Brasil Eco Fashion Week 7: veja as principais tendências de moda
Saiba tudo o que rolou no Brasil Eco Fashion Week 7: tendências dos 25 desfiles em 29 fotos dos looks e muito +
A plataforma de moda Brasil Eco Fashion realizou em São Paulo, de 7 a 9 de dezembro, a 7ª edição do Brasil Eco Fashion Week (BEFW), a maior atração de moda sustentável da América Latina. Com participação gratuita do público, o evento reuniu temas e ações educativas e inspiracionais com desfiles, salão de negócios, exposições e atividades de empreendedorismo.
Pela primeira vez, o BEFW ocupou o imponente Centro de Convenções Frei Caneca, próximo da avenida Paulista. Os workshops continuarão a ser realizados na Unibes Cultural, na rua Oscar Freire. Veja as tendências dos 25 desfiles do Brasil Eco Fashion Week 2023.
Como foi o Brasil Eco Fashion Week 7?
Com o tema “Ecoinovação e Desenvolvimento Sustentável”, o BEFW abordou questões ambientais e sociais em toda a cadeia de produção, incluindo as relacionadas com tecnologias limpas como energia renovável, reciclagem, eficiência energética e novos materiais.
Aplicada na ótica das organizações, a ecoinovação, além de aumentar o desempenho e a competitividade de uma empresa, traz benefícios sociais, ajudando a garantir salários mais justos e condições de trabalho seguras e saudáveis, sobretudo neste setor em que 60% da mão de obra é de mulheres, de acordo com os dados da Indústria Têxtil e de Confecção Brasileira (ABIT).
“É inegável que a moda é uma indústria importante na economia, especialmente quando se trata de empregar mulheres, mas ao mesmo tempo, as práticas tradicionais da indústria têm um impacto devastador no meio ambiente”, destaca Rafael Morais, diretor executivo da BEFW.
A moda sustentável oferece um caminho para reconciliar a importância econômica da indústria da moda com a necessidade urgente de proteger nosso planeta. “O evento é um espaço para informar e influenciar as decisões na cadeia produtiva da indústria da moda para torná-la mais justa e responsável”.
Quais as tendências do Brasil Eco Fashion Week 7?
Confira tudo o que rolou nos 25 desfiles do Brasil Eco Fashion Week 7:
1. Nordestesse apresenta Stúdio Orla
O Studio Orla nasceu em 2017 no Ceará através do desejo que criar roupas que contassem histórias e imprimissem a identidade da nossa terra. Desde o começo da nossa história as manualidades sempre reforçaram a nossa identidade regional, mas sempre de maneira criativa e contemporânea, buscando sempre ressignificar os símbolos do nosso nordeste.
Prioriza o uso de matérias-primas naturais. Doa 100% dos resíduos da produção para artesãs que fazem upcycle transformando essas sobras de tecidos em redes. Não utiliza plásticos em embalagens.
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2. Nordestesse apresenta Morada no Brasil Eco Fashion Week 7 – tendências
A Morada é fruto do sonho de construir uma marca que unisse o design, o artesanato e a biodiversidade no território paraibano, como um modelo de negócio que promovesse desenvolvimento local.
Foi idealizada como um projeto socioambiental que valorizasse o saber-fazer artesanal do Bordado Labirinto, promovendo renda e autonomia às guardiãs desse saber preservado no agreste Paraibano; aliado à valorização de nossa flora nativa, por meio do manejo de plantas tintoriais da Caatinga, que fossem rentáveis para agricultores familiares, desde que preservadas.
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A ideia se tornou uma empresa para que pudesse avançar em aspectos de design e matéria-prima. Trabalha em pequena escala, em um sistema “slowfashion”, com tecidos naturais, certificados e/ou agroecológicos, dentre esses: o algodão agroecológico e o algodão colorido, ambos paraibanos, o linho e o modal.
Os tingimentos naturais são oriundos de plantas nativas da Caatinga, coletados por agricultores da Rede Borborema de Agroecologia.
3. Rico Bracco
A nova coleção se chama HECUBUS, sendo uma extensão da coleção ÈREMO, que traz reflexões sobre mitos, os encontros e desencontros da religiosidade e da espiritualidade.
A marca busca revisitar memórias e retratar a atmosfera do vilarejo onde nasceu Rico Bracco, Linha Blessmann Poente, no interior de Nova Roma do Sul na Serra Gaúcha.
