do jornalista em saber coletar, analisar e passar a informação correta e condensada para o leitor.
“A moda mudou muito. Não se pode mais falar em tendências, pois os períodos estão muito curtos e a moda em movimento constante”, dispara. “Se olharmos para trás veremos que a forma e a modelagem não mudam há 50 anos. O que muda é a forma de usar e a composição que os estilistas propõem”, analisou.
A diretora se disse apaixonada pelo Brasil, por SP e pela fisionomia interessante do brasileiro, “uma mistura de europeu com indígena” e afirmou que precisamos parar com a idéia de ter uma identidade brasileira. “A moda brasileira tem que se tornar internacional, temos que levar em conta talvez os tecidos, por causa do clima”, afirma.
“É preciso reconhecer estilistas com talento e qualidade e um mercado que é capaz de consumir para então olhar o Brasil como um país de oportunidade”, ressalva.
Mme. Rucki preferiu ainda não revelar quem são seus estilistas preferidos. “Se eu falar vai ser uma questão de gosto pessoal e identificação. Como estilista, é quase impossível não achar falhas nos trabalhos de outras pessoas.”
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Marie Rucki é diretora, desde os anos 70, do Studio-Berçot, em Paris, por onde já passaram nomes como Lolita Lempicka, Martine Sitbon, Azzedine Alaia, Stella Cadente, entre outros. Aqui no Brasil, contribuiu para a formação de toda uma geração de estilistas como Gloria Coelho, Marcia Gimenez, Lorenzo Merlino e Ocimar Versolato.
O Studio Berçot tem como objetivo dar a seus alunos uma formação em estilismo de moda, insistindo sobre a importância de uma cultura estética, da noção de escolha, de um estado de espírito e do desenvolvimento de cada personalidade neste processo.
Via Carreira Fashion.