DFB Festival 2023 dia 2: tudo o que rolou no segundo dia do maior evento de moda autoral da América Latina
Confira todas as tendências do primeiro dia de DFB com os desfiles de Norb Brand + Levi Santos, Ahazando, Club 99, Sau + Sheila Morais, Kallil Nepomuceno, Vitor Cunha e Lindebergue
O DFB Festival é um dos eventos mais importantes para a cultura brasileira que influencia muito na moda nacional. Criado em 1999 o DFB contribui para o fortalecimento da indústria de têxteis do nordeste do país. Sendo assim, o evento acontece com a participação de diversos estilistas estreantes e outros que já conquistaram seu espaço no mercado.
Este ano o DFB acontece do dia 31 de maio até 03 de junho, com muita moda autoral e cultural da região do nordeste. No entanto, o evento ocorre no Centro de Eventos do Ceará e tem transmissão ao vivo dos desfiles no canal do Youtube do DBF Festival.
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Norb Brand abre o segundo dia do DFB Festival com a coleção “Maré” inspiradas em Oxumaré e Iemanjá
Para dar início ao segundo dia do DFB Festival, Norberto Rezende, estilista e fundador da Norb Brand, trouxe a coleção intitulada “Maré”. Inspirada em Oxumaré e Iemanjá, a mãe das águas veio para a coleção através de tecidos fluidos e muitos tons de azul.
Além disso, os modelos atravessaram a passarela com peças leves, representando ainda mais a água presente na coleção. No entanto, entre as muitas peças de roupas, vale destacar a técnica dos recortes em seus tecidos, com peças assimétricas que deixou os acabamentos bem mais interessantes.
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Para ambientar ainda mais sua homenagem a mãe das águas, os modelos desfilaram descalço, no qual pareciam flutuar em meio a passarela.
Estreando no DFB Festival, Levi Santos traz coleção “Memórias de Alvenaria” em sua coleção
Com o objetivo de trazer as memórias afetivas do estilista Levi Santos, sua coleção “Memórias de Alvenaria” carrega a importância da arquitetura para a memória de uma cidade. Além disso, ele trouxe em sua coleção elementos que contam a história da arquitetura fortalezense no qual foram apagadas pela urbanização e modernização das cidades.
Sendo assim, arcos e vazados presentes em suas peças, nos tele transportaram para a arquitetura Neoclássica e Neogótica de Fortaleza. As cores também remetem as construções com uma mistura de pinturas que conta a identidade visual da cidade.
Contudo, a urbanização da cidade foi trazida na coleção por meio de peças de roupas mais utilitárias e oversized. Além disso, o patchwork é uma técnica manual sustentável que se utiliza de retalhos costurados para a formação de uma nova peça, e se fez presente no desfile de Levi Santos.
Com uma paleta de cores que gira em torno do vermelho, amarelo, azul e bege, a coleção foi dividida em 3 partes. Sendo a primeira representada pelos arcos e curvas das construções de Fortaleza; a segunda, as linhas retas e as diversas camadas que uma cidade tem; e por fim a terceira, no qual traz a contemporaneidade e urbanização dos centros históricos da cidade.
Ahazando trouxe muitas estampas e discussão sobre moda sem rótulos
Cores vibrantes, tecidos fluidos e estampas divertidas, marcaram o desfile da marca Ahazando. Diferentes corpos, gêneros e tons de pele desfilaram no segundo dia do DFB Festival, trazendo a discussão de uma moda feita para todos.
Sendo assim, as estampas irregulares em P&B formavam formas surrealistas nos vestidos, hot pants e bodys. Fora isso, os recortes deixavam as peles à mostra e as técnicas de amarrações nas roupas irão com certeza marcar o verão 2024.
Algumas tendências que vimos no desfile foi a presença de acessórios maximalistas, estampas florais e as flores em relevo estruturada nas peças. O SPFW e as Fashion Weeks internacionais também apresentaram flores como acessórios e complementos de suas coleções.
Club 99 revela coleção sustentável para desfile no DFB Festival
A Blinclass apresentou a “Club 99” e trouxe técnicas sustentáveis para a passarela do DFB. Com peças feitas a partir de fios poliéster reciclados de garrafas PET, lavagens com até 80% menos água e tingimentos digitais ou a seco.
