Foto da exposição “Christian Dior, costureiro dos sonhos” no Museu de Artes Decorativas de Paris (MAD), de 2017.

Quem foi Christian Dior? Vida e obra do grande mestre da alta-costura francesa – Biografias

Um dos nomes mais famosos da moda e do mercado de luxo, conheça com mais detalhes a trajetória do estilista francês Christian Dior. O responsável pela criação da marca de mesmo nome, que é sinônimo de elegância, discrição e feminilidade.

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Não há como contestar, a partir do século XX a alta-costura francesa se tornou de vez a maior referência para o mundo da moda. Entre os seus principais nomes está Christian Dior (1905-1957), um dos mais importantes estilistas de todos os tempos.

Conhecido no mundo inteiro, ele é mais comumente referido pela sua marca, chamada simplesmente de Dior. A seguir, conheça melhor a sua biografia, e aprecie a obra e personalidade daquele que foi um dos maiores gênios do mundo fashion.

 

  • Depois, veja também a história de outro grande nome da Moda do Século XX: Coco Chanel – Biografia, estilo e frases famosas da estilista.

 

Retrato de Christian Dior.
Retrato de Christian Dior. Fonte: Dior.
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Da infância à vida adulta

 

Nascido em 21 de janeiro de 1905 em  Granville, pequena cidade que era então um importante balneário francês (comparada inclusive com Mônaco), Christian Dior vinha de uma família de recursos. O seu pai tinha sucesso no negócio de fertilizantes, o que lhe proporcionou uma vida tranquila e sem muitas limitações, incluindo uma casa espetacular, que foi inclusive, uma grande inspiração ao longo de sua vida.

 

Casa da família na vila “les Rhumbs”, em Granville, hoje convertida no Museu Christian Dior Granville.
Casa da família na vila “les Rhumbs”, em Granville, hoje convertida no Museu Christian Dior Granville. Fonte: Dior.

 

Segundo Dior, teriam sido os jardins e as roseiras de sua mãe que inspiraram a sua paixão pelas flores e os perfumes.

 

Christian Dior quando criança posando com a sua família.
Christian Dior quando criança posando com a sua família. Fonte: Dior.

 

 

O desabrochar do seu talento na Moda

 

Os seus pais tinham a expectativa de que ele seguisse a carreira diplomática, razão pela qual foi enviado a Paris para estudar Relações Internacionais. Entretanto, tendo frequentado ateliês de pintura e de desenho ainda jovem,  ele logo decidiu pela sua inclinação à moda – chegou, inclusive, a vender na rua alguns dos seus desenhos.

Com a conclusão do curso, Christian Dior viajou pela Europa. Após o tour, em 1927, abriu uma pequena galeria de artes – segundo a Vogue, com o apoio do seu pai. Em uma parceria com o  amigo Jacques Bonjean, a  galeria chegou a vender alguns trabalhos de Pablo Picasso (1881-1973) e a expor outros de Christian Bérard (1902-1949) (Mundo das Marcas).

 

Christian Dior a desenhar.
Christian Dior a desenhar. Fonte: Dior.

 

Ainda que estivesse tendo algum sucesso, com a crise decorrente da queda da bolsa de Nova York em 1929, a morte de sua mãe e irmão, e as dificuldades financeiras enfrentas pelo negócio do seu pai, Dior se viu obrigado a fechar a galeria.

A partir de então, até 1940 ele trabalhou para o estilista Robert Piguet (1898 – 1953), altura em que foi convocado para o serviço militar. Afinal, a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) estava em marcha, tendo afetado durante anos boa parte do mundo.

 

Christian Dior: de militar à estilista em ascensão

 

Em 1942, quando deixou o serviço militar, Christian Dior voltou ao mundo da Moda. Nesse altura, ele começou a trabalhar para o ateliê de Lucien Long (1889-1958), tendo criado suas coleções em colaboração com o também estilista Pierre Balmain.

A guerra ainda continuava, e a verdade é que os grandes ateliês de moda franceses, incluindo o de Dior, também criavam peças para as mulheres dos oficiais nazistas. Afinal, interessava manter o negócio ativo, ainda que isso gerasse grande polêmica (Vogue UK).

 

Christian Dior em frente à Mansão Dior.
Christian Dior em frente à Mansão Dior. Fonte: Mundo das Marcas.

 

Os anos de conflito marcaram a sua vida. Tanto, que a sua irmã mais nova, Catherine, foi captura pelos alemães por fazer parte da resistência francesa. Tendo sido solta em 1945.

