Muito se falou sobre o fim do desfile da Victoria’s Secrets e a sua relação com os novos consumidores. Para além das polêmicas, o que será que esse fato nos mostra sobre os modelos de negócios do futuro? Conversamos com Camila Panades, estilista e criadora da Pajaris para compreender melhor os desafios e as apostas para a indústria nos próximos anos.
O que muda com o fim o desfile da Victoria’s Secrets?
Quem cresceu vendo as angels desfilando com as peles bronzeadíssimas e o corpo no limite da magreza certamente já sentiu o impacto desse ideal de beleza.
No caso da Victoria’s Secrets, a aspiração ao ideal era parte fundamental do branding. Branding, esse, que talvez tenha demorado demais para captar o sinal dos novos tempos. Afinal, a mesma imagem que alçou a marca ao topo também pode ter sido responsável pelo seu declínio.
Ao comentar sobre esse fato, muitos veículos noticiaram o fim do evento como uma vitória da diversidade. No entanto, resolvemos explorar a questão por um novo panorama. Assim, além de tudo que já foi dito, levantamos uma questão: o que o fim do desfile da Victoria’s Secrets nos mostra, sobre os novos modelos de negócios para a moda?
O declínio do modelo de negócios Victoria’s Secrets em números
No ar desde 1999, o desfile anual VS Fashion Show já foi considerado o ponto mais alto da carreira de uma modelo. Integrar o seleto time de angels era um sonho, que rendia fama instantânea e contratos milionários para as estreantes. Gisele Bundchen, Alessandra Ambrosio e Adriana Lima, por exemplo, foram algumas das brasileiras que tiveram suas carreiras fortemente impactadas por esse fenômeno.
Com o passar dos anos, o evento tentou manter a pompa, enquanto perdia o seu encanto. Alvo de inúmeras críticas, a Victoria’s Secrets passou a ser acusada de manter um padrão de beleza inatingível. Nos últimos anos, a diversidade passou a ser palavra de ordem na Internet e a marca se viu rodeada por muitas polêmicas.
Em 2017, o fashion show da marca registrou uma queda de 30% na audiência, entre as consumidoras de 18 a 49 anos. Segundo o The Wall Street Journal, as ações da L Brands (companhia que detém o controle da marca) despencaram incríveis 41% em 2018. No começo de 2018, a empresa anunciou que fecharia mais 56 lojas nos Estados Unidos e vem, ano após ano, amargando quedas consideráveis em suas vendas.
De repente, a marca que era uma aspiração geracional viu o seu marketing ser chamado de preconceituoso, ultrapassado e até mesmo cafona. Além disso, a queda constante nas vendas e o fracasso das famosas liquidações parecem ter jogado a última pá de terra na estratégia de branding. Por fim, o CEO da empresa, Jan Singer, anunciou o seu desligamento da Victoria’s Secrets no mês de agosto.
O que podemos aprender com o fim o desfile da Victoria’s Secrets?
No tópico anterior, apresentamos um breve resumo do declínio da marca. O que chama atenção nisso tudo, é que mesmo após amargar quedas expressivas ano após ano, a VS continuou insistindo no mesmo modelo de negócios. Hoje em dia, nem mesmo o branding mais ferrenho é capaz de passar por cima da real vontade do consumidor.
Modelos magras e impecáveis, sensualidade exacerbada, muitos brilhos e sutiãs push up seguiam tentando vender uma imagem de perfeição inalcançável. Essa era, afinal, a mulher angel da Victoria’s Secrets. O que ocorre é que ela – claramente – não dialogava mais com o próprio público.
Para Camila Panades, hoje a moda precisa ser verdadeira naquilo que se propõe. Cada vez mais os clientes buscam personalização, novidade e, é claro, uma marca que se conecte ao seu lifestyle.
Biquíni da Pajaris
No caso da Victoria’s Secrets, o que ocorreu foi um erro por repetição. Ao invés de dialogar verdadeiramente com um nicho específico, a marca tentou massificar um estereótipo feminino: a angel magra, sexy e glamorosa. Como se essa fosse a única aspiração possível para todas as mulheres.
Claramente, esse é um modelo de negócios que não funciona mais. Desfiles megalomaníacos, redes sociais cuidadosamente projetadas com modelos em poses perfeitas, lingeries pensadas para um único tipo de corpo. Tudo isso contribuiu para afastar a VS do próprio consumidor. Se você não cria um relacionamento com o seu cliente, como vai compreender o que ele deseja? Questiona Panades.
Hoje em dia, para criar marcas de valor é preciso gerar conexão. Substituir a fantasia pela verdade. Independente do que você vende e para quem. Quanto mais verdadeira for a sua marca, mais valor os clientes enxergarão nela.
Novos modelos de negócios para a moda: o case de sucesso da Pajaris
Em julho de 2019, a Pajaris vendeu quase o mesmo que em dezembro, no auge do verão. Esse é um número bastante expressivo para o inverno de uma marca de biquínis e a prova de que um modelo de negócios bem planejado faz toda a diferença!
Com um produto de qualidade e design contemporâneo, os irmãos Camila e David Panades (responsável pelo planejamento de negócios) resolveram inovar. Em um contexto de moda praia onde todas as marcas seguem a mesma estratégia, a Pajaris apostou em um modelo de negócio diferente e 100% digital.
O canal e-commerce é a prioridade e, para quem gosta de experimentar antes ou precisa do biquíni no mesmo dia, é possível visitar uma das duas lojas físicas, que ficam localizadas nos dois principais mercados da marca: Rio e São Paulo. Assim você já sai com o biquíni no mesmo dia.
Nas redes sociais, a moda praia moderninha da marca aparece em lugares paradisíacos, com clientes que vestem a ideia da marca da cabeça aos pés. Assim é a mulher Pajaris: viajada, conectada e antenada com as principais tendências de moda.
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Além disso, as coleções foram eliminadas e as criações não são rotuladas. A ideia é oferecer lançamentos para que cada mulher tenha a liberdade de compor o seu estilo, em qualquer lugar do mundo. Hoje o foco é sempre apresentar novidades sintonizadas com o desejo imediato das clientes. Ao se aproximar do público em suas redes, a marca consegue ter um termômetro, em tempo real, do desejo do consumidor.
Desse modo, na Pajaris, é verão o tempo inteiro. É com essa premissa que a marca conquista cada vez mais destaque na moda praia nacional. Quem viaja para o verão europeu sabe que é difícil encontrar novidades em biquínis durante os meses de Junho a Agosto no Brasil, né?
É aí que a estratégia da marca vem de encontro aos nossos desejos. Enquanto as outras marcas estão liquidando coleções passadas, eles estão lançando novos modelos. Independente da época do ano, no e-commerce da Pajaris você vai encontrar as principais tendências da vez para levar na mala. E, é claro, garantir aquelas fotos perfeitas no destino.
Com certeza você já viu as peças da marca por aí. Flávia Alessandra, Juliana Paes, Giovanna Antonelli, Larissa Manoela e outras famosas do meio digital estão entre as consumidoras fiéis. Combinando design, estilo e qualidade, a Pajaris traz muita inovação que vem do core do negócio direto para os produtos.
Serviço
Instagram: @pajaris