Neste processo de amadurecimento pelo qual passa a moda brasileira é muito interessante ver qual a percepção de quem está de fora.
É importante verificar o que pensam jornalistas e pessoas de outros países, por isso seguem dois artigos – um com a visão da jornalista francesa Saran Koly, publicado pelo UOL Estilo e um post do portal Portugal Têxtil que também tem um comentário muito interessante sobre moda brasileira.
“Jornalista do Libération aposta no futuro da moda brasileira, mas critica falta de diversidade.
O Brasil está crescendo economicamente, e a moda tem muito potencial dentro de sua diversidade cultural, afirmou Saran. Ela compara o país ao Japão: Hoje, você vê diversas pessoas usando o Japão como referência, fazendo fotos para tendências. Há dez anos isso não acontecia. Acho que com o Brasil será a mesma coisa. Nem diria em dez anos, mas em cinco. É só esperar.
As críticas vieram fortes com relação à falta de diversidade nas passarelas e corredores da Bienal. Você vê só duas modelos negras apenas em alguns desfiles. Nenhuma oriental. É algo completamente contraditório com a proposta de Babel e diversidade do evento, disse. Para ela, a miscigenação e o orgulho da diversidade é algo forte no país e deveria aparecer mais. ” Leia matéria completa aqui.
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“Os industriais têxteis brasileiros estão a pressionar o governo para aumentar as categorias de produtos têxteis chineses sujeitos ao regime de quotas. Uma atitude proteccionista para sustentar o crescimento e a afirmação da ITV brasileira na economia global.” Leia matéria completa aqui.
De facto é necessário valorizar todo o potencial brasileiro na ITV. Em relação à China, a mão de obra brasileira tem 2 factores que a distinguem da chinesa, qualidade nos acabamentos e matérias primas e bom gosto no aspecto visual e vestível das peças. É uma pena não haver valorização local nos vários países na ITV. Valorizamos o que é de fora e esqueçemos o que é nosso SEMPRE, preferem quantidades e a qualidade é quase sempre esquecida….Temos que contrariar esta tendência pois qualquer dia vestimos “farrapos” em vez de roupa….” Comentário feito no artigo do Portugal Têxtil.