Símbolo de emancipação feminina nos anos 70, o vestido envelope ou wrap dress, criação da estilista Diane von Furstenberg é um modelo que até hoje inspira poder e feminilidade.
Contudo, essa peça aparentemente simples e prática de ser vestida causou muita polêmica logo após a sua criação. Isso porque, ela revelava novas possibilidades às mulheres da época, que estavam trocando os afazeres domésticos por uma vida no trabalho externo. Assim, virou sinônimo de poder e versatilidade, o que resultou em vendas superiores a 5 milhões de peças nos primeiros 3 anos de confecção.
Quer saber mais dessa peça que icônica do universo feminino? Então continue lendo!
O vestido envelope e a emancipação feminina
Diane von Furstenberg tinha apenas 26 anos quando criou o medelo que revolucionou o guarda-roupas feminino. O vestido caracterizado pelo decote “V” e pela faixa transpassada abaixo do seio surgiu em 1973, no mesmo período em que as mulheres estavam adquirindo mais força na luta por questões de igualdade e também, ganhando espaço no mercado de trabalho.
Logo, esse modelo veio a calhar, visto que era prático de vestir e unia beleza e delicadeza a um caráter utilitário, permitindo que as mulheres ficassem prontas com a mesma destreza e praticidade dos homens. E além do mais, a ideia principal da peça também era inspirar a feminilidade, abordando de forma nítida que não era necessário vestir-se igual aos homens para conquistar o seu lugar. Mas sim, revelando o poder do feminino.
Uma vez que isso foi apresentado em uma campanha da época, onde Diane von Furstenberg apareceu em uma foto com uma de suas peças e a frase que dizia “sinta-se mulher, use um vestido!”.
“Quando o desenhei, pensei em algo que fosse sexy, elegante, feminino e, ao mesmo tempo, prático e fácil de vestir. A mulher precisava de tempo para pensar em outras coisas, em vez de só se produzir”,
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Disse a estilista ao Estadão em 2010, quando esteve no Brasil para a abertura da exposição “Journey of a Dress” (A Jornada de um Vestido).
Vestido sinônimo de sucesso
Diante disso, a roupa virou um sucesso, pois realmente atendia as necessidades das mulheres. Além de valorizar o corpo feminino, garantindo um ótimo caimento e conforto. Aliás, para a confecção, a estilista também teve a preocupação de sempre escolher tecidos leves e que não amassam, como o jérsei de algodão, garantindo a sua funcionalidade no dia a dia.
Uma prova de todo esse sucesso foi o ano de 1976, quando a estilista vendia 25 mil peças por semana, aparecendo assim, em capas de grandes revista como a Newsweek.
O wrap drees conquistou o mundo
A partir de todo esse sucesso e grande número de vendas é fácil perceber que o vestido envelope ou wrap dress ganhou o mundo. E assim, a marca DVF foi vista em todos os lugares, vestindo corpos de famosas e anônimas, transformando a forma de se vestir.
No Brasil, o decote “V” e a fita transpassada na cintura também fez sucesso nos anos 70 e perdura até hoje. Uma vez que apresenta um caimento confortável e democrático, que por fim valoriza e combina muito com a moda brasileira.
Em países da Europa e nos EUA, a estilista também possui uma trajetória renomada. Isso porque, o vestido envelope além de fazer parte dos looks cotidianos, também esteve em grandes eventos indo até ao tapete vermelho.
Ele também está incluso no guarda-roupa de diversas personalidades famosas como Michelle Obama, Gwyneth Paltrow, Madonna, Kate Hudson, Jessica Alba, Susan Sarandon, Jennifer Lopez e Kate Middleton. Revelando assim, o seu conceito poderoso que valoriza as mulheres, sua autenticidade e sensualidade
Igualmente, o vestido envelope ou wrap dress tornou-se um clássico na vestimenta feminina e portanto não sai de moda. Desta forma, resulta em uma possibilidade atemporal para se ter no guarda-roupa.
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Exposição celebra 40 anos do vestido icônico de Diane von Furstenberg
Em 2014 a estilista fez uma exposição em Los Angeles, com o nome “Journey of a Dress” – A jornada de um Vestido, comemorou os 40 anos de sua criação. Essa apresentação já havia passado pelo Brasil, Rússia e outros países, porém, para a edição comemorativa contou com algumas mudanças.
Isso porque, nele haviam expostos 200 modelos criados por Diane von Furstenberg, narrando a linha do tempo dessa peça icônica. Com vários comprimentos e estampas, os vestidos revelavam a capacidade da estilista de se reinventar em cada coleção.
Na exposição comemorativa, também havia um corredor rosa com retratos de grandes nomes do mundo das artes vestindo os wrap dress ao longo dos anos. Mostrando dessa forma, como o modelo atravessou as décadas com estilo e personalidade, acompanhando os avanços e empoderamento na história das mulheres pelo mundo.
Por fim, o vestido envelope é ou não um ícone na moda mundial? Deixe seu comentário e conte-nos o que acha dessa peça atemporal!
Serviço
“Journey of a Dress”
De 11 de janeiro a abril de 2014
Local: Wilshire May Company, Los Angeles
Via Estadão Cultura, Revista Glamour, Hapers Bazaar Brasil e New Pittsburgh Courier