Se você está planejando uma viagem para Buenos Aires, muito cuidado com os assaltos, principalmente na região da Calle Florida, conhecido centro comercial da capital argentina.
Apesar de raramente serem violentos, os furtos deixam parte dos turistas sem dinheiro ou documentos, e para retornar ao Brasil sem documentos é necessária uma ARB (Autorização de Retorno ao Brasil), emitida pelo Consulado-Geral do Brasil naquela cidade. De acordo com o órgão, neste ano já foram emitidas 2.247 ARBs, a maioria para vítimas de furto, contra apenas apenas 1.385 no ano inteiro de 2009.
Há que se ponderar, no entanto, que, apesar de os números indicarem aumento absoluto de roubos e furtos, há muitos mais turistas brasileiros em Buenos Aires neste ano. Segundo o Ministério do Turismo argentino, 1 milhão de brasileiros visitarão o país em 2010, -39% a mais que em 2009, quando a gripe suína retraiu o setor no inverno.
Veja a seguir as recomendações do Consulado para aproveitar ao máximo seus dias na capital argentina e não transformar sua viagem num pesadelo.
1. Recomenda-se toda a atenção ao transitar por essa área, especialmente em caso de abordagem por estranhos.
2. Recomenda-se, ainda, que se deixe cópia do passaporte ou de carteira de identidade expedida por Secretaria de Segurança Pública brasileira no hotel ou em lugar seguro. Essa cópia poderá ser útil em caso de necessidade de emissão de Autorização de Retorno ao Brasil (ARB), com a qual os brasileiros que tiveram seu documento de viagem ou de identidade furtado poderão regressar ao país.
3- antes de viajar, identificar corretamente a bagagem, etiquetando ou numerando. Nos aeroportos e em locais de muita circulação, inclusive nos hotéis, não descuidar da bagagem.
4- trazer consigo os documentos pessoais e passaportes e guardar separadamente cópias destes documentos, bem como os dados de cartões de crédito e os telefones aos quais denunciar seu furto ou extravio.
5- não deixar as bolsas de viagem abandonadas, penduradas em cadeiras ou poltronas: mantê-las a vista. Em restaurantes, não pendurar casacos e bolsas na cadeira nem deixar a bolsa sobre a mesa.
6- no hotel, solicitar sempre caixa de segurança para depositar jóias, dinheiro, documentos ou objetos de valor – e exigir recibo; fechar a porta do quarto com chave. Não esquecer no cofre do hotel o passaporte e a passagem aérea.
7- ao tomar um táxi, observar o cartão de identificação do motorista na parte traseira do assento. Dentro do táxi, não contar dinheiro nem exibir objetos de valor. Pagar o taxi preferencialmente com notas de pequeno valor.
8- não carregar grandes somas de dinheiro. Não guardar todo o dinheiro em um só lugar.
9- evitar transitar em ruas ou praças desertas, à noite; depois de 22h, evitar tomar táxis na rua, preferindo radio taxis ou remises.
10- desconfiar de quem, na rua, adverti-lo sobre manchas na roupa ou se ofereça para ajuda-lo a tirá-las, pois geralmente trabalham em grupos de duas ou três pessoas.
11- contratar excursões apenas com companhias conhecidas, sem aceitar promoções oferecidas na rua.
12- não trocar moeda na rua, mas apenas em bancos ou casas de câmbio.
13- não esquecer o telefone/endereço do hotel e do Consulado-Geral do Brasil (4515 6500), além de dados sobre indicações médicas (tipo sanguíneo, por exemplo), sobre alergias ou doenças.
O Consulado-Geral informa que em caso de furto, roubo ou perda de documentos, o brasileiro deve seguir o procedimento seguinte:
1. comparecer à delegacia de polícia mais próxima do local onde o documento foi roubado ou extraviado para fazer a denúncia por roubo ou extravio;
2. Em caso de necessitar de documento para voltar ao Brasil, poderá ser concedida Autorização de Retorno ao Brasil-ARB, que é gratuita. Nesse caso, se não for possível esperar pelo horário de atendimento normal, entrar em contato com o plantão do Consulado-Geral [15 4199-9668]. Apresentar ao agente consular a denúncia policial, e comprovante da nacionalidade brasileira.
O conselho informal e prático que um funcionário policial argentino dá ao turista que teve seus documentos roubados é, se possível, entrar nos banheiros públicos masculinos e femininos mais próximos (dentro de bares e cafés, por exemplo), já que a primeira providência de quem rouba documentos, junto com dinheiro, é desfazer-se deles, para não
ser apanhado pela polícia com documentos alheios.
O Consulado-Geral relembra, ainda, a importância de se contratