Miguel Giannini, o papa dos óculos no Brasil, dá dicas de como escolher o modelo ideal, conta sua trajetória e relembra fatos inesquecíveis de sua história
Este ano fomos cobrir a MIDO, maior e mais importante feira de negócios do setor de ótica. A convite do ITA – Departamento para a Promoção e Internacionalização das Empresas Italianas – embarcamos para Milão para conferir de perto os últimos lançamentos do setor de óculos.
Acompanhando uma delegação de importantes empresários do ramo no Brasil, tive a oportunidade de conhecer o Miguel Giannini, o maior esteta ótico do país, que mudou o visual de famosos, como Jô Soares, Ana Maria Braga, Rita Lee, e também de políticos como Marta Suplicy, Geraldo Alckmin e os Presidentes da República, Fernando Enrique Cardoso e Lula, além de Dona Ruth Cardoso a quem, Miguel, tem profunda admiração.
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Giannini se orgulha de fazer óculos também para gente humilde e gente que precisa, enfatiza ele. Aliás, humildade é uma das palavras que o descreve, apesar de ser considerado uma unanimidade quando se fala em estética ótica no país.
Miguel é responsável pela grande revolução óptica ocorrida no Brasil após 1970, período da ditadura militar e que não tinha abertura de mercado no país e por isso a oferta de modelos era escassa. Enquanto as óticas da época se preocupavam mais com as vendas e ofereciam uma reduzida gama de produtos, ele, ainda muito jovem, decidiu que o diferencial dos seus produtos seria leveza, qualidade e conforto, tudo permeado com muito estilo.
Para que suas peças fossem diferentes de tudo que existia no mercado da época, Miguel passou a mudar o formato das armações industrializadas. Com o auxílio de dois alicates e uma lamparina, transformava peças comuns em armações exclusivas, aros redondos em quadrados, hastes retas em onduladas, armações de plásticos transparentes em peças sóbrias ou extravagantes, sempre de acordo com o estilo de cada cliente.
Com mais de 50 anos de profissão, Miguel Giannini transborda paixão pelo seu trabalho, tem orgulho do esteta que é, e busca estar em constante renovação. Ele fala do seu trabalho com extrema alegria, e sempre evocando a consciência de fazer com que as pessoas passem a ver os óculos, e sua armação de outra forma, não só como uma necessidade e sim como um complemento para sua personalidade.
Confira agora entrevista exclusiva ao Fashion Bubbles com Miguel Giannini, o maior esteta ótico do país, que dá dicas para escolher os óculos, fala de sua trajetória e muito mais:
Miguel Giannini e Alvaro Ferriolli. Esteta que é, Miguel ousa nos looks e está sempre estiloso: “O que até então era um aparelho corretor, virou um acessório e hoje é um ‘necessório’.”
Os segredos na hora de escolher os óculos
Na hora de escolher os óculos tem alguma dica especial?
Por mais personalidade que você tenha, tem que ter humildade para ouvir o profissional, porque ele leva em consideração características do cliente e técnicas, por exemplo, dois elementos são fundamentais na escolha de um modelo:
1 ) – Altura do nariz, que define o nível de conforto físico dos óculos sobre rosto. O nariz é o cavalete dos óculos, que vão se apoiar quase inteiramente nessa região, se ele está desconfortável, a ponte não coincide, você não consegue usá-lo. A roupa você tira e põe outra, já os óculos não. Um bom apoio garante equilíbrio e impede que o acessório deixe marcas. Já o apoio temporal, portanto, é secundário. Deve-se apenas garantir que as hastes estejam bem ajustadas e que não apertem atrás da orelha, para evitar que fiquem protuberantes.
2 ) – Em segundo lugar, as sobrancelhas e o centro da expressão têm de ser respeitados. Os óculos não podem nem anular as sobrancelhas e nem acompanhar o seu contorno, criando a impressão de uma segunda sobrancelha, para que as expressões faciais jamais seja alteradas.
