Sócios – Onde estava com a cabeça quando pensei nisso?

Um colega se queixa do seu sócio. A parte que ele devia ser responsável não se desenvolve, fornecedores e colaboradores reclamam. O pró-labore fica aquém…

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Um colega se queixa do seu sócio. A parte que ele devia ser responsável não se desenvolve, fornecedores e colaboradores reclamam. O pró-labore fica aquém da necessidade dos sócios. Com tantos pequenos problemas para resolver não se encontra uma forma, nem tempo para a captação de novos clientes. A queixa começou com a ineficiência do sócio, mas foi aumentando até que o sócio ruim ficou culpado até pela inadimplência e os preços desonestos que a concorrência anda praticando…

Para ele ficou mais evidente a incompetência do sócio depois de frequentar cursos de liderança, logística, marketing… Mas, vamos começar do início. Como se costuma começar uma sociedade, principalmente nas pequenas empresas? Um tem um projeto, o outro tem o dinheiro. E como se decide as posições na empresa? Um é articulado e falante, portanto, fica com a parte comercial, o outro é contido e limitado, fica com a administração das contas e do pessoal.

Não, não vamos começar dizendo que escolhas assim são erradas, afinal, procuramos sócios porque por algum motivo, não dá para fazer sozinho. Encontramos além do investimento, qualidades no outro que complementam nossos próprios talentos. E o projeto (o sonho, a necessidade, o plano, a urgência, a única saída ou do que quiser chamar) tem que sai, planejado ou não, tem que iniciar de um ponto qualquer que seja ele. E iniciar por si só já é um grande passo, muitas vezes ficar ponderando acaba levando a lugar nenhum.

Como escolher o sócio?

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Muitas vezes percebo que tudo o que se espera de um parceiro como sócio é que ele seja honesto. No meu entender esta é a menor das qualidades – mas, é também, qualidade básica – sem isso não dá para pensar adiante. A honestidade – qualidade pequena e básica para o negócio – é uma via de mão dupla e você pode estar desejando a honestidade da parte do futuro sócio da seguinte forma: “não quero que me passe para trás”. Este é um recado comum que também repassamos aos colaboradores quando dizemos “nesta empresa prezamos a honestidade”. Observando bem, verá que estamos enviando um recado a todos pedindo encarecidamente “não me ofenda”.

A melhor mensagem de honestidade é o exemplo. Resolver as questões que se apresentam prontamente, honrar compromissos… São os detalhes que revelam as entrelinhas, tirar proveito financeiro numa compra de origem duvidosa, faltar com a palavra, enganar o fisco, esquivar-se do cliente frente uma questão de garantia, etc. Coisas comuns revelam SUA honestidade perante o pedido de honestidade do outro.

O quanto se necessita de honestidade é o quanto se é honesto.  Sendo assim, deve-se primeiramente reconhecer o que sou para não exigir – da parceria – muito mais do que se consegue dar. E é isso que invariavelmente acontece, falhamos inconscientemente no básico e continuamos a exigir a mais absoluta fidelidade do outro. É neste ponto que nasce a maioria dos conflitos entre sócios. Da mesma forma que faço com o quesito honestidade, exijo do sócio responsabilidade, empenho, dedicação, compromisso e etc, muito mais do que eu mesmo faço.

A escolha pelo parceiro deve ser medida pela sua própria medida. Se ELE for muito mais exigente e detalhista que você, provavelmente ele terá problemas com VOCÊ. Se você escolher alguém muito mais relaxado com as questões que você considera relevante, terá problemas com ELE. De qualquer forma o problema será sempre SEU.

Cada um tem uma forma única e muito pessoal de resolver problemas, se você tem a opinião de que há somente duas formas de resolvê-los sendo: do meu jeito ou do jeito errado, dificilmente dará espaço para o parceiro se desenvolver. A relação comercial passa, estreitamente, pela relação pessoal e a capacidade de ouvir e pesar as diferenças são normalmente vantajosas para ambos. Fortalecida a relação pessoal mais desenvolvida passa a ser a comercial.

Que outras qualidades esperar do sócio?

Não se espera nada do outro, ele já é tudo o que você mesmo pôde apurar. Acreditar que ele será muito mais do que é, é jogar na loteria. As pessoas se desenvolvem, mas dificilmente mudam. Além do básico já citado qual habilidade o negócio necessita? Relação comercial, administração do pessoal, organização?

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Por Vinícius Moura

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