Nas composições, explora o visual bucólico do interior no conceito do neoromantismo, utilizando apenas matéria-prima natural, orgânica e certificada, seguindo um viés sustentável.
Constrói peças com bastante franzido e volumes, laços e flores de seda. As flores em especial, fazem analogia com a espécie Canna Indica vermelha, presente na infância de Bracco. Para ele, através de nossas dores florescemos.
4. Luan Valloto
Luan Valloto é um designer brasileiro, desenvolve um trabalho autoral e é reconhecido por ressignificar as técnicas manuais antigas e os materiais regionais. Elementos que vêm de toda nossa natureza e que, pelas mãos de Luan, transformam-se em produtos contemporâneos de forte expressão autoral.
Materiais, fibras e tingimentos naturais
A matéria-prima utilizada nas produções do ateliê vem da natureza, graças a uma ampla pesquisa de campo sobre materiais regionais. Assim, a riqueza e a diversidade dos biomas nativos são integrados em suas criações, num contato direto com a terra que inspira novas formas de vestir e relações saudáveis com o ambiente.
Ações ecológicas e práticas sustentáveis. O ciclo de vida dos produtos da marca envolve a matéria-prima natural ou reciclada, processos artesanais, produção local, conceito de atemporalidade, serviços e de reparos e ajustes, destinação correta de resíduos e descarte.
5. Altair Santo
A marca aborda a moda como obra de arte: funde linguagens e disciplinas. A estética de Santo valoriza a materialidade das roupas e colaborações.
Através de uma troca criativa contínua, incentiva o diálogo como combustível da marca para continuar a se transformar numa comunidade de trabalho governada pela multidimensionalidade livre e colaborativa através de uma rede solidária com o artesãos do país.
Esta coleção, criada exclusivamente para o BEFW, revisita o desdobramento do projeto apresentado na Áustria. “Da Tradição a Economia Criativa” com ousadia apresenta um guarda-roupa feminino misturando peças icônicas do guarda-roupa com o jeans e detalhes artesanais.
A marca tem parceria com a ONG Canto Vivo e juntos desenvolvem esforços para a recuperação e preservação da vegetação local dos manguezais de Sergipe. Além disso, a marca também é parceira das ações do Instituto Fashion Revolution.
6. VB Atelier
A coleção Realezas traz como tema a importância da cultura africana e sua simbologia nas estampas, nas cores e formas, que influenciam a moda atual afro-brasileira. Isso pode ser observado na utilização de tecidos africanos nas peças de alfaiataria agregados aos símbolos regionais, nos acabamentos e nos acessórios.
Uma moda autêntica, com modelagens exclusivas e técnicas artesanais, refletindo a cultura regional. Falar de moda afro é tentar sintetizar parte de uma cultura muito rica e vasta, resultado de uma política de afirmação que através da moda reforça esta identidade.
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7. Trama Afetiva
A Trama Afetiva é uma plataforma de design social e regenerativo, que pesquisa design sobre inovação para resíduos da indústria têxtil e da moda.
Desde 2020, atua na ressignificação de náilon de guarda-chuvas recuperados do aterro sanitário, que são transformados em roupas e/ou peças em crochê para instalações/exposições, envolvendo cooperativas de catadoras e catadores de resíduos sólidos, grupos produtivos de costureiras periféricas e também grupos de artistas-artesãos do crochê em situação de vulnerabilidade social.
Criado em 2016 por Jackson Araujo, Luca Predabon e Rogério Zé, a Trama Afetiva é um coletivo que se dedica a criar ações estruturantes para amplificar o sentido de economia regenerativa além da ressignificação de resíduos têxteis, colocando as pessoas no centro dos processos, potencializando discursos e corpos que a moda tem invisibilizado, promovendo protagonismo de corpos negros, corpos transvestigêneres, corpos gordos, corpos PCD’s e corpos privados de liberdade, por exemplo.
Atualmente atua junto a Cooperativa Ave Mare, diretamente com 70 pessoas e indiretamente impactam a vida de mais de 300 pessoas:
- Com a confecção de vestíveis em náilon de guarda-chuvas, fortalecem a independência financeira de grupos de costureiras da periferia de SP;
- Com o crochê, colaboram com a dignidade financeira de 6 mulheres participantes do grupo produtivo Empreendedoras da Quebrada;
- Com a ressignificação do náilon, dão nova vida a uma matéria-prima que levaria até 30 anos para se decompor na natureza.
