Inspirada no trabalho da arquiteta Lina Bo Bardi, a marca Maria Bonita apresentou coleção geométrica e chic.
O desfile apresentou um jogo de formas muito interessante. Os vestidos de um ombro só pareciam esculturas em lã e os casacos que abriram o evento refletiam com muita elegância e fidelidade o trabalho da arquiteta, que gostava de evidenciar fiações e concreto em suas obras. Entretanto, a sobriedade arquitetural foi mesclada com calças “jogging” com recortes inusitados.
Um fator impressionante no desfile foi o xadrez, marca registrada da grife. Aqui a padronagem foi completamente reinventada. A marca o fez através de recortes e peças compostas por maxi-tramas coloridas inspiradas nas janelas do SESC Pompeia.
A cartela de cores era composta por cinza-concreto, cinza-asfalto, preto e algumas cores, tais quais o vermelho, o azul e o verde – cores encontradas na paisagem do SESC – Até que surgiram algumas peças em furta-cor e apliques em acrílico colorido.
As jóias foram especialmente desenhadas por Antonio Bernardo. Com destaque ao broche Mandacaru.
Saiba mais sobre a Maria Bonita
Fundada em 1975, a Maria Bonita era originalmente dirigida por Maria Cândida Sarmento e Malba Paiva, até que no ano de 2002 a primeira vem a falecer. Atualmente, quem compõe a sociedade da grife juntamente a Malba Paiva é Alexandre Aquino.
Maria bonita se destaca por produzir peças elegantes, atemporais e nada óbvias. Além disso, a modelagem foge do convencional. Em 2002, Daneille Jensen assumiu o styling da marca, dando continuidade ao trabalho e à filosofia de Malba e Maria Cândida.
Por Augusto Paz