Não fomos sempre inovadores.
Nós, o Homo sapiens sapiens, estamos na Terra faz 120.000 anos. Desde cedo começamos a nos espalhar pelo mundo. Mas não criávamos nada. Tínhamos pedras lascadas, é verdade. Na África, no Oriente Médio, na Europa, onde houvesse um de nós encontrava-se rigorosamente os mesmos instrumentos e eram ferramentas apenas um pouquinho mais sofisticadas do que as que o Homo erectus ou o Homo habilis já usavam fazia muitas centenas de milhares de anos.
Estamos por aqui há 120.000 anos e, por metade deste período, não criamos rigorosamente nada.
Mas aí, algo entre 60 e 50.000 anos atrás algo mudou de repente: botões, agulhas de costura feitas com ossos, lanças, lançadeiras, lâminas, desenhos nas paredes das cavernas. Repentinamente começamos a inventar. Os cientistas chamam este período de o grande salto para a frente. Ninguém sabe o que houve. Uma das teorias sugere que foi quando começamos a conversar. Com a linguagem, talvez fruto de uma mutação genética, houve diálogo e, com diálogo, criação. E a criação diferia. O botão que se fazia no Oriente Médio era diferente do colar na Europa e na África faziam uma lançadeira que ninguém mais tinha. Quando surgiu a inovação, surgiu também a diferença cultural. E a esperança de compreender onde estamos e as tentativas de produzirmos um mundo melhor para vivermos.
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Não deixe de ler o restante do texto Nós, Inovadores, no site do Pedro Dória.