Esta semana eu conheci a paz!
A paz de coração, aquela em que se fecha os olhos e um sentimento de bem estar nos invade, nenhum desejo, nenhum pedido, nenhuma busca….só o silêncio , o mais acalentador silêncio…..e a respiração que num ritmo lento nos faz degustar o mundo, através do sentimento de estar vivo.
Sigo e sempre segui meu coração, talvez essa seja uma escolha mais demorada para dar resultados no mundo material, tempo que creio ser mais rápido quando se seguem os caminhos traçados pela razão.
Não sei se escolhemos ou se a vida é que escolhe por nós, mas o certo é que nunca fui capaz de vencer o sofrimento de fazer qualquer coisa que seja, contra o que meu coração indica.
Eu nunca aprendi direito a lidar com o sofrimento ou com a dor, fujo deles e quando aparecem na minha vida, flutuo. É como se eu boiasse por cima de suas águas encontrando amparo nos mistérios do universo, me tornando espiritualista e tendo certeza da existência de Deus que para mim manifesta-se na força da vida.
Sei que sofro pelas escolhas que fiz e não é pouco, pois da minha idade a maioria das pessoas que conheço tem um carro, independência financeira e portanto, sua liberdade de ir e vir por aí, sem depender da generosidade alheia. Mas lembro que tenho e tive liberdade de coração e sentimento, e que minha alma segue livre sem nenhum apego, estando pronta para mergulhar de cabeça em todas as aventuras que a vida me presenteia. Sei também que no meu tempo, que não é o mesmo imposto pela velocidade dos tempos modernos, construirei meu império, pois, apesar da revolução tecnológica, as flores continuam desabrochando na mesma velocidade de antes.