Com o fim da guerra e o lançamento da sua marca própria, Christian Dior dedicou a ela o seu primeiro perfume, o Miss Dior, de 1947.

 

Perfume Miss Dior, 1947.
Perfume Miss Dior, 1947. Crédito: Philippe Schlienger. Fonte: Museu de Artes Decorativas de Paris.

 

Com o amadurecimento do seu trabalho e o investimento do magnata da indústria têxtil Marcel Boussac (1889-1980), a Masion Dior foi estabelecida em 1946. A história do império Christian Dior estava apenas começando.

 

O “New Look” de Christian Dior

 

Apesar da sua fundação datar de 1946, a marca costuma celebrar o ano de 1947 como o marco de seu nascimento. A razão para isso? Esse foi o ano de lançamento da sua primeira coleção que, aclamada pelo público, foi um verdadeiro divisor de águas para o mundo da moda no século XX.

Para o professor João Braga, Christian Dior tornou-se ícone da moda mundial pelo talento que tinha e, também, pela generosidade no olhar de uma jornalista. A redatora chefe do Harper’s Bazaar Carmel Snow foi quem proferiu, pela primeira vez, que a coleção do costureiro de 42 anos tinha “um ar de new look”.

 

Modelo com o "Bar Jacket" da coleção "New Look" de Dior, em 1947.
Modelo com o “Bar Jacket” da coleção “New Look” de Dior, em 1947. Crédito: Associations Willy Maywald. Fonte: Vogue.

 

Ainda que originalmente tivesse sido divida em duas linhas chamadas de “Corolle” e “Huit”, todo o mundo passou a se referir às suas peças como o “New Look” de Dior. O termo “New Look” foi forjado pela editora da Harper´s Bazaar americana, Carmel Snow (1887-1961), para se referir a coleção lançada pelo estilista.

O visual era formado principalmente por uma saia volumosa na altura das panturrilhas, uma cintura muito marcada, e um busto muito mais definido do que era o costume até então.

 

A reação da mídia

 

A crise gerada pela Segunda Guerra Mundial fez com que os trajes femininos se tornassem menos ornamentados e com menos tecido – afinal, o material não saía nada barato. Dessa forma, o “New Look” vinha na contramão da lógica da época, já que, além do luxo de materiais mais nobres, os seus modelos levavam por volta de 20 metros de tecido.

 

Vestido Miss Dior, coleção de 1949.
Vestido Miss Dior, coleção de 1949. Crédito: Nicholas Alan Cope. Fonte: Museu de Artes Decorativas de Paris.

 

Nessa época, essas peças não eram de fato para qualquer bolso. Considerando a realidade do período, o estilo recebeu muitas críticas. Ainda assim, o “New Look” foi tido como um ponto de viragem na moda do século XX, tendo marcado toda a década seguinte.

Assim, em uma linha positiva, foi publicado um artigo em 1947, intitulado “Uma série de notícias sobre a moda de Paris, incluindo um artigo sobre a estrela da alta costura em ascensão, Christian Dior”.

Saiba mais em O que é o New Look? História, característica e imagens originais da década

 

Um início polêmico

 

Christian Dior com o seu cachorro no seu apartamento, em Paris, em 1950.
Christian Dior no seu apartamento, em Paris, em 1950. Fonte: Museu de Artes Decorativas de Paris.

 

Segundo descrito nesse artigo, “Uma nova estrela se levantou no céu da moda. Na semana passada, Paris aclamou de todo coração um jovem francês que, no momento mais difícil da história da moda, abriu uma casa de costura na qual se diz terem sido gastos trinta milhões de francos.”

Ou seja, ele se destacava dentro do mundo da moda pelo seu talento fora do comum. Entretanto, em uma época de recessão econômica, o luxo e opulência da Mansão Dior causava espanto.

 

Maison Dior na 30 Avenue Montaigne em Paris.
Maison Dior na 30 Avenue Montaigne em Paris. Fonte: Aliança Francesa.

 

Contudo, o seu estilo foi tão bem recebido que o artigo descreveu: “O dinheiro poderia ter sido usado para roupas vulgares ou passageiras. Em vez disso, produziu uma elegância florida em uma linha que os críticos da moda acreditam não ter sido igualada no último quarto de século.”

Essa definição resume bem o impacto do lançamento da marca Dior no mundo da moda. A partir de então, o setor não seria o mesmo.

