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Os primeiros dias do ano novo geralmente são impulsionados por pensamentos otimistas, disposição e novas perspectivas. Parece que em 2010 os bons pensamentos vão além dos sonhos individuais para alcançar a realidade de um país próspero. Exemplo disso são as propagandas e matérias veiculadas em revistas como Época, Istoé e Veja onde a maioria delas qualifica 2010 como um ano de realizações, prosperidade e desenvolvimento palpáveis.
A aposta no sucesso do Brasil, que deixa de ser país do futuro para se tornar a estrela do presente, não coube apenas nos anúncios publicitários das revistas, e também foi capa de algumas delas. Época: “Um 2010 extraordinário” e Istoé: “Yes, nós somos potência”. Mas afinal, como saber se os “votos” são reais, ou apenas incentivos para começar o ano com mais força? É difícil definir com apenas uma resposta, mas existe um conjunto de fatores que nos leva a acreditar que, sim, 2010 será um ano promissor. Aspectos como o mercado interno fortalecido, uma das maiores economias do mundo, sem contar fatores como a situação demográfica ideal para o crescimento econômico.
Capas das revistas Época: “Um 2010 extraordinário”, Istoé: “Yes, nós somos potência” e Veja: “O ano zero da economia sustentável”
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, o Brasil “alcança situação demográfica ideal para crescimento econômico”, ou bônus demográfico, momento em que a população economicamente ativa supera a de dependentes (composta por idosos e crianças). Nessa fase, a economia de um país pode aproveitar as grandes chances de crescer, resultantes do elevado número que da população economicamente ativa, que seria “um fator impulsionador da ‘decolagem’ do desenvolvimento” no país, segundo o Professor da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), José Eustáquio Diniz Alves, no jornal O Estado de São Paulo.
Deixamos de ser um país do futuro, focado no que virá. Nosso momento chegou, mas… Mesmo que a fase seja de grandes possibilidades, é preciso assegurá-las. “Em qualquer país, só se pode usar uma vez o bônus demográfico. No entanto, essa janela de oportunidade de nada adiantará para a solução dos problemas sociais se o Brasil não for capaz de absorver a mão de obra disponível e incentivar as potencialidades da alta proporção de pessoas capazes de contribuir para a elevação da produção e da produtividade.” Professor da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), José Eustáquio Diniz Alves, no jornal O Estado de São Paulo.
O Brasil é o país do presente, mas cada um de nós precisa fazer sua parte, é preciso ter ética, responsabilidade e capacidade de trabalho. Para nos tornarmos uma grande potência é necessário abdicar da corrupção tão bem expressa no jeitinho brasileiro, e optar pela construção, assumindo a responsabilidade diária de nos tornarmos um grande nação.
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Fontes:
Colunistas IG Luis Nassif
Estadão