Tipos de consumidores e empresários sob a ótica do empreendedorismo (Parte 2)

Continuaremos a falar sobre os consumidores e empresários, mas sob a ótica do empreendedorismo. No artigo anterior, comentamos sobre os tipos de clientes, mas do…

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Continuaremos a falar sobre os consumidores e empresários, mas sob a ótica do empreendedorismo.

No artigo anterior, comentamos sobre os tipos de clientes, mas do lado empreendedor é para pensar: porque será que eles entrariam em sua loja? Porque eles escolheriam o produto que você desenvolve? Você como consumidor já parou para pensar mais profundamente porque entra, lembra ou freqüenta determinado estabelecimento?

Aparentemente podemos ir a qualquer lugar. Mas entre um e outro supermercado você acaba desenvolvendo, por um em especial, uma preferência. E esta predileção pode partir de inúmeros quesitos: a proximidade, a disposição, o preço, a aparência, o serviço, o atendimento…

Outras vezes os lugares são escolhidos por serem opções práticas: apesar do preço ser um empecilho, você vai porque tem certeza que encontrará o que procura. Em outra situação, apesar de ser longe, você pode preferir determinado estabelecimento porque lá eles entregam o produto instalado. Tal local não tem estacionamento fácil, mas tem produtos com a sofisticação que procura…

Enfim, os consumidores são atraídos, por quesitos objetivos como a praticidade, a facilidade, etc. Mas são igualmente motivados por questões subjetivas (veja os sete tipos de clientes na última matéria).

Sobre a subjetividade do empreendedor estão algumas questões curiosas como a qualidade. Muitos amigos empreendedores me escrevem declarando que é imprescindível a qualquer negócio a qualidade. Também acredito nisso e concordo. Mas o que é a qualidade? É um número medido numa fita métrica? Um peso conferido na balança? Na verdade ela é também uma medição subjetiva.

Este é um item começa no íntimo da pessoa empreendedora. Vamos exemplificar pensando num restaurante. E vamos associar a qualidade ao seu preço, os consumidores fazem exatamente isso. Na periferia os almoços podem começar por 4 reais, nos shoppings por 15, na av Paulista por 35, num restaurante mais transado por 100, um lugar sofisticado por 400, e por aí vai…

Na associação da qualidade x preço dá para se opinar qual o melhor, mas qual a qualidade para o meu negócio? Esta é uma pergunta que já tem uma resposta definida. O padrão de higiene, de apresentação dos pratos, o tipo de atendimento e até o valor que cobrará pelas opções oferecidas já está definido antes mesmo de se imaginar qual será o seu empreendimento.

São conceitos enraizados em você antes mesmo do seu nascimento. Estes são os mesmos conceitos que te permitem (ou não) freqüentar, como consumidor, o restaurante mais caro. E isso não depende – de forma alguma – de você ter ou não o dinheiro para pagar a conta. Já teve a oportunidade de estar num lugar requintado e se sentiu um “estranho no ninho”, ou nem conseguiu apreciar a experiência que um lugar sofisticado poderia lhe oferecer?

Portanto, se você é a pessoa que não freqüenta o restaurante mais caro, não será a sua futura empresa, por conseqüência, um restaurante sofisticado. A qualidade que é de importância indiscutível, tem que ser medida e ponderada ao seu padrão de qualidade e exigência. Logicamente o negócio está intimamente ligado à escolha do seu público alvo. E não dá para impor simplicidade a um público exigente e vice-versa.

A partir do conhecimento deste seu “padrão de qualidade” (Ah! Uma boa notícia: ele muda! Todos nós mudamos, certo?), vamos definir o foco do negócio. Se Jesus não agradou a todos, é melhor não ter a pretensão de conseguir isso. Em outras palavras o foco é mirar no público que encaixa no seu padrão e servi-lo bem. E se conseguir uma estratégia para servi-lo muito bem, poderá surpreendê-los e garantir a seu negócio um ponto de referência.

Qualidade é isso!

Leia também: Tipos de Consumidores e Empresários.

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