8. Sioduhi Studio no Brasil Eco Fashion Week 7 – tendências
Coleção Amõ Numiã – Ontem, hoje e amanhã
A coleção representa as transformações feitas pelas “Amõ Numiã”, as primeiras mulheres, filhas do Ʉmʉkoho Mahsʉ (Criador do Universo).
Na transmissão oral dos povos indígenas do Alto Rio Negro, as mulheres que dominaram miriã pʉ (flautas de jurupari), fundaram um matriarcado e lideraram o manejo do território e do universo por um período na história primordial.
Neste projeto a Sioduhi Studio, soma com as tecnologias manuais milenares das mulheres do Alto Rio Negro + de Manaus/AM e Ilha de Cotijuba/PA, cocriando um momento de celebração à mulheridade e memória das “Amõ Numiã” que representam o passado, presente e o futuro.
Técnicas aplicadas na coleção: manipulação têxtil; tingimento natural e artesanal com tecnologia ManioColor®; técnicas de tranças e tear com fibra de tucum; tecido de algodão emborrachado de seringa da Datribu.
9. Projeto Algodão Paraíba
O Projeto Algodão Paraíba — que reúne indústrias têxteis e de confecção, apresenta desfile com criações das empresas têxteis Companhia Industrial Cataguases, Dalila Têxtil, Ecosimple, Santa Luzia Redes, Decoração e Texpar (do grupo Unitêxtil).
Criações das empresas de vestuário e acessórios representadas por D’Cotton, Dona Chica, Makano e Natural Cotton Color. As peças e acessórios estarão combinados entre si. Os calçados da Troppica estarão ao lado de outros originários do mercado popular da Paraíba.
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O Projeto Algodão Paraíba engloba oito municípios na região do semiárido do Estado. Com mais de 600 hectares de área plantada, o projeto envolve cerca de 300 famílias de agricultores de assentamentos rurais e comunidades quilombolas organizados em cooperativa.
O modelo de produção dos campos de algodão tornou-se referência em estudos de caso com tema relacionados a Arranjos Produtivos Locais (APL) e sustentabilidade já que o cultivo é feito mediante contrato de compra garantida pelos empresários.
10. Elis Cardim
Elis Cardim, designer brasileira, baiana, radicada em Salvador, fundadora e diretora criativa da marca que leva o seu nome.
A sensibilidade no olhar, o amor pela arte e a admiração pelo feito à mão abrem caminhos que trilha, desde 2018, mixando o artesanato com o design em um enredo que envolve a valorização do produto 100% brasileiro, luxuoso e exclusivo.
As artesãs traduzem em tramas uma moda com alma, eterna e que vai além do vestir roupas. A sua maior realização é ser a propulsora da conexão entre artesã, design, parceiros e clientes, formando uma rede de apoio mútuo que fortalece a responsabilidade social e ambiental da marca.
A marca se prepara para lançar uma novidade que seguirá a vertente sustentável: trata-se de um fio feito com um blend de seda, que mistura a seda pura – ainda dos casulos impróprios – com a viscose que seria descartada por outras fábricas.
Esse novo fio tem ótimo acabamento e durabilidade, também é confortável para se trabalhar e permitirá que as peças tenham preço menor.
11. René Orozco no Brasil Eco Fashion Week 7 – tendências
A René Orozco trabalha atualmente com uma coleção única anual baseada na sustentabilidade, onde as nossas peças cobrem todas as necessidades climáticas e de temperatura do nosso país.
Esta coleção pretende recriar uma pequena amostra das diferentes técnicas que podem ser utilizadas no tingimento índigo, entre os exemplos, o fio de lã previamente tingido para ser tecido em tear de pedal, ou o tingimento direto a quente gerando diferentes padrões geométricos ou orgânicos através batik ou tie-dye, técnicas utilizadas por muitas culturas ao redor do mundo (África, Ásia e América).
12. Kunpi Arqueomoda Andina
A marca Kunpi Arqueomoda Andina surgiu pela necessidade de trazer de volta aquele glamour e estilo de vida das nobrezas milenares que são pouco conhecidas, através da ARQUEOMODA, sendo e.
Esta palavra foi criada pelo Adrián ILave Inca, para sustentar e trazer de volta todo conhecimento antigo e aplicá-lo nas novas propostas e criações, e que são necessárias para ressaltar a importância do papel que teve o estilo de vida originário na América do Sul.
