Brasil, uma grande potência no mercado de beleza

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O mundo está olhando para o Brasil – não só pela copa ou pelas olimpíadas, não apenas pela nossa moda, cultura ou belezas naturais. O mundo tem olhado para a nossa beleza também.

Para muitos, os brasileiros – e as brasileiras, mais especificamente – são a personificação da beleza. Pelos números, somos personificamos também a higiene. Quem nunca ouviu ou disse com humor “sou pobre, mas sou limpinho”? Sim, é um dito popular, mas os números provam que o brasileiro é, de fato, comprometido com a beleza já que o mercado movimenta cerca de 43 bilhões de dólares. Já somos o terceiro maior mercado de beleza do mundo e continuamos crescendo, fato que chama a atenção dos outros países para nossas marcas e inovações.

Uma das fatias mais grossas dessa potência seria dos cabelos. De acordo com João Carlos Basílio, presidente da ABIHPEC, a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, a mistura das raças que formou o povo brasileiro resultou em uma grande miscigenação de texturas. “Há milhões de pessoas diferentes, com todos os tipos de cabelo”, disse Basílio em entrevista ao JC Report. Somos os maiores consumidores de condicionador do planeta.

Aqui não há espaço para os cabelos brancos – dizem até que se a presidente Dilma Rousseff tivesse cabelo grisalho, ela não teria sido eleita. Somos os terceiros maiores consumidores de coloração.

Também temos o título de maior mercado consumidor de desodorantes do mundo e maiores consumidores de perfumes da América do Sul. Não para por aí – o setor cresce cerca de 10% ao ano. Segundo Basílio, o nosso clima dita a necessidade de um maior cuidado com os cabelos.

Atualmente, 92% dos produtos de beleza vendidos no mercado interno são produções nacionais. Talvez isso mude, já que a cadeias de importação, como a Sephora, começam a se instalar em nossa economia promissora – são entre 30 e 35 lojas que estão para abrir nos próximos três anos. Mesmo as grandes empresas brasileiras já estão se preparando para esse boom da beleza, como a Natura e a O Boticário, que está prestes a lançar uma cadeia como a Sephora.

Esse “furacão econômico”, como descreve Basílio, é a grande oportunidade para o Brasil exportar produtos e entrar em novos mercados. Dessa forma o país pode, e cinco anos, passar do 25º lugar para o 20º no ranking de exportações.

Enquanto isso o Brasil se prepara internamente, com pesquisas inovadoras com nanotecnologia na área de cuidados da pele e sustentabilidade. Até marcas internacionais têm vindo fazer pesquisas por aqui, como a P&G e a Avon. A L’Oreal, inclusive, está para construir um centro de pesquisas próprio no Rio de Janeiro.

O Brasil também já deixou sua marca no movimento de produtos orgânicos, principalmente por conta de nossas essências de açaí e maracujá, que já se comprovaram ingredientes extremamente eficazes no tratamento de pele e cabelo. Aqui os consumidores têm uma grande preocupação em não usar produtos muito químicos, comportamento que já vem influenciando o mundo. São todos sinais de que o Brasil tem e vai oferecer muito ao mercado da beleza, nacional e internacional.


Linha de produtos brasileiros da L’Occitane. 

Fotos: H2S View, Super Informado, JB, Clickon e NoNaBahia

Samantha Mahawasala: Paulistana criadora de conteúdo, em jornalismo e marketing digital, há mais de 13 anos.
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