Análise Preditiva de Cenários – Capitalismo em tempos de competitividade
Os princípios da administração clássica se baseavam na administração no ambiente interno das empresas. O desafio era gerenciar tecnologias, processos, custos e pessoal. No decorrer…
Os princípios da administração clássica se baseavam na administração no ambiente interno das empresas. O desafio era gerenciar tecnologias, processos, custos e pessoal. No decorrer do século passado o capitalismo amadureceu, empresas cresceram e a competitividade se acirrou. Houve um acréscimo de tarefas e responsabilidades dentro das grandes corporações que diversificavam e reposicionavam seus negócios com mais freqüência para se adaptar e sobreviver neste ambiente cada vez mais dinâmico e segmentado.
As empresas, voltadas muitas vezes para setores e mercados comuns, disputavam clientes e percebiam a necessidade de melhor administrar seus públicos consumidores. Segundo Peter Drucker, a administração de marketing se desenvolvia na segunda metade do século XX e os velhos paradigmas da administração fordista, rígida e voltada para mercados de massa, eram substituídos pelos novos paradigmas do pensamento da administração de mercados e ambientes macro sociais. Administrar de fora para dentro, e não mais somente de dentro para fora. Criando canais de comunicação e atendendo com mais rapidez as demandas dos seus públicos consumidores. Visando mercados cada vez mais heterogêneos, dinâmicos e segmentados.
Hoje vemos um modelo de administração cada vez mais focado nos públicos de interesse e é o consumidor que ajuda a determinar o planejamento estratégico de muitas empresas. Atualmente, mais que entender a dinâmica presente nos mercados, é preciso prever a dinâmica da sociedade para prover e atender as expectativas de consumidores cada mais exigentes, ativos e preocupados em atender suas demandas específicas. Hoje as empresas administram mercados futuros. Precisam fazer análises detalhadas e profundas dos mercados, repensar os modelos de negócios e seu posicionamento estratégico dentro de seus segmentos e a prever mudanças de comportamentos de compra e consumo.
Para vencer a concorrência e ao mesmo atender consumidores mais críticos e informados, dependentes do desejo de novos lançamentos, produtos diferenciados e mais modernos é preciso que as corporações avancem para além das fronteiras do presente e invistam em inovação, observando tendências advindas dos mais diversos cenários: econômicos e políticos, tecnológicos, ambientais, demográficos, culturais e comportamentais, estéticos e estilísticos. Hoje as empresas precisam se redesenhar com mais rapidez e eficiência e aprender a repensar seu modelo de negócios e compreender a dinâmica interna de seus segmentos e descobrir novos nichos e segmentos que se formam e desenvolvem.
Inteligência de mercado significa não um trabalho de futurologia e achismos, mas um exercício sério que envolve uma visão cada vez mais ampliada dos negócios frente à constante modificação na estrutura e funcionamento dos diversos cenários e ambientes dos mercados e sociedades e dos concorrentes diretos e indiretos que investem e ameaçam meu setor.
Reposicionar estratégias, modelos de comunicação e relacionamento, formatos de canais e varejos e comunicação com públicos de interesse casa vez mais diversos e fragmentados, prever os passos da concorrência e acima de tudo, os desejos do consumidor. Este é o diferencial da Inteligência de mercado baseada no consumidor. Hoje sabemos que as empresas, marcas e produtos são pensados em benefício dos clientes, muito mais para satisfazer e conquistar clientes do que simplesmente superar os concorrentes.
A inteligência preditiva de mercado observa, mapeia, analisa e prevê tendências e mudanças nas atitudes e hábitos, estilos de vida e de consumo, preferências e novas demandas, nos desejos manifestos e latentes de uma sociedade cada vez mais flexível, mutante e multifacetada.
(Sérgio Lage é mestre em Sociologia e Publicidade e Marketing pela USP. Professor de Análise Estratégica de Tendências Culturais dos cursos de Master do Istituto Europeo di Design e Professor de Comportamento do Consumidor e Antropologia do Consumo dos cursos de Extensão e MBA da FIA PROVAR.)
Foto de Guia Sênior
Foto de Brasil Indymedia
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