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Esta primeira coleção da arqueomoda andina, traz como reflexão a forma de vida sustentável que eles e elas praticavam, onde tudo o que era tomado da natureza era com prudência, respeito e reciprocidade; onde tudo relacionado a vida (plantas, animais, geografia e universo) tinham um ánimo proprio, dignos de respeito e cuidado.
Com a chegada do mundo ocidental, os princípios mudaram para uma visão mais antropocêntrica, com a coisificação da natureza, e hoje vivemos as consequências desses novos principios.
13. We’e’ena Tikuna Arte Indígena
A marca We’e’ena TIkuna- Arte Indígena nasceu do Preconceito do NÃO conhecimento amplo da verdadeira história do povo indígena brasileiro. É a primeira grife de moda indígena contemporânea projetada por uma indígena nativa.
A marca trabalha exclusivamente com tecido de algodão e algumas misturas de fibras de turiri, a pintura dos grafismos são manuais, as peça são feitas uma por uma por We’e’ena Tikuna, as pinturas nos tecidos são de tingimentos naturais (jenipapo, urucum).
A estamparia com os grafismos nativos sobre o algodão orgânico e a criação das modelagem das peças. Esta participação culmina em momento histórico para população indígena brasileira.
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14. Demodê no Brasil Eco Fashion Week 7 – tendências
A Demodê nasceu desde quando uma mulher decidiu costurar calcinhas pra cuidar da sua saúde íntima, da suas filhas ou de qualquer outra mulher: da necessidade de cuidado mútuo.
A Demodê faz roupas íntimas biodegradáveis em 100% algodão orgânico, trazendo as rendas manuais do Maranhão em destaque. Feita por mulheres, as modelagens priorizam conforto e beleza, com criações inspiradas em padrões vintage e minimalistas.
Valorizando os saberes manuais, cada coleção traz um novo saber, como o crochê em sua coleção “O Futuro é Ancestral” de 2023 e a novidade para 2024 que trás em pauta o cuidado com as águas, uma coleção com tingimento natural índigo, em série limitada.
15. Min
A Min foi fundada em 2017 por Paulo Luz, 43 anos, carioca, formado em design gráfico. Nasceu de um sonho de expandir valores mais minimalistas e um mundo mais sustentável.
Reflete sobre materiais, excessos, durabilidade, uso, processos de construção da roupa. Além do design minimalista, foca nas fibras naturais biodegradáveis e certificações ambientais, garantindo proveniência, qualidade e baixo impacto sócio-ambiental.
Os tecidos são 100% naturais e tem diversos certificados ambientais como OEKOTEX, GOTS, BCI, FSC, ORGÂNICO. Bordados manuais com a cooperativa Copa Roca, comunidade Rocinha e Batik manual feito por artesão. Na parte interna das roupas um QR code que leva ao site e informa quem produziu a peça.
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16. Transmuta + Ruth Kuriyama
Transmuta
A TRANSMUTA foi a primeira marca de upcycling do Brasil a construir um sistema de comunicação inspirada no princípio do blockchain, registrando todas as informações relativas a produção de suas peças, do garimpo a lavagem, e disponibilizá-las num “dossiê digital”, acessível através de um QR code aplicado na roupa.
Através do poder criativo do upcycling e do design autoral, a Transmuta se afirma como uma ferramenta de regeneração do mercado da moda. Quase 100% dos tecidos usados como matéria prima na produção de nossas peças são roupas em desuso.
A marca prima por inovação e pesquisa, buscando soluções para o aproveitamento máximo das matérias-primas têxteis e suas manufaturas originais.
A TRANSMUTA se alia a outras marcas e empresas desenvolvendo soluções personalizadas em projetos que cooperam com a mudança de visão do mercado, baseada na concorrência e competitividade.
Ruth Kuriyama
A marca surge em 2021 com a criação de uma linha de quimonos desenvolvidos a partir de matérias primas oriundas de restos de confecção ou de roupas sem uso. Tem como pilares bem estabelecidos o upcycling de matérias-primas, Inspiração na ancestralidade nipônica, e arte têxtil.
Além do upcycling, a arte têxtil vem sendo incorporada nas produções, como um caminho criativo para o aproveitamento dos eventuais resíduos têxteis da produção dos quimonos.
17. Maju Convida no Brasil Eco Fashion Week 7 – tendências
Maju Convida, convida personalidades conhecidas de diversas áreas e mídias para o desfile especial, juntos em prol de amplificar espaços de inclusão, integração e equidade de pessoas com deficiência, no mercado e na sociedade.