O compromisso ecológico que a marca tem deixa a coleção ainda mais fascinante aos olhos do público. Além disso, o Streetwear trouxe o utilitarismo de peças descoladas e despojadas para o desfile, com tons de amarelo, azul, marrom e verde.
Peças em alfaiataria, jaquetas de couro, calças cargo e transparência, são tendências de rua que veem sendo muito exploradas nos últimos tempos. A Club 99 mostra que está antenada com o que a população mundial anda vestindo e trouxe isso para seu desfile.
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SAU + Sheila Morais se juntam e trazem coleção chamada Água para o DFB
A colisão entre a marca SAU com a Sheila Moais trouxe a segunda parte da coleção FEMINA, no qual juntou o nordeste com o universo feminino, sendo desbravado por mulheres que marcaram suas histórias.
No entanto, se teve algo presente nessa coleção foi a presença do metalizado e de muito brilho. A paleta de cores girou em torno do prateado, dourado, preto e branco.
Os vestidos escamados, paetês brilhantes e elementos vazados em peças de alfaiataria, deixou todos que tiveram o privilégio de assistir os desfiles boquiabertos.
SAU + Sheila Morais deixou bem claro que linhas retas não foi o forte da coleção. Sendo assim, as peças trouxeram singularidade em detalhes simples e muito bem feitos entre saias, vestidos e blazers.
O luxo sustentável e o conceito ESG no desfile de Kallil Nepomuceno
Na 20ª participação do estilista no DFB Festival, a coleção Gueto trouxe a técnica de Upcycling com o reaproveitamento de resíduos têxteis como retalhos e outras matérias-primas para a confecção de novas peças.
Sendo assim, as cores vibraram nas passarelas do desfile com uma paleta que variava entre o azul, vermelho e o rosa. Os fuxicos, técnica manual característica do nordeste, estamparam jaquetas, conjuntos e vestidos.
Além disso, os tecidos cintilantes e as aplicações com brilho metalizado nos blazers, deram muita personalidade para o desfile de Kallil. Contudo, saber que toda essa técnica e trabalho autoral vem acoplado de praticas sustentáveis dentro do conceito de ESG (ambiental, social e governança), deixa a coleção ainda mais especial.
Vitor Cunha apresenta coleção “Entre Laços” no DFB
A coleção ‘Entre Laços’ do estilista e fundador da marca Vitor Cunha, foi marcado pelos trabalhos de crochê e renda em suas peças, no qual entre texturas diferentes as peças saíram do óbvio durante o desfile.
Além disso, o estilista trouxe uma coleção alegre no qual as cores passeavam entre o azul, rosa, branco e preto. Porém as peças exploraram diversas texturas diferentes que deram outra cara para o desfile.
Blusas cropped metalizadas, alfaiataria desconstruída em tecidos brilhantes e fluidos, recortes irregulares vazados em peças coladas ao corpo, foram algumas das características do desfile de Vitor Cunha, que deixou a coleção cheia de personalidade.
“Aparências, nada mais” de Lindebergue encerrou o segundo dia do DFB Festival
Trazendo uma crítica social para o momento no qual a sociedade vive para se adequar aos padrões que nos são impostos, a coleção “Aparências, nada mais” encerrou o segundo dia do DFB Festival.
Os tecidos amplos e metalizados marcaram o desfile. Cores como o dourado, azul, terracota e o bege foram encontrados com diversas modelagens, estruturas e acabamentos.
Frases como “padrão”, “lacre” e “extremiste” estavam estampadas em algumas roupas, deixando a narrativa e contextualização da coleção mais aparente. Além disso, algumas tendências como o plissado, ombreiras e jaquetas cropped estavam presentes na coleção.
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Conclusão: DFB dia 2
O segundo dia do DFB Festival trouxe os desfiles de Norb Brand + Levi Santos, Ahazando, Club 99, Sau + Sheila Morais, Kallil Nepomuceno, Vitor Cunha e Lindebergue.
Em sua maioria, os desfiles apresentaram tendências como o metalizado, alfaiataria desconstruída, trabalhos manuais como o fuxico e o crochê, além de tecidos fluidos e muitas cores vibrantes nas peças.
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