O que é design de moda? Origem e Evolução – Parte 2/4

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ORIGEM E EVOLUÇÃO

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A origem da palavra design está no latim designare, verbo que abrange o sentido de designar e de desenhar e portanto, já contém na sua origem o aspecto abstrato de conceber/projetar/atribuir e o concreto de registrar/configurar/formar, tratando assim de uma atividade que gera projeto, esboços e modelos.

Historicamente o marco fundamental que caracteriza a função e a existência do design se deu com a passagem de um tipo de fabricação em que o mesmo indivíduo concebe e executa o artefato, para um outro tipo de processo em que existe uma separação entre projetar e fabricar. Tal separação inicialmente não deu importância se o processo fabril ocorria por meios manuais ou mecânicos e, tão pouco relevava a questão da padronização e reprodução em série.

O uso do termo design começou a ser freqüente na Inglaterra do século XIX. Um número considerável de trabalhadores ligados principalmente à confecção de padrões ornamentais na indústria têxtil, já se intitulava designer, sugerindo a necessidade de estabelecer o design como uma etapa especificada do processo produtivo e de encarregá-la a um trabalhador especializado.

Esta condição, que fez parte da implantação do sistema industrial de fabricação, gerou a necessidade de organizar as primeiras escolas de design do século XIX e continuou gerando durante o século XX, obrigando a que só se considere hoje, como designer, um profissional formado em nível superior.

Surgiu uma nova figura de profissional, o designer como um homem que compartilha das mesmas origens e dos mesmos gostos dos consumidores que buscavam nessas produções, mais do que uma simples qualidade construtiva, uma afirmação de sua identidade social capaz de ostentar seu progresso profissional. A identidade das classes sociais passou por um processo de redefinição e, com o tempo, tais preocupações foram se difundindo por outras camadas sociais.

O cruzamento de dados de ordem econômica e cultural com outras informações de natureza tecnológica e artística faz-se essencial para dar sentido à diversidade da função do design em diferentes contextos.

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Por Queila Ferraz

Modelagem para reprodução em série

Queila Ferraz: Queila Ferraz é historiadora de moda e arte, especialista em processos tecnológicos para confecção e consultora de implantação para modelos industriais para a área de vestuário. Trabalhou como coordenadora Geral do Curso de Design de Moda da UNIP, professora da Universidade Anhembi Morumbi e dos cursos de pós-graduação de Moda do Senac e da Belas Artes.

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