 

O estilo Christian Dior

 

As coleções de Christian Dior também traziam referências à moda dos séculos XVIII e XIX, como, por exemplo, pode ser identificado nas linhas “Zig-Zag” e “Envol” de 1948.

 

Eva Perón vestida com um Dior, em 1949.
Eva Perón vestida com um Dior, em 1949. Crédito: Archivo General de la Nación Argentina. Fonte: Wikimedia commons.

 

Nos anos seguintes, as suas roupas de noite passaram a incluir referências mais esportivas. As linhas “Trompe l’oeil” e “Milieu du siècle 1949-1950” foram o auge deste estilo, o qual chamou a atenção em roupas espetaculares como “Venus” e “Scarlatti” (Museu Christian Dior Granville).

Além disso, Dior também era conhecido por ser muito supersticioso e cheio de maneias – dentre elas, sempre consultava o tarô. Por exemplo, em todas as suas coleções havia um casaco nomeado Granville, sua cidade natal. Segundo o Harper-s Bazaar, ele também sempre trazia terninhos com o nome do seu cachorro de estimação, Bobby.

 

Marlene Dietrich vestida com um Dior, no filme "Stage Fright".
Marlene Dietrich vestida com um Dior, no filme “Stage Fright”. Fonte: Getty images.

 

Christian Dior: visionário do mundo da moda

 

Além de criador de um dos estilos mais marcantes da época, Christian Dior também trouxe outras inovações para o setor.  Em 1949, ele foi o primeiro estilista a montar e lançar a produção licenciada de seus projetos.

Como Dior dava extrema importância ao visual completo, desde a cabeça aos pés, ele considerava indispensável que a marca criasse sapatos e acessórios específicos para os seus looks.  Assim, em parceria com Jacques Rouët, Christian Dior licenciou seu nome para um leque de produtos e acessórios de luxo.

 

Sapatos de noite de Roger Vivier para Christian Dior, em 1957.
Sapatos de noite de Roger Vivier para Christian Dior, em 1957. Fonte: MET.

 

Desse modo, a Dior passou a produzir meias, gravatas, bolsas e sapatos – para além dos perfumes – em diferentes regiões do mundo. Essa diversificação e difusão da marca fez com que o seu nome rapidamente ecoasse pelo mundo.

Por outro lado, houve também quem o criticasse. Por exemplo, a Câmara Francesa de Alta-Costura entendia que esse investimento causava um barateamento da indústria do setor. Seja como for, o licenciamento se mostrou extremamente benéfico para a marca Christian Dior. Consequentemente, o seu exemplo foi seguido de perto por quase todas as grandes marcas da época.

 

A década de 50

 

Apesar das críticas, Christian Dior foi um dos grandes nomes a restabelecer Paris no pós-guerra. Com ele e outros grandes estilistas, como Coco Chanel, Paris se consolidava de vez como a capital da alta-costura no mundo.

 

Christian Dior com a Princesa Margaret durante a sua visita à Mansão Dior em Paris, em 1951.
Christian Dior com a Princesa Margaret durante a sua visita à Mansão Dior em Paris, em 1951. Crédito: Getty Bettmann Archive. Fonte: The Guardian.

 

O reconhecimento era tanto que Christian Dior foi chamado para apresentar a sua coleção em uma exposição privada à família real britânica. Isso apesar de que o rei George V tivesse proibido as jovens princesas, Elizabeth e Margaret, a usar o “New Look”. A sua preocupação era não dar um mau exemplo em uma época em que o racionamento ainda estava em vigor (Vogue UK).

 

Várias nuances do “New Look”

 

Os anos 50 foram de grande produção para a Dior. A partir do “New Look”,  o estilista trouxe uma silhueta que era unificada desde o chapéu até os sapatos. Logo em 1952, a “Profilée” passou a exaltar as linhas e os ângulos geométricas.

A linha “Tulipe” trouxe para a coleção de primavera a valorização do busto em um desenho típico dos anos 50. Por fim, o verão dessa década foi marcado pela linha “Vivante”, que então trazia uma cintura flexível e saias muito mais curtas.

 

Vestido Christian Dior da coleção outono-inverno de 1952, linha "Profilée".
Vestido Christian Dior da coleção outono-inverno de 1952, linha “Profilée”. Crédito: Nicholas Alan Cope. Fonte: Museu de Artes Decorativas de Paris.

 

Fugindo um pouco do estilo super luxuoso, a partir de 1954 as coleções de Christian Dior começaram a ser adaptadas ao estilo de vida das mulheres modernas. A sua maior inspiração? A naturalidade da moda.