Na hora de escolher um modelo, pergunte para uma pessoa de confiança. Mas um detalhe, essa pessoa tem que ter mais ou menos o mesmo perfil psicológico que o seu , porque se ela é introvertida e você extrovertida, não vai casar as opiniões, ela vai transferir o gosto dela e vocês vão entrar em choque, e não é para ter choque, é para ter motivação. Isso você tem que analisar com quem vai te ajudar a fazer o seu visual.
Quando você tem a conscientização, aí você começa a viajar, é uma coisa que levanta o olhar, destaca a sobrancelha, uma coisinha ou outra que até pode passar despercebidas para quem não conhece. Trabalhamos também cima das tendências mas os óculos sempre devem acrescentar à personalidade. Cansou do verde, escolha um óculos azul, cansou, escolha um modelo mais formal preto e branco, enfim, brinque como você brinca com cores e outros complementos. No Brasil, como temos o clima tropical, temos muitas cores, cores é vida, é a cor que vai bem.
Tem pessoas que colocam um modelo preto e de repente muda até o perfil, trás um peso maior. Ela deveria usar esta cor só mesmo em momentos formais, porque o Eu dela é outro, pede coisas mais alegres, o preto não, uma opção seria colocar uma coisa transparente, ela está usando o preto, mas está clareando a expressão dela.
Clientes de Miguel Giannini que já está na quarta geração
Lentes
Há alguma recomendação sobre as lentes?
Já as lentes, quanto mais transparentes melhor, a pessoa não precisa ter olho azul, olho verde, para ter olho bonito, é o brilho do olho que acrescenta, este você não pode esconder.
Ás vezes, as pessoas querem por um degradezinho no óculos para usar o tempo todo, isso no ambiente externo maravilhoso, mas no interno…
Você deve deixar que a lente transfira sua expressão como se nada tivesse.
Em relação às lentes, Miguel Giannini explica que as lentes, quanto mais transparentes melhor, para que possam transfir sua expressão como se nada tivesse
Os Óculos e a Personalidade
Qual a importância do óculos estar adequado à personalidade?
Com os óculos nós emolduramos a expressão fundamental do ser, é sempre olho no olho. Com o brilho do olhar e sua expressão, o olho fala, e o que é que nós emolduramos? Exatamente os olhos e nada melhor do que você acrescentar, brincar e disso, fazer moda.
Entretanto, a uma questão importante em relação à estética dos óculos: ela tem que ir de encontro ao seu perfil psicológico. É você que é a grande estrela, quando muito, os dois chegam juntos, a grife não pode roubar a cena, senão você fica em segundo plano e nada pode ser mais forte que a sua personalidade. Você pode ser extrovertido, introvertido, não tem importância, você tem a sua personalidade e os óculos devem estar adequados a ela.
O óculos tem que ter este propósito, você tem que se olhar e ver se ele está te valorizando ou não, e nunca usá-lo com raiva ou só como proteção.
Lógico que tem alguns cuidados, dependendo dos tipos de grau, e as pessoas que na ausência de uma lente de contato dependem dos óculos, devem estar atentas: se ela tem um grau positivo que é uma hipermetropia (a hipermetropia usa uma lente que aumenta a região), ela precisa tomar cuidado com a maquiagem para não ficar um holofote; ao contrário, os míopes tem um grau que deixa o olhinho pequeno, então é bom acentuar um pouquinho, mas com alguns truques de como deixar o olhar, não lá no fundo, mas jogá-lo para fora.
Existe uma quantidade ideal de modelos que a pessoa deve ter?
As pessoas que dependem do receituário do óculos, não podem ter um exemplar só, no mínimo devem ter um kit básico de 3 exemplares: o dia a dia, o socialzinho e a proteção solar.
A quem não gosta de usar os óculos em momentos especiais e perde detalhes. Os que não querem usar, esquecem que se a qualidade de visão sem o óculos não é boa, eles acabam ganhando marcas de expressão, além de forçar a visão e ganhar rugas. Isso é o pior. Hoje estamos acordando para que se brinque, aliando qualidade de visão, conforto e personalidade, sem abrir mão da estética.
A Moda e os Óculos
Os óculos devem seguir a Moda?
