Gucci Fest: A semana digital que revolucionou a moda internacional
O Gucci Fest marcou a saída das semanas de moda da marca. Nesse sentido, a grife estabeleceu sua nova estratégia celebrando a diversidade.
O Gucci Fest causou no universo fashion. A marca realizou em novembro um festival totalmente digital envolvendo arte, música, moda e cinema. Com o intuito de lançar sua coleção fora das semanas de moda, ela criou uma série de 7 curtas que transmite todo o universo Gucci. Saiba os detalhes do festival e aproveite para se inspirar nos looks!
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Por que a Gucci saiu das semanas de moda?
A Gucci já planejava sair das semanas de moda a alguns anos. Assim como a Saint Laurent e a Micheal Kors, o movimento foi resultado de um certo esgotamento. Isso porque se encaixar em um ritmo que limita a produção da coleção é exaustivo. Além disso, a distância entre os desfiles e os lançamentos dá abertura para a Fast Fashion copiar e sair na frente.
Com a pandemia, o calendário e os modos de apresentação das semanas de moda foram alterados. Como consequência, a Gucci viu uma oportunidade de concretizar sua nova estratégia de brandig. Mais do que mostrar as peças da grife, os vídeos apresentam o universo Gucci, dialogando diretamente com a geração Z.
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História da Gucci
É importante traçar a trajetória da marca para entender como ela chegou no Gucci Fest. Inaugurada em 1921 em Florença , na Itália, a marca começou como fabricante de malas de luxo.
O sucesso da marca começou com o aumento do interesse pelos acessórios da Gucci em meados da década de 1930. Uma década depois, a bolsa Gucci é lançada com a lendária alça de bambu. Logo se tornou um dos carros chefe nas vendas, aumentando a popularidade da grife. Outro produto que virou a cara da marca foi a sua releitura do mocassim.
Já estabelecida no mercado de luxo, os símbolos como sua logo passam a se associar às altas classes. Atualmente, esses mesmos símbolos são ostentados em artistas do cenário musical.
Depois de atritos familiares e mudanças de diretores criativos, a Gucci chega hoje com Alessandro Michele no cargo. É ele que está por trás da renovação de estilo e marketing que a marca passou nos últimos anos. Assim como, foi ele quem idealizou e dirigiu o festival.
Como foi o Gucci Fest
A marca que está entre as mais procuradas de 2020, organizou 7 dias de festival. Cada dia seguiu a programação de apresentação de 2 curtas estrangeiros, 2 lançamentos de coleção de designers emergentes e finalmente lançamento de um episódio da série tão comentada “ Overture something we never had”.
Cinema e moda
A Gucci Fest não foi só sobre a Gucci. Isso porque a marca abriu espaço para 15 designer emergentes vindos do UK, USA, Nigéria, Portugal, Suécia e China. Através de curtas conceituais, cada um apresentou a coleção trazendo muita identidade.
Ou seja, o festival foi uma celebração multicultural. As temáticas, apesar de serem variadas, se conectam com os valores empregados pela marca. Como, por exemplo, trazer a diversidade exaltando a beleza preta. Em contrapartida, algumas obras mesclaram o universo dos games com fábulas e surrealismo.
Definitivamente, a curadoria selecionou com muito cuidado os designers. Já que a junção das obras transmite a vibe urbana, misteriosa e, agora, totalmente digital da Gucci.
Lembrando ainda, que recentemente, a Gucci também saiu na frente ao trazer pela primeira vez para o seu casting uma modelo com síndrome de Down. As fotos da campanha da Gucci Beauty com a modelo Ellie Goldstein estiveram entre as mais curtidas do Instagram da marca.
Ouverture: a série da Gucci Fest
A coleção da marca também foi lançada no Gucci Fest através de vídeos. No entanto, a opção por fazer o formato de série, lançando um episódio por dia, deu destaque a narrativa durante todo o festival.
Em cada vídeo acompanhamos fragmentos da rotina de Silvia, uma dançarina trans. Assim sendo, acordamos junto com ela na sua casa, tomamos café com seus amigos e vemos o ensaio no teatro.