18. Atêlie Camila Machado
Com um olhar atento e único para o resgate das memórias e histórias de cada mulher, Camila Machado aproxima cada vez mais suas criações aos processos de impressão botânica e tingimento natural.
Processos que exigem cuidado, respeito, carinho e dedicação. “Trazer a energia da natureza, com seus significados e simbologias para os vestidos que costuramos, fazer uma roupa viva, com seus perfumes, cores, memórias afetivas, texturas e formas, que são suscetíveis a alterações de acordo com as estações do ano”, diz a estilista e artista têxtil Camila Machado.
As tramas recebem amores e aromas de flores, folhas, histórias, que transitam entre tons que nunca se repetem, há sempre uma surpresa, uma magia, com pitadas de inspiração e saúde. Delicadezas sutis que elevam nosso ser a um estado de harmonia e plenitude, trazendo significados nunca antes revelados.
O Ateliê Camila Machado nasceu em 2004, sob o nome Lascivité. Funcionou na Vila Madalena como marca de roupas femininas de estilo retrô até 2016, quando a estilista Camila Machado se reencontrou dentro do universo da moda, ressignificando seu negócio para o mercado de festas e casamento, com foco em mini wedding.
Foi uma das principais marcas do mercado a colaborar com esse novo estilo de casamento, que tem como essência a celebração de forma mais intimista, criativa e personalizada.
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19. Ludimila Heringer
A Ludimila Heringer é expoente do slow fashion e prioriza a conscientização de seus clientes sobre o consumo e a real necessidade de aquisição, diminuindo assim o impacto ambiental gerado pelos resíduos têxtis.
A marca utiliza apenas tecidos com certificação e rastreabilidade, com materiais naturais em sua composição que demoram menos tempo para se decompor. Todas as matérias-primas provindas da natureza são descartadas sem contaminação do solo.
A produção das peças é responsável, valorizando a mão de obra local, com remuneração justa para os seus colaboradores diretos e indiretos.
A marca nasceu decorrente a participação da fundadora em um workshop de identidade criativa dirigido pelo estilista paraense André Lima no ano de 2018. Já desenvolveu peças de vestuário e acessórios com a juta, tingimento natural, estamparia botânica e crochê.
20. NUZ + Naisha Cardoso no Brasil Eco Fashion Week 7
A Nuz á uma marca pioneira em moda transformável no Brasil, fundada por Duda Cambeses, cria alfaiataria desconstruída e atemporal. Norteada pelo conforto que o próprio nome traz.
Em sua gênese traz uma modelagem notável pela capacidade de transformação, tornando múltipla em usos, cada uma das suas criações.
Desenvolvida entre Madrid e Porto Alegre e projetada para o público global, é reconhecida por seu minimalismo sustentável e se faz resolutiva ao propor um guarda-roupa completo com poucas peças, 8 é infinito.
Nesta trajetória vem encantando e influenciando o mercado, que cada vez mais mostra possibilidades de reuso das mesmas roupas.
Naisha é joalheira, designer e ourives. Co-fundadora da Hevea, hub de criativos da Amazônia brasileira. Consultora de alto design amazônico, através da sua marca de joias de Atelier abriu um guarda-chuva para colaborações e produtos com o argumento e a essência da Amazônia.
21. Repassa
O Repassa é o maior brechó on-line do Brasil. Fundado em 2015, possui modelo de negócio diferenciado no segmento de intermediação de artigos de moda.
Ao contrário dos canais de negociação direta entre vendedores e compradores, a empresa faz o controle de qualidade das mercadorias e é responsável por toda a jornada dos clientes, incluindo precificação, produção de fotos e catálogos, logística e entrega das peças. Com atuação nacional, o Repassa foi adquirido pela Lojas Renner S.A. em 2021.
22. No . WasTee
Em vez de mitigar, o conceito No . WasTee propõe uma nova experiência de vestir camisetas com produção que performa e otimiza a utilização da matéria-prima e menor geração de descarte. A ideia é trabalhar em uma nova modelagem para a construção de camisetas que tem como objetivo o aproveitamento integral da matéria prima.
Partindo da experiência tradicional do uso de camisetas, o conceito faz releituras das formas mais comuns e amplamente utilizadas de design de camisetas – a saber, a t-shirt, a regata, a raglan e a polo – utilizando somente formas geométricas retas para construir decotes, cavas, mangas, etc, ao mesmo tempo em que se encaixam num mapa de aproveitamento quase integral dos tecidos.