Cada um no seu estilo. Não tem essa de porque está em moda o óculos modelo aviador, todo mundo vai usar o aviador. Se você é bem extrovertido e tem a ver com sua personalidade, maravilha, então pode seguir essa moda. Mas a moda quem faz é você, você deve analisar, ver se determinada tendência acrescenta, se o óculos complementa sua personalidade.
As pessoas, às vezes, se preocupam: “como é que eu vou combinar o óculos com a roupa?” Não, nada disso é importante, o que é importante é o óculos estar no seu rosto acrescentando à sua personalidade. É o único acessório que tem autonomia própria, o resto é complemento.
O que até então era um aparelho corretor, virou um acessório e hoje é um “necessório”.
E aí você brinca, pode até fazer com que sua personalidade vá mudando. Hoje com um simples óculos você pode trazer uma mudança do visual, o que te faz pensar em mudar o cabelo, mudar a maquiagem, o que é uma delícia…
Usar óculos não tem que ter o lado negativo, ele está presente o tempo todo, ele acrescenta à sua personalidade, e deve ir ao encontro exatamente do seu dia a dia.
Se você começar a analisar, quanto é importante um exemplar no rosto, é bárbaro, as pessoas tem que ter autonomia de escolha, de pensar. Também levar em consideração que o óculos não é para quem usa, é para quem vê, porque ele é visto o tempo todo, mas você não se olha no espelho o tempo todo.
Nós no Brasil, ainda temos a emoção de acrescentar, a coisa mais gostosa do mundo é você trabalhar com sua autoestima. Algumas pessoas para se renovarem usam muito mexer na cor ou no corte do cabelo, outras nos sapatos, outras nas cores e outras nos óculos… Gente faça esse popurrí de emoções que você vai ver como é gostoso trabalhar a sua autoestima, e trabalhar na sua autoestima é muito importante porque, às vezes, não é nem em função própria, mas do que você transmite para as pessoas em volta, porque nós somos meio espelho, você chega rindo, bonita, você ilumina!
Vista Cansada com Estilo
E sobre os óculos para vista cansada? Tem alguma dica de estilo ou modelo?
Tenho o privilégio de brincar com minha clientela, e eles entram preocupados chateados, principalmente quando é a primeira vez ou vão começar a usar os óculos para vista cansada, que é a presbiopia. “Ai que coisa horrível ter que usar óculos para vista cansada…”. Não gente, ouse, brinque, faça dessa necessidade algo que chame atenção. É melhor você usar uma coisa bem arrojada, que as pessoas venham a dizer: “nossa, você pirou”, do que dizerem que você está ficando velho…
E tem pessoas que marcam tal presença com os óculos que no fim você passa a vê-las sempre de óculos, porque sem eles, é algo completamente diferente. Por exemplo, o Jô Soares, concebe-se um Jô Soares sem óculos?
Por que um Elton John começou a ousar nas propostas do óculos, sempre escolhendo modelos com mais personalidade? No caminho do sucesso, os óculos acrescentaram a sua personalidade e ajudaram a esconder seu lado tímido, que como star, ele não poderia ser.
Já tive clientes que operaram a miopia ou hipermetropia e depois foram fazer óculos com lentes sem grau planas porque os óculos tinham passado a fazer parte de sua personalidade.
MIDO 2015
E sobre a MIDO 2015, o que achou da feira?
Há muitos anos eu não via tanta criatividade em designs, tem de tudo, tem madeira, tem couro, tem para todo tipo de perfil, para todo tipo de estilo. É uma brincadeira gostosa, é como se você fosse escolher um batom e ver a cor que lhe cai bem.
Percebi muita liberdade de expressão e cada cabeça pensando de uma forma, porque as coleções são montadas dentro de um propósito, por exemplo, vi uma coleção francesa que a inspiração veio do Japão e foi criada em cima das carpas e de suas cores.
Foi muito boa essa viagem, porque você pode ver a linha de montagem, cores do pastel ao preto, mesclagem de cores, vários materiais, fibras, tudo isso para que realmente as pessoas tenham opção.
Não é mais aquela coisa com 4 ou 5 modelinhos que estão em moda. Não, o que está em moda é o que você vai lançar. Então estou muito feliz, em feiras anteriores aqui na Europa, não tinha essa variedade, estavam fazendo muitas releituras.
