Em pleno Carnaval, os homens terão à sua disposição um produto que promete avantajar suas partes íntimas, na frente ou atrás. A Mash, tradicional fabricante de roupa de baixo masculina, acaba de lançar uma linha de cuecas com enchimento, a “Support”, que chega ao mercado na segunda semana de fevereiro.
Inédita no Brasil, a nova linha foi planejada com o objetivo de atingir um público moderno e sem preconceitos. “Não é nada para exagerar, mas apenas uma alternativa para ‘corrigir’ algumas partes”, observa Hélio Oliveira Júnior, diretor comercial da empresa.
Ele garante que o produto é voltado para o mercado heterossexual. “Evidentemente que atenderemos os homossexuais também, mas não lançamos a Support pensando nisso.” E, para não correr o risco de ser classificada com uma empresa que faz produtos apenas para gays, a Mash contratou a agência de publicidade Carillo Pastore Euro RSCG. Ela vai cuidar, especialmente, desse assunto. “Queremos falar com o consumidor e vamos escolher o melhor jeito”, afirma Oliveira Júnior.
A Mash inspirou-se em uma pesquisa da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), segundo a qual, o bumbum foi eleito como a parte do corpo do homem que mais interessa às mulheres brasileiras (80% das que responderam o estudo). Enganam-se, porém, os que imaginam que a fabricante simplesmente adaptou na cueca o enchimento usado nas peças femininas – sejam calcinhas, sejam sutiãs. “A parte traseira das mulheres tem um formato de pêra, a dos homens não”, diz o diretor comercial da Mash.
Para chegar ao modelo ideal, a empresa – com fábrica em São Miguel Paulista (SP) – desenvolveu uma tecnologia em parceria com a Estrela, fabricante de espumas e elásticos, do Rio. O contrato entre as duas empresas é de exclusividade por três meses. O enchimento é feito com poliuretano e poliéster, antialérgicos, e a cueca é confeccionada em algodão. Diferentemente de outros modelos, neste caso as peças são produzidas apenas na cor branca. “Afinal, não é uma cueca para se mostrar”, diz o diretor. (…)
Em uma primeira etapa, a Mash produziu 3 mil peças da “Support” e espera vendê-las em dois meses. “Vamos testar a reação do cliente”, diz. Antes de efetivamente levar o projeto a cabo, a empresa testou o produto com 35 voluntários – entre eles funcionários.
Em paralelo, fez pesquisa no varejo, por meio das promotoras de vendas. Segundo elas, 64% dos homens abordados disseram achar o lançamento interessante, mas não sabem se comprariam.
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