A linguagem vai desde citações filosóficas até comentários surrealistas, tudo com clima bem intimista. Além disso, várias simbologias estão escondidas em gestos, objetos e até nas roupas.
No vídeo do café, por exemplo, Silvia se desfaz de um vestido soltando-o pela varanda. Posteriormente, ela encara várias mulheres usando esse mesmo vestido. Isso pode ser interpretado como uma crítica a falta de exclusividade do fast fashion.
O figurino é o grande destaque. A fim de compor os looks das personagens e figurantes, a marca trouxe peças novas e antigas. Dessa forma cada personagem possui suas características e está dentro do ambiente no qual aprece. O trabalho minucioso contribui para a caracterização de cada um ao mesmo tempo que transmite o Gucci way of life.
Diálogo aberto – diversidade e representatividade
Com a personagem principal sendo transexual, a diversidade rege a narrativa. Artistas negros como Jeremy O. harris O e Arlo Parks nos papéis secundários, demonstram o potencial da marca para representar minorias. Assim, se aproxima do público já que a geração z é a que mais absorve a diversidade.
E se você tem achado confuso tantas nomenclaturas e expressões de gênero, no artigo Identidade e Gênero, desvendamos de forma fácil e elucidativa as diversas, as camadas da sexualidade humana, em uma reflexão que vai da biologia à cultura.
A Gucci segue no caminho, que mencionamos no artigo: Sustentabilidade com diversidade é o próximo passo do mundo da moda. Em que muitas marcas estão perceberam que é essencial incorporar esses conceitos para se aproximarem do consumidor. Agora, cada vez mais, assistimos isso acontecer na prática.
A geração Z foi grande inspiração para a comunicação dos vídeos. Sobretudo com artistas convidados como Harry Styles, Bille Eilish e Lu Han participando dos episódios, grande atrativo para o público.
Se inspire no Gucci Fest
O festival permanece acessível online, com todo o conteúdo. Mas o que fica do Gucci Fest para nós? O estilo de vestir da Gucci está se transformando em estilo de vida e por consequência, inspira totalmente nosso guarda-roupa.
Xadrez Gucci
O xadrez é uma das grandes características da Gucci e esteve presente no Gucci Fest. Para trazer a tona a marca da vibe, busque harmonizar diferentes tipos e cores do padrão.
Assim, como conjuntos que também são ótima opção! Com blazers é possível inovar no executivo.
E se você gosta do estilo vintage, não deixe de conferir, looks, inclusive, com calça xadrez, em Princesa Diana: ícone de estilo do comfy wear à elegância real – Moda anos 80 e 90.
Ainda fica incrível misturando com listrado ou até com outros materiais como o tricô.
Mas sempre dá para apostar na calça ou short xadrez, com o top de malha. A dica é uma blusa básica de manga comprida e gola alta. Você ainda pode sobrepor uma T-shirt e sair total Gucci por aí.
Romântico Vintage
O lado Vintage da marca dominou o Gucci Fest! Por isso aposte em vestidos leves e fluídos, mangas volumosas e muito conforto.
A transparência cria um contraponto ao brilho do paetê e pode ser uma ótima opção de look.
A composição de malha com short fica incrível com bordados bem delicados.
Saias Midi
As saias Midi da Gucci estão virando marca registrada. Ou seja, pode apostar no plissado, na godê ou até na evasê já que elas criam uma silhueta diferenciada para os looks. Destaque ainda para as sais plissadas que permanecem com tudo!
Capriche na parte de cima contrastante para arrasar mais ainda.
Mix de estampas e cores
Impossível não ressaltar o mix de estampas, expertise da marca. A mistura de estampas clássicas com estampas florais vibrantes, principalmente. Ela é aposta certeira para alcançar o estilo Gucci.
O crochê que é a cara da Gucci
Se você ama um crochê, essa dica é para você! Da mesma forma que o mix de estampa traz todas as cores da marca, o crochê quadriculado também!
Veja ainda nosso especial de Crochê moderno com tendências 2021: Como as semanas de moda estão renovando a técnica.
Aposte nessa receita para trazer a Gucci pro seu estilo artesanal.
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