As três coleções que foram lanças na sequência enalteciam a geometria das linhas H, A e Y.  As linhas então realçavam o busto, mas renunciavam a marcar a cintura (Museu Christian Dior Granville).

 

Christian Dior e suas paixões: as flores e os perfumes

“Depois das mulheres, as flores são as criações mais divinas”. Christian Dior, MAD Paris.

Como referido anteriormente, o estilista lançou a Dior Parfums ao mesmo tempo em que criou a Christion Dior. Afinal, como descrito pelo próprio: “Eu me sinto tanto um estilista quanto perfumista” (Dior). E se desenvolver como tal era de fato um dos seus objetivos.

 

A atriz Natalie Portman posando em uma campanha do perfume ´Miss Dior`, em 2019.
A atriz Natalie Portman posando em uma campanha do perfume ´Miss Dior`, em 2019. Fonte: Dior.

 

A sua principal inspiração eram mesmo as flores – para além das mulheres. A “Miss Dior” foi a sua primeira fragrância, e ela permanece no mercado, tendo a atriz Natalie Portman como garota-propaganda. Em 1948 veio a ´Diorama`, seguida por muitos outros lançamentos ao longos dos anos.

Afinal, segundo o estilista, o perfume era a “cereja do bolo” para um look perfeito. A essência deveria então ser elaborada com o mesmo cuidado e atenção que a própria roupa.

 

Parcerias importantes e morte

 

Em 1955, o jovem Yves Saint Laurent, então com 19 anos, se tornou o assistente de Christian Dior. Não muito tempo depois, em 1957, o estilista teria se encontrado com a mãe do jovem aprendiz. O propósito? Dior queria deixar claro que havia escolhido Saint Laurent para levar adiante a sua marca. Apesar de parecer um pouco descabido, afinal na época o estilista tinha apenas 52 anos, o seu anúncio teve sim um sentido.

 

Vestido de veludo que estava na última coleção antes da morte de Christian Dior, de 1957.
Vestido de veludo que estava na última coleção antes da morte de Christian Dior, de 1957. Crédito:Indianapolis Museum of Art. Fonte: Wikimedia commons.

 

Christian Dior sofreu um ataque cardíaco fulminante não muito depois desse encontro, no dia 24 de outubro de 1957.  Sendo conhecido em todo o mundo e possuindo amigos muito influentes, milhares de pessoas foram ao seu funeral – incluindo famosos como a Duquesa de Windsor.

 

"Dovima com elefantes", primeiro vestido desenhado por Yves Saint Laurent para a Dior.
“Dovima com elefantes”, primeiro vestido desenhado por Yves Saint Laurent para a Dior. 1955. Fonte: TIME 100photos.

 

Dessa forma, numa tentativa de colocar a marca Christian Dior de volta aos trilhos, o jovem Yves Saint Laurent a assumiu como diretor artístico – ele então tinha apenas 21 anos de idade.

 

A marca Christian Dior após a sua morte

 

Com o passar das décadas, a marca veio a ser levada adiante pelos estilistas Yves Saint Laurent, Marc Bohan, Gianfranco Ferré, John Galliano, Raf Simons e mais recentemente Maria Grazia Chiuri.

 

Vestido de tafetá de seda preto desenhado por Yves Saint Laurent para a Dior.
Vestido de tafetá de seda preto desenhado por Yves Saint Laurent para a Dior. 1959. Fonte: Wikimedia commons.

 

Saint Laurent permaneceu no cargo até ser recrutado para o exército, em 1960, tendo sido substituído por Marc Bohan.

 

Marc Bohan

 

Bohan teve muito sucesso como substituto de Saint Laurent, definindo uma nova era e uma nova silhueta para a Dior, o “Slim Look”, uma versão mais moderna e esbelta da forma icônica de Dior.

Nesse período, o grupo que detinha a Dior declarou falência. Desde então, o Grupo Willot assumiu a marca, sendo posteriormente comprada e administrada pelo empresário Bernard Arnault.

Arnault renovou a Dior. Ele recolocou a marca num alto patamar e ajudou a criar um dos mais importantes conglomerados de bens de luxo do mundo.

 

Gianfranco Ferre, John Galliano e Raf Simons

 

Em 1989 a Christian Dior escolheu Gianfranco Ferre como seu diretor estilístico para substituir Marc Bohan. Ele permaneceu nesta posição até 1997.

