História da Saia – parte 1
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre Modelo vestindo uma mini-saia Saia é uma peça do vestuário utilizada por mulheres para cobrir apenas as pernas. Desde o…
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
Modelo vestindo uma mini-saia
Saia é uma peça do vestuário utilizada por mulheres para cobrir apenas as pernas. Desde o princípio da história a saia vem sendo usada pelo homem devido ao seu modelo simples e sua grande utilidade. Seu comprimento pode variar, sendo fabricada de algodão ou nylon. Pode ser decorada com detalhes.
De acordo com os padrões de uma época ou a moda, as saias podem ser mais compridas, mais volumosas ou mais justas.
História
É muito difícil precisar quando que a saia começou a ser utilizada, mesmo porque há divergencias quanto o que pode-se considerar saia. Consideraremos neste trabalho como tal qualquer vestimenta que cinje a parte inferior do corpo como um todo, sem divisão entre as pernas. Logo, não é de se adimirar que a primeira peça de roupa foi feita pelos humanos no período mesolítico e tratava-se de um pedaço de pele, sobra de alguma caçada, amarrada pela cintura, no formato de uma saia. Apesar deste passado tão remoto, o primeiro registro que algum destes antigos viventes da terra nos deixou de tal vestimenta é uma escultura suméria, que data de 3000 a.C.
Princípio
Devido a simplicidade de fabricação, não é de se admirar que mesmo depois dos sumérios, muitas outras civilizações utilizaram a modelagem da saia. Um exemplo disto é o Império Egípcio, que, até onde se sabe, só utilizava na parte inferior de suas vestimentas a saia, ou do poderosissimo Império Romano, onde eram utilizadas túnicas que, na parte inferior, se assemelhavam às nossas saias modernas. Desta maneira, assim que seu império se estinguiu, os
seus invasores começaram a absorver alguns de seus apectos culturais, tais quais a vestimenta.Assim, as túnicas passaram a conviver com as bermudas, atadura e meias, se tornando a vestimenta padrão dos barbaros por muito tempo, modificando-se muito pouco durante este período. A principal caracteristica das roupas neste momento era a pouca diferenciação das mesmas entre os sexo. Na maiorias das tribos/reinos a veste dominante eram as túnicas, sendo que os homens costumavam utilizar as de “saia” mais curtas, fazendo par com meias, e as mulheres as mais compridas.
Foi só no século XI que, em contato com a cultura oriental através (principalmente) das cruzadas, as roupas mudaram de maneira mais relevante. Além de trazerem para casa tecidos orientas, os quais eram muito mais refinados, os cruzados também trouxeram novos cortes, peças de roupa e “tecnologias”, como o botão. Se deparando com tantas novidades e histórias maravilhosas, as mulheres ocidentais começaram a mudar seu visual. As roupas se tornaram, paulatinamente, mais ajustadas no busto graças ao abotoamento lateral, as mangas se tornaram amplas no punho e muito compridas, e muitas destas mulheres adoraram o véu mulçumano, claro sinal de orientalização.
Séc.XII ao Séc.XVIII
Por volta de 1130, surge na vestimenta feminina uma nova peça: o corpete. Este ancestral do espartilho era feito bem justo até a altura dos quadris e dele saía uma saia ampla, a qual possuia pregas e podia tanto ter o comprimento na altura dos pés quanto ter até uma cauda. Isto obrigou as sobretúnicas a ficarem mais justas, o que começou a diferenciar de maneira mais clara as vestimentas femininas e masculinas, mas ainda sim não como veio a ocorrer mais tarde.
Na segunda metade do séc.XIV, tomando a visão de muitos historiadores, o movimento de estética nas roupas ao qual damos o nome de moda inicia-se. Isto significa que, apartir de então, a parte mais endinheirada da sociedade nunca mais teve sossego tratando-se de vestimentas: as mesmas passaram a ficar defasadas com o passar de pouco tempo. Foi então que a vestimenta mais feminina que se conhece começou a ganhar forma: o espartilho. Junto com ele, usava-se uma saia ampla e comprida em pregas. Sobre tudo isto utilizava-se a contê-hardie, uma bêca semelhante a utilizada pelos homens. Durante um periodo deste século, foi moda que esta bêca não tivesse lados, ou seja, tivesse grandes aberturas laterais que permetiam entrever o vestido, o que causava um efeito interessante.
Durante o fim do séc. XV e começo do XVI houve uma “germanização” geral na moda, a qual foi visivel pelos abundantes recortes nas roupas masculinas (inspirados nos trajes dos Landsknecht alemãos). Já nas femininas, as quais não eram tão estravagantes quanto de seus companheiros, isto só era visto nas saias ricamente bordadas de seus vestidos de cintura apertadíssima. Já no séc.XVII a moda de usar única saia por baixo da túnica foi substituida pela que pregava várias saias utilizadas de maneira sobreposta a fim de dar volume. O espartilho continuou se desenvolvendo, mais ainda não tinhsa o formato atual. O uso da bêca ainda era essêncial sobre o vestido.
Importante ressaltar novamente que os únicos que tinham acesso à estas vestimentas “na última moda” era os integrantes übber klass, ou seja, nesta época a aritocracia cortesã. No fim do séc.XVII e início do XVIII surge na nobreza francesa um novo rei, o qual perseguia um ideal de ostentação extrema. Este soberano foi Louis XIV, também conhecido
como O Rei Sol ( figura ao lado). Neste contexto de opulência o espartilho encontrou terreno fertil para se desenvolver plenamente e as várias saias foram substituída pelo panier, uma armação geralmente feita de galhos de salguero que sustentava a saia superior. O panier aumentava a saia lateralmente a tal ponto que algumas delas chegavam a ter até 4 metros de circunferência. Sobre esta armação era colocada a anágua e sobre esta era utilizada as saia, que podia ser tanto aberta quanto fechada (nomeclatura utilizada pelos historiadores atuais). As abertas possuiam uma abertura frontal que permitia a visualização da anágua, a qual era ricamenta adornada, enquanto as fechadas eram interissas. Os principais tecidos para confeção destas saias eram o veludo, o musseline e os tecidos brocados e adamascados.
Acima Ana da Aústria e o infate Luis XIV
Para sustentar todo este luxo era usada uma grande porcentagem da renda pública, o que ajudou a agravar a crise pela qual a França passava. Os camponeses e a emergente classe burguesa juntaram-se para que pudessem acabar com toda aquela ostentação que, no fim, era paga por eles. Foi assim que, em 1789 irrompe a Revolução Francesa, a qual mudou os rumos da história (e da moda). Logo após sua vitória, os burgueses (os quais possuiam grande adimiração pela antiguidade clássica) se inpiraram deveras nos gregos para contruir sua “nova civilização” e a moda não escapou deste revival. As mulheres abandonaram o espartilho e começara a utlizar roupas mais leves e esvoaçantes. As saias desta época eram compridas e passavam a idéia de leveza.
Ao lado vestido neoclássico
Bibliografia
- LAVER, James. A Roupa e a Moda. São Paulo: Compania das Letras, 2002.
- GANDOLFI, Fiora. Il Novecento, Store di Moda: Gonne e Gonnelle. Modena: Zanfi, 1989.
- RACINET, Abert. Eutopean Costume. Singaoura: HBM, 2000
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