O Jeans evoluiu muito desde o seu surgimento em meados do século XIX. Seja como for, foram as Calças Jeans que se consagraram como um dos artigos mais básicos e clássicos de todos os tempos.
Como peça sensual, confortável ou apenas prática, veja algumas reflexões sobre o peso das calças jeans na nossa sociedade.
Calças Jeans, ícone dos novos tempos
O jeans pode ser absolutamente tudo. Mais assexuado, impossível. Entretanto, apesar de ser unissex, também se torna bastante sensual quando colado junto ao corpo.
Afinal, vestindo uma calça jeans a mulher pode acentuar muito mais o seu corpo do que quando usa um vestido ou minissaia. Nesse sentido, as calças jeans têm a capacidade de manifestar o erotismo das formas do corpo em ambos os sexos.
O jeans tem a magia de ser extremamente funcional. Por outro lado, também pode se transformar numa verdadeira prisão se for apertado demais.
Sendo um dos modelos mais populares do mundo contemporâneo, ele já foi objeto de todos os exageros, chegando a incorporar tachas, recortes, rasgos e bordados. Acima de tudo, a evolução dos modelos e lavagens seguiu mesmo as mudanças do comportamento e da moda ao longo das décadas.
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De item popular às Grandes Marcas
Embora tenha surgido como algo oposto ao chique, o jeans veio a formar parte da coleção de importantes grifes, não apenas marcas próprias do estilo. Levi’s e Lee Cooper são marcas próprias do setor, mas um jeans Ralph Lauren, Hermés, Saint Laurent, Diesel e D&G fazem parte de outro fenômeno: em outras palavras, fazer parte de uma grife o torna um objeto de consumo mais decorativo do que funcional.
Mas, o que poderá substituir as calças jeans depois que essa moda passar? Aliás, será que ela passará? A partir do momento em que a peça se torna um “código do chique”, o funcional perde sua autenticidade e se degenera de alguma forma.
A progressão já se interrompeu, e as empresas do “jeans serve para tudo” estão indo à falência. Entretanto, o jeans sempre volta às suas origens: a forma original criada por Levi Strauss em 1853, sem mudar absolutamente nada.
Nesse sentido, é possível afirmar que as calças jeans não apenas estão vivas como que elas mantêm a sua autenticidade.
A autenticidade vinculada à perenidade e à garantia de um artigo básico é bem mostrada, por exemplo, no novo espírito empresarial de Girbaud (1980):
“Nossos jeans já não nascem do desenho da moda, e sim dos projetos. Isto deixa claro o trabalho que consiste em elaborar um projeto, com uma equipe técnica de criação. Essa roupa não pertence mais à indústria ‘leve’ e efêmera; já está mais próxima dos projetos da indústria ‘pesada’.”
Por Queila Ferraz.
Editado e atualizado por Mariana Boscariol.
Em seguida, leia também:
- História do Jeans no Brasil: o clássico dos novos tempos no país.
- A História do Jeans: a trajetória inicial do ícone do século XX – Parte 1/4.
- A Evolução do Jeans: o mercado do jeans por décadas – Parte 2/4.
- Modelos e Lavagens de Jeans: evolução no século XX – Parte 3/4.
*Artigo originalmente publicado em 2010.