Roupas digitais: O fast-fashion que veio para ficar

Através da tecnologia de realidade aumentada, marcas famosas vendem produtos que podem ser usados apenas em ambientes virtuais

Vestido digital com estilo praiano e futurístico. Fonte: Instagram

Com a pandemia do novo coronavírus, o mundo virtual cresceu e, para se adaptar com a nova realidade, marcas inovaram em diversos segmentos. A indústria fashion acelerou o processo de digitalização e, assim, surgiram as roupas digitais.

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Criadas através de softwares com tecnologia de realidade aumentada elas propõem um consumo rápido e mais sustentável.

Com isso, a inovação no mundo da moda promete diminuir a poluição do ecossistema gerado através do descarte de produtos de origem têxtil.

 

Gucci já aderiu à moda

 

Tênis da Gucci virtual.
Fonte: Instagram

 

Algumas peças podem ser mais acessíveis ao público que busca ter um produto de grife, como o Gucci Tennis Clash, por exemplo, que está à venda por U$ 12 ( equivalente a cerca de R$ 61, na cotação atual), mas também há marcas como a The Fabricant, marca que vende produtos exclusivamente digitais, que em um leilão vendeu um vestido virtual por U$ 9.500 (equivalente a cerca de R$ 48 mil).

 

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Vestido virtual da marca The Fabricant. Fonte: Instagram

 

Como adquirir as roupas digitais?

 

Infelizmente, as roupas digitais ainda não chegaram para o consumidor brasileiro, mas para adquirir uma peça 100% digital não é difícil. Basta entrar em contato com a marca fabricante, comprar a peça digital e assim, marca enviará o filtro pela plataforma, ou em outros casos, o cliente envia a foto desejada para que a roupa seja colocada e a marca o devolve por e-mail.

 

Roupas digitais podem ser usada somente em fotos Fonte: Instagram

 

As roupas digitais são o futuro da moda?

 

Em principio, os grandes estilistas dizem que sim, e estão cada vez mais apostando nesse mercado. Não só, com o aumento da era sustentável e com a sociedade cada vez mais engajada em causas ambientais, mas também, o mundo está mudando.

Por isso, as marcas precisam inovar e diminuir a produção em excesso, que gera lixo e os testes em animais. Com isso, as roupas digitais chegam para solucionar os problemas dos consumidores e das empresas.

 

Vestido digital usado pela modelo Shudu em photoshoot. Fonte: Instagram

 

No entanto, o mundo da moda ainda tem um empecilho contra esta inovação, as roupas digitais requerem recursos, que as marcas ainda não possuem, e para que sejam feitas é preciso contratar profissionais que saibam utilizar os softwares e programas necessários e isto pode influenciar o aumento de preço dessas peças.

 

Modelo usa um moletom digital. Fonte: Instagram

 

Além disso, as roupas virtuais podem ser revolucionárias para o mundo da moda, dos editoriais e para o mundo dos influenciadores digitais.

Então, substituindo as roupas “descartáveis”, sem desperdiçar recursos físicos, elas alimentam o desejo impulsionado pela mídia.

 

Thamyres Barbosa: Estudante de Letras na UFRJ, apaixonada por literatura, por moda e pelo mundo.
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