A Clube Chocolate transformou a loja da rua Oscar Freire em uma aldeia Guarani para homenagear a cultura brasileira. A fachada da boutique pode ser vista à distância e chama muita atenção pois está toda coberta com desenhos e grafismos indígenas criados pela diretora de visual merchandising da loja, Isabela Miralha.
O artista plástico Rodrigo Bueno, especialista em manifestações da cultura indígena e popular, cuidou da vitrine, onde reproduz uma floresta. No painel de fundo, a madeira reciclada dá o tom. O material, especialidade do artista, também é a matéria-prima dos seus quadros, que serão expostos na loja.
No interior da loja os clientes poderão ver uma oca de sapê construída por índios guaranis que habitam a região de Parelheiros e até um verdadeiro cacique estará na loja durante o período da exposição, acompanhado de uma índia que confeccionará cestos trançados que poderão ser comprados pelos clientes.
Onze fotos, feitas na década de 80, de índios xingus, pelo fotógrafo João de Orleans e Bragança estão expostas na loja. Ele também expõe imagens da tribo dos maiás, que habitam uma região do Amazonas, na fronteira com a Colômbia, que só pode ser acessada por barco, em uma viagem de treze horas.
As roupas da loja nesse período também reproduzem a temática indígena, através de peças com tecidos leves, como crochê e algodão e sapatos de juta, tudo com muitas aplicações. São três linhas: Jeans, inspirada em lendas e mitos, Bossa, de Adriana Barra, inspirada em danças, festas e folguedos, e Studio Chocolate, inspirada em grafismos e no folclore indígena.
Antonio Barros