Curiosidades da Marca Lacoste

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O que seria a coisa mais difícil para uma marca se consolidar? Seria a injeção de capital para manter as máquinas de costuras furando repetidamente aquele pedaço de pano, que vai virar sensação da próxima estação ou as tecelagens a pino, produzindo centenas de quilômetros de novas estampas. Será que os funcionários recebendo bem e em dia, que por conseguinte, produziriam mais, ou ter todo organograma da empresa funcionando do jeito que deveria?

Talvez tudo isso junto, mas o primordial possa ser o nome da marca. Já se perguntaram como é que os nomes dos grandes estilistas e ou das grandes maisons de luxo como a Lacoste surgiram? No caso da Lacoste, diríamos que foi uma “rebatida” de sorte. Sim, pois a marca surgiu dentro das quadras de saibro.

Segundo o site da própria Lacoste a verdadeira história do “Crocodilo” começa em 1927. René Lacoste adorava contar a maneira como o seu sobrenome tornou-se um emblema de notoriedade mundial. Nascido na França em 2 de Julho de 1904 e o fundador da marca, dizia que:

“A imprensa americana me deu o apelido de ‘Crocodilo’ depois de ter feito uma aposta com o Capitão da Equipe da França na COPA DAVIS. Ele tinha me prometido uma mala de crocodilo se eu ganhasse um jogo importante para a nossa equipe. O público americano, então, guardou este apelido que representava a tenacidade que demonstrei no terreno de tênis, não largando nunca minha presa! O meu amigo Robert George desenhou para mim um crocodilo que foi bordado na jaqueta que eu usava no terreno de jogo”.

Uma das espectadoras mais assíduas destes encontros desportivos da COPA DAVIS era a vencedora do aberto de Golfe da Grã-Bretanha, Simone Thion de la Chaume, que se tornaria esposa de René Lacoste.

Em 1933, René Lacoste e André Gillier, proprietário da maior companhia francesa de malhas da época, fundam uma sociedade destinada a fabricar e comercializar a camisa pólo bordada com o logotipo que o campeão tinha criado para seu uso pessoal sobre os terrenos de tênis, bem como de um certo número de outros modelos de camisas concebidas para tênis, golfe e os esportes marítimos.

Foi a primeira vez que uma marca estampou sua etiqueta do lado de fora da roupa, tornando o logotipo visível. Uma idéia que prosperou desde então.

Esta camisa revolucionou o hábito de vestir dos jogadores de tênis da época, habituados a usar camisas clássicas de mangas longas. A primeira camisa LACOSTE era branca, ligeiramente mais curta que suas contemporâneas, de mangas curtas e com colarinho de bordos cortados. O tecido, leve e fresco, era o famoso ‘jersey de piquê míudo’. Suas características de conforto e resistência persistem até hoje, mantendo-o um produto diferente e único.

Propaganda para as camisas Lacoste em 1933

O famoso pólo tem um preço de cerca 65 euros na Europa e 75$ nos EUA. No Brasil é vendido em média de 180 R$. O seu custo deve-se ao processo de fabricação, onde são usados mais de 20 Km de fio de algodão por cada pólo, o tingimento leva mais de 12 horas para ser completado. Estes processos fazem com que o pólo seja quase a prova de tudo.

Lacoste Vs. Plágio

Mal imaginava René que a repercução da sua logomarca seria plagiada anos depois da sua morte. Segundo o site BoyBand, a marca moveu uma ação contra uma clínica de dentistas em Cheltenham, Inglaterra. Levou os profissionais à Justiça porque a marca da clínica exibe um jacaré – alegou que poderia ser confundida com seu logo famoso. A grife perdeu, apelou e perdeu novamente – e terá que pagar os custos judiciais dos dentistas.

Segundo o mesmo site “a luta que parecia ganha pela Lacoste, começou desde 2004 quando a empresa dos dentistas tentaram registrar a logo mas encontraram resistência.

Acima o original da Lacoste e abaixo o “plágio” da clínica

A Lacoste argumentou que o logotipo era demasiado semelhante ao famoso crocodilo que põe nas suas camisas desde 1933. O bicampeão do Torneio de Wimbledon Rene Lacoste, também apelidado de «o Crocodilo» pôs inicialmente o logotipo nas camisas de tênis que desenhou para si próprio. As suas t-shirts de manga curta com colarinhos são agora uma peça de vestuário incontornável em todo o mundo.

Já os dentistas afirmam que escolheram o crocodilo como imagem porque o réptil tem muitos dentes. Os dentistas Simon Moore e Tim Rumney, que se representaram a si próprios no processo que os colocou frente-a-frente ao gigante francês da moda, conseguiram obter a permissão do tribunal para manter a sua imagem e revelaram em comunicado estarem satisfeitos com a decisão.

A Lacoste foi ainda condenada a pagar 1.950 euros para cobrir as despesas dos dentistas na audiência inicial em Maio e do recurso, de acordo com a sentença.

Contudo, a luta da Lacoste pode não se ficar por aqui. A empresa deverá tentar impedir a diluição do valor da sua marca através de um recurso diferente, afirmou Luca Giove, um advogado especializado em propriedade intelectual que já representou empresas de moda italiana. De acordo com este advogado, na UE as empresas têm de provar que existirá uma desvalorização da marca com esta sentença.

As empresas querem proteger as suas marcas contra associações não autorizadas que podem ser feitas na mente dos consumidores», afirmou Giove, acrescentando que a Lacoste deu alguns passos na Grã-Bretanha para registar a sua marca para todos os tipos de produtos, incluindo prestação de serviços médicos, para proteger o seu crocodilo”, finaliza o texto do site.

Lacoste 1933 VS. Lacoste 2083

A última novidade visual da Lacoste é uma publicidade futurística, remetendo a trajetória do surgimento da marca e o futuro dela através de uma linha do tempo.


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Por Diego Carvalho

Colaboradores: Colaboradores do Fashion Bubbles

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