Natália no Jogo da Discórdia – Pedir desculpa e insistir no erro: atitude de centavos

No Jogo da Discórdia desta segunda-feira (04/04), houve uma reflexão importante sobre o comportamento dos brothers. Assim, cada participante precisava escolher outros dois e atribuir a cada um atitudes de centavos versus atitudes de milhões.

Ou seja, na dinâmica, era necessário escolher posicionamentos de seus colegas que tinham muito valor e ações negativas. Em seguida, a terapeuta Camila Custódio fala mais sobre a dinâmica e analisa a ação de Natália em pedir desculpa e insistir no erro. Continue lendo!

O que aconteceu com Natália no Jogo da Discórdia?

Natália foi quem mais recebeu plaquinhas de Atitude de Centavos no Jogo da Discórdia. Isso por causa de suas ações na casa, que mostraram sua falta do senso de coletividade, seja na hora do banho, da alimentação ou da diversão. Ações, aliás, que refletiram no clima da casa.

Seu comportamento explosivo e reativo, assim como seu descontrole emocional, criam desconforto até mesmo entre seus aliados no jogo, alimentando uma relação tóxica com suas amigas, as Comadres.

Ela mesma reconhece nas suas falas que passa do ponto, chora, é agressiva. E isso tudo fica ainda mais evidente quando a sister se excede também no álcool. Em uma conversa com Jessi e Linna, Nat desabafou: “Eu sou a problemática, eu sou a que falo demais e não sei me controlar”.

Logo após seus excessos, Natália tem sempre a mesma atitude. Seja no Confessionário, durante alguma dinâmica, nas festas ou em discussões, ela chora, pede desculpas e se justifica. Afinal, como ela mesma diz: “Sou humana, eu erro.”

E sim, isso é verdade. Todos nós erramos, lamentamos, nos desculpamos e aprendemos com nossos erros, ou não? Mas será que um pedido de desculpas é realmente o suficiente para restaurar uma relação?

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Adianta pedir desculpa?

Nem sempre um se desculpar ressarce o dano. Isso porque existem atitudes que são tão destrutivas que o pedido de perdão fica insuficiente. Há comportamentos que podem colocar fim em qualquer relação próspera, não só em amizades, como também relacionamentos amorosos e até mesmo profissionais.

Por isso, quem quer preservar uma relação saudável precisa avaliar o impacto no outro antes de agir de forma inconsequente. Claro que todos erram, mas será que todos se arrependem dos seus erros?

Há um prejuízo emocional que nem sempre é visível para quem foi ferido, muito menos fácil de ser esquecido. Trata-se de uma dor difícil de ser apagada.

E preciso lembrar que um pedido de  desculpa não depende só de uma pessoa. Afinal, é preciso que o causador do dano tenha um comportamento de quem está arrependido, o que nem sempre acontece. Há pessoas que se demonstram mais preocupadas consigo mesmas do que com quem lesaram.

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As atitudes de Natália no BBB 22

Você provavelmente já conheceu alguém que tem esse mesmo comportamento de Natália. Ela erra, causa um transtorno enorme, lamenta, reconhece onde se excedeu, chora, pede desculpas. Então, vai lá e repete exatamente os mesmos erros.

Aqueles que, mesmo sendo sinalizados, comunicados da mágoa que causaram e continuam cometendo os mesmos erros não estão mais “errando”. Mas sim demonstrando sua total despreocupação com quem estão ferindo. 

Pessoas com condutas repetidas revelam um padrão comportamental o qual dificilmente mudarão frente a um pedido de desculpa. A questão é que, depois que pedem perdão de forma sincera, esses indivíduos não trazem um argumento para embasar uma falha.

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Qual a diferença de desculpas e sinto muito?

Aqui está mais um importante aprendizado sobre a diferença entre “desculpas” e “sinto muito”.

Quando pedimos desculpas, colocamos a responsabilidade da ação no outro. Isto é, estamos terceirizando a culpa para a pessoa que importunamos, quando muitas vezes não tem nada a ver com o outro.

Fica por conta de quem foi incomodado a responsabilidade sobre o desfecho do acontecimento.
Essa desculpa está mais relacionada à culpa que nós colocamos em nós mesmos, ou que não sentimos de verdade, mas achamos que o outro espera que estejamos sentindo. É uma fala vazia, quando você de verdade também não sente esta culpa toda.

“Sinto muito”, por outro lado, parece mais verdadeiro. Afinal, é você que sente muito pelo que fez ou pelo que aconteceu, independente do julgamento do outro, se ele te coloca a culpa ou não.

Fica claro que a pessoa está assumindo para ela a responsabilidade. Ela internaliza o problema e deixa bem nítido que existe um sentimento de reconhecimento sobre o erro cometido.

Percebem a diferença?

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Conclusão

Natália pode continuar pedindo desculpas, mas já sabemos pelo seu padrão de comportamento que continuará insistindo em seus erros. Assim, quando será que ela aprenderá a sentir muito pelas suas atitudes?

Fica a reflexão sobre o comportamento de todos nós: quando nos desculpamos de verdade ou quando sentimos muito e aprendemos com isso!

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Sobre a colunista

Camila Custódio é idealizadora do Consultório Emocional – @consultorioemocional nas redes sociais. Camila é Assistente Social, Terapeuta de Família e Casal, Terapeuta Relacional Sistêmica, Psicanalista e Coach. Além disso, é Especialista em Gestão da Emoção e Consultora em Desenvolvimento Humano.

Escreve sobre saúde emocional, relacionamento e empoderamento feminino para sites, revistas e blogs. Atende pacientes online de todo o Brasil e do exterior.

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