Em sua quinta edição, a Esthetica, a feira de “moda ética” que acompanha a Semana de Moda de Londres, tenta ignorar o clima geral de pessimismo econômico causado pela crise nos mercados financeiros mundiais. A Esthetica, que até agora só é realizada em Londres, deverá passar a ser organizada também em outras semanas de moda.
Os fabricantes apostam na tendência, apontada pela mídia especializada, de que com a crise econômica os consumidores estão preferindo comprar peças mais caras e bem produzidas, que duram mais, ao invés de adquirir roupas baratas, produzidas em condições duvidosas, com vida curta e que, por isso, acabam não sendo um bom negócio nem para o bolso nem para a consciência.
“As pessoas querem comprar um vestido legal, não necessariamente só porque é ético, mas porque é bonito”, disse. “As marcas consideradas éticas estão começando a derrubar os estereótipos e a atender essa demanda.”
A empresa Amazon Life acompanhou esse pulo de qualidade nos materiais brasileiros que usa para produzir bolsas e acessórios, como borracha, lona de cânhamo, lona de caminhão e até uniformes reciclados do Exército brasileiro.
“Há alguns anos, os acessórios feitos de lona de caminhão reciclada, por exemplo, tinham uma consistência muito grosseira, que incomodava os consumidores”, diz Lígia Feichas, da empresa brasileira Suriana, que representa a Amazon Life.
“Os produtos feitos de forma ética e sustentável ainda são mais caros, e para o consumidor brasileiro muitas vezes o preço é crucial”, diz Lígia, lembrando que o ponto de venda que a Amazon Life tinha no Rio de Janeiro era freqüentado principalmente por turistas.
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