Veja matéria com óculos e tendências da MIDO 2015:
MIDO 2015 – Confira Moda e Tendências em Óculos. Inspire-se a ousar!
O Legado
Fale sobre seu legado?
Gente, eu sou muito feliz, porque pelo menos, no Brasil eu dei minha pequena parcela. Quando nós não tínhamos abertura de mercado, eu já ousava com cores e modelos, exatamente para ter essa finalidade, brincar, acrescentar e ousar.
Se você tem um exemplar emoldurando melhor o seu olho e você se olha no espelho e gosta, é a segurança total. Você está aliando qualidade de visão e a sua personalidade.
Eu não me canso, estou sempre me reciclando, estou sempre aprendendo e muitos conceitos que eu tinha, hoje são diferentes e nós temos que acompanhar essa evolução para saber exatamente como estar presente e poder sempre dar, como um visagista, um esteta, uma orientação acertada. Na vitrine e na mão é uma coisa, mas no rosto é outra, o óculos é o único complemento que você não pode ver fora do seu rosto.
A Trajetória
Pode contar um pouco da sua trajetória? Como começou neste setor?
Comecei com a cara e a coragem, são 50 anos de balcão. Enquanto a ótica ainda era uma profissão de confiança, de especialista.
Comecei como office-boy em uma organização e tive nessa época o privilégio de ser adotado pela diretoria – húngaros a quem devo muito.
Foi a colônia húngara que começou a me ensinar a profissão e nesse tempo não tínhamos escolas profissionalizantes, os exames eram feitos pelas próprias óticas dos laboratórios, e nessa época eu fui praticamente adotado como filho e eles foram me ensinando todos os setores.
Hoje já são 50 anos na profissão. É muito gostoso quando você tem algo para criar, e a gente sempre tem algo para criar. Você tem que estar sempre atento para criar alguma coisa, isso é a motivação, isso é que faz com que no seu dia a dia você não tenha só cifrão na sua frente.
A motivação nasce do gostar, das pessoas confiarem. Eu estou na quarta geração de clientes e eles continuam confiando em mim, então eu não quero nunca enganá-los! Mas eu tenho que estar sempre presente com alguma coisa nova, para que eu esteja a altura da confiança deles no meu trabalho, não só estético, mas principalmente o lado técnico, porque nós temos que aliar os três, qualidade de visão, materiais de primeira e o campo estético.
E aí, é emoção em cima de emoção, privilégio de atender da classe mais humilde a mais elevada. É alguém que você consegue por o brilho, a personalidade e que ela está confiando em você. Neste confiar você passa já a mostrar não só a necessidade: ela chega com uma necessidade e sai com um conceito, uma motivação. É o que eu tento passar para minha equipe, para os meus seguidores.
Dei muita aula, palestras… E quando você passa em uma palestra um recurso seu, aquele recurso vai ser copiado e você tem que buscar outros. É importante passar o que você sabe na essência, porque você vai ter que procurar outras essências, e assim vai se renovando. Adoro esses desafios.
Óculos você não compra diariamente…
Nada melhor que o trabalho que você executou e alguém pergunta quem fez? Os óculos quando você experimenta sem a lente é uma coisa, com a lente é outra e eu nunca aceitei essa coisa fria, tive a felicidade de ter amigos incríveis como tenho, recomendando me dando oportunidade e aí comecei a sentir a responsabilidade, não pela parte financeira, mas pela confiança de cada indicação do boca a boca. Trabalhar na confiança do boca a boca é lindo e esse foi o meu sabor. Comecei, como na época não tínhamos abertura de mercado, a criar cores, sempre gostei de brincar com as cores.
Sou um apaixonado pela profissão porque me foi dada a oportunidade de criar.
Devo muito a uma pessoa, senhora Carmen Maclaine , foi a minha primeira cliente, senhora de sociedade, cheguei a fazer mas de 300 óculos para ela. E quando comecei a cuidar dos seus óculos, ela ganhava exemplares das melhores grifes da época, mas não se adaptava a nenhum, ela queria apenas e incorporou os óculos que a gente fazia.