Nesse ano o britânico John Galliano tomou o controle artístico da Dior. Ele então era considerado como detentor da mesma sensibilidade para o feminino que caracterizava Christian Dior. Em 2011, a marca o demitiu após indícios do seu envolvimento em casos de conduta  polêmicos. O seu substituto foi o ex-diretor de design de Galliano, Bill Gayten, que ficou à frente da marca até meados de 2012.

Em abril de 2012, após um período um tanto turbulento, foi anunciado que Ralf Simons substituiria John Galliano como diretor criativo da Dior. Contudo, ainda que tenha tido sucesso ao “brincar” com modelos antigos de Christian Dior, ele resignou o seu contrato logo em 2015.

Maria Grazia Chiuri

 

Em julho de 2016, a Dior nomeou a primeira mulher como diretora de criação da marca. Chiuri estreou sua primeira coleção nesse mesmo ano, em Paris. Tendo sido um verdadeiro espetáculo, a estilista trouxe referências feministas para a sua campanha. Esse tem sido um tema comum do seu trabalho, já que a estilista entende que a nova geração está sedenta por uma renovação nesse sentido.

Por outro lado, ela também se inspirou fortemente nos tempos de Christian Dior para criar muitas de suas peças.

 

Modelo de Chiuri, com terninho e chapéu pretos.
Modelo de Chiuri. Crédito: Sophie Carre. Fonte: Harper´s Bazaar.

 

Sob o seu comando, mais recentemente a marca Dior explorou o universo das deusas gregas. Além das divindades, o desfile Dior SS 2020 invocou Cleópatra e outras referências da antiguidade. Lançada na Semana de Alta-Costura de Paris, a coleção teve como tema “E se as mulheres governassem o mundo?”

 

 

Museus e exposições sobre Christian Dior

“Tenho as lembranças mais ternas e maravilhosas… da minha casa da infância. Eu diria até que a minha vida e o meu estilo devem quase tudo ao seu lugar e arquitetura.” Christian Dior, Museu Christian Dior Granville.

A história do museu Christian Dior surgiu da idéia de transformar a vila “les Rhumbs”, onde ele cresceu, em um lugar para a sua memória.  Esse foi um projeto impulsionado pelo curador Jean-Luc Dufresne, o primo mais novo do estilista.

Segundo o próprio museu, o centenário do seu nascimento, em 2005, foi o momento perfeito para uma renovação e para a posterior exposição “Christian Dior, o homem do século” – reconhecida como  de interesse nacional para a França.

As paredes e as coleções do museu pertencem à cidade de Granville,  mas é a associação “Présence de Christian Dior” que cuida do financiamento e da gestão de seus negócios.

O Museu Christian Dior é o único museu da França dedicado a um “couturier” (costureiro). Em junho de 2012, obteve o selo “Maison des Illustres” junto ao Ministério da Cultura.

 

Esposição de vestidos de Dior.
Esposição de vestidos de Dior. Fonte: Museu de Artes Decorativas.

 

Existem peças de Dior espalhadas por museus ao redor do mundo. Entretanto, O Museu de Artes Decorativas de Paris chamou particularmente a atenção do mundo com uma exposição de 2017 chamada “Christian Dior, Couturier du Rêve” (costureiro dos sonhos). Ela foi mesmo incrível!

 

  • Veja aqui o vídeo promocional da exposição.

Um legado cheio de vida

 

Atualmente com 74 anos, a marca tem um faturamento impressionante – em 2017 ele foi registrado em € 49.3 bilhões.  Com o passar do tempo, além do público feminino a Dior também começou a lançar criações direcionadas ao público masculino e infantil. Assim, nas grandes cidades do mundo também passaram a ser encontradas a Dior Homme e a Baby Dior.

Além disso, a Dior foi a primeira marca internacional dessa envergadura a chegar no Brasil. A marca se estabeleceu aqui na década de 50, funcionando então no sistema de multimarcas. Todavia, foi apenas no princípio da década de 90 que a Christian Dior abriu a sua primeira loja no Brasil, em São Paulo, na Rua Haddock Lobo nos Jardins. Em fevereiro de 2013 a marca abriu a sua segunda loja no país, que está localizada no shopping Cidade Jardim.

 

  • Fontes: para ler mais detalhes sobre a trajetória pessoal e profissional de Christian Dior, veja Vogue on Christian Dior de Charlotte Sinclair (2012); Christian Dior: Designer of Dreams editado por Florence Müller e Fabien Baron (2017); Dior by Dior: The Autobiography of Christian Dior por Christian Dior (2018).

 

Por Mariana Boscariol.

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