A No . WasTee é uma spin’off da LaLuz Brasil, empreendimento social especialista em camisetas que desde 2019, desenvolve técnicas de design zero desperdício, pois entendeu que não adiantava encontrar maneiras de mitigar a poluição da produção de cada t-shirt, o melhor é uma camiseta que não produz resíduos.
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23. Christian Sato no Brasil Eco Fashion Week 7 – tendências
A Christian Sato atua por meio de técnicas artesanais, têxteis e materiais certificados com inclusão da sociedade no processo produtivo e econômico visando um futuro sustentável.
A coleção “Obscuro” traz uma fusão única de influências, inspirada por três palavras-chave: Ninja, Espionagem e Arquitetura.
Iniciando com a essência do termo “Ninja”, evoca a figura histórica e dos animes japoneses, como Naruto. A coleção reflete a clandestinidade, versatilidade e resistência associadas a esse personagem.
Desde a paleta de cores até as funcionalidades inovadoras, culminando nas sandálias sustentáveis feitas de borracha de câmaras de pneu em colaboração com a Aura Boutique.
24. Moda do João
A Moda do João nasceu da necessidade pessoal de não achar um produto autenticamente maranhense. A Moda do João conta histórias, o produto final é o que você vai sair vestindo, mas a história e o processo são muito importantes.
A produção das peças passa pela pesquisa da história que vai ser contada, do tecido que vai melhor se adaptar, da estampa que vai imprimir a identidade maranhense, todo o processo é artesanal e o produto final não é apenas estético, mas a moda para além da arte, é política, temos que saber usá-la como linguagem. Por isso também as modelagens e cortes são pensados para todos os corpos e sem definição de gênero.
Desde o início, a produção das peças da Moda do João foca no artesanal com um dos pilares de trabalho. O estilista e sua costureira Dona Fátima, fazem juntos o processo de corte, costura e modelagem das peças da grife de maneira orgânica, livre e com peças de edição limitada.
25. Ventana
A marca começou como brechó em 2012, mas foi em 2020 que se transformou na marca brasileira de upcycling que conhecemos hoje. A fundadora da marca é Gabrielle Pilotto, gaúcha e mãe do Tom.
Desde muito nova tem contato com costura e moda. Com avó costureira e mãe que transformava cortinas em vestidos para festa, Gabrielle viu na criação da Ventana a chance de colocar no mundo a moda que sempre acreditou.
A marca reaproveita os materiais que seriam descartados ou em desuso. O trabalho da Ventana é totalmente focado no reaproveitamento de peças de segunda mão, retalhos e materiais que seriam descartados.
O objetivo é através do processo criativo, desacostumar o olhar ao óbvio e transformar peças e tecidos do nosso cotidiano em arte.
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Beleza limpa
Em todas as edições, o Brasil Eco Fashion Week prioriza se relacionar com marcas e produtos orgânicos, naturais e sustentáveis.
Com coordenação de beleza de Diego Américo, pioneiro pelas maquiagens e cabelos realizados com produtos limpos, os desfiles tem a beleza orgânica com ponto de conexão com o conceito das marcas e o propósito do evento.
“A beleza sustentável já é uma realidade e deve andar de mãos dadas com a moda, redefinindo-a com a consciência dos seus impactos”, diz o artista de beleza Diego Américo.
Sobre Brasil Eco Fashion Week
O evento anual é pioneiro na promoção da moda sustentável produzida no país. Com o objetivo de catalisar mudanças positivas na indústria, o evento é um ponto de encontro para profissionais, pesquisadores, empreendedores e entusiastas que compartilham um interesse comum na transformação do setor da moda em direção à sustentabilidade.
Desde 2017, tem se dedicado a oferecer um espaço para a apresentação de soluções criativas e inovadoras no campo da moda, fomentando negócios e a conexão entre marcas e fornecedores comprometidos com a sustentabilidade.
Patrocínios e apoio
O Brasil Eco Fashion Week 7 tendências tem patrocínio master da Lojas Renner, além do patrocínio do Mercado Livre e do copatrocínio da Vert e apoio do Sebrae Nacional, Senac, Palma, British Council e Vasart.
Enfim, agora que você já viu tudo o que rolou no Brasil Eco Fashion Week 7, que tal vel também Naveia se une a Kiji Studio para lançar linha de peças exclusivas da marca. Ou então, veja mais sobre Moda em nossa categoria.
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