Histórias Marcantes
Fiz óculos para Fernando Henrique e Dona Ruth Cardoso, que muitas vezes quebravam o protocolo, vindo até mim. Nunca mais vamos ter uma primeira dama como D. Ruth. Uma das vezes em que fui à sua casa, toquei a campainha, e quem vem atender à porta? Ela mesma! A senhora? Perguntei e ela me respondeu: “É que a Terezinha, minha secretária, está resfriada, com febre, então, eu estava aqui fazendo um chá para ela.” Ao que respondi: sempre fui seu fã, e agora então… E ela falou: “Miguel que me custa, essa senhora me serve há mais de 30 anos, que me custa fazer um chazinho para ela?” Quem, como primeira dama, age assim?
Outra vez estava lá, conversando no sofá e de repente entra Fernando Henrique de pijama velho, surrado e pergunta: “São os meninos? Ahh então não tem problema, vocês são as únicas pessoas que vão ver o Presidente da República de pijama velho.”
De outra vez Dona Ruth estava experimentando um vestido, porque ela ia mandar reformá-lo, para ir a uma cerimônia. Perguntei: Dona Ruth a senhora vai reformar uma roupa?! Ela respondeu: “Mas eu não tenho necessidade de fazer mais vestidos, eu posso muito bem reformar, transformar este aqui.” Uma esposa de Presidente com uma atitude desta!
De outra vez, fui lançar uma coleção e não consegui, devido a não haver o material aqui no Brasil, então fomos fazer na França. Dona Ruth, com um telefonema, me abriu as portas da embaixada, tocando o Hino Nacional e assim foi lançada minha coleção.
Gente, sou feliz ou não sou feliz?
Havia também uma senhora bem humilde, que tinha sério problema de coordenação nas mãos e por isso perdia ou quebrava os óculos. Eu fazia outros para ela, sem cobrar. E um belo dia ela chegou com uma abóbora enorme. Agradeci e falei: a senhora tem carinha de quem faz um doce de abóbora muito gostoso – ” Mas o senhor comeria, não teria nojo?” E brinquei: a senhora só não vai levar a abóbora porque ela está muito pesada. E não é que anos e mais anos ela fazia o doce de abóbora e me trazia?! Não era por eu ser egoísta, mas oferecia aos outros só uma colherinha do delicioso doce, porque a sua energia era muito especial e eu queria guardá-la para mim. Ela havia abençoado aquela abóbora, pensando em meu filho Miguel, dizia.
Uma outra senhorinha para quem fiz os óculos, quando chegou a hora da partida final, disse: “Pelo amor de Deus, não me tirem o óculos que o Miguel me fez. Eu quero partir com os óculos, viu!”
São momentos em que tenho esse privilégio, de estar com pessoas simples, seja o Presidente da República, ou uma senhorinha. Gente, tenho ou não tenho que ser humilde para estar presente?
Agradeço muito a Deus e ao plano espiritual, por terem me colocado num ambiente simples, mas com pais maravilhosos, que me ensinaram a ser gente. Se eu não tivesse vindo desse berço tão humilde, talvez eu não estaria dando valor a tudo isso e nunca pensei que hoje seria o Miguel Giannini.
Serviço:
Facebook: Miguel Giannini Óculos.
Rua dos Ingleses, 108 – Bela Vista
(11) 3149-4000 e 3253-2000
Museu dos Óculos Gioconda Giannini
Miguel Giannini criou também o Museu dos Óculos Gioconda Giannini que oferece aos visitantes uma viagem de sete séculos pela história. Fundado em 1996 em um casarão da década de 1920, no bairro do Bixiga, cujo nome é uma homenagem a sua mãe.
Montada para ser apenas um passatempo, sua coleção particular transformou-se em paixão. Ao comprar o imóvel onde está instalado o Centro Ótico, cresceu a vontade de transformar seu conjunto de peças antigas em exposição permanente. Assim, nasceu o único museu de óculos da América.
No site do Museu você pode encontrar ainda a História dos óculos.
Serviço:
Rua dos Ingleses, 108 – Bela Vista
(11) 3149-4000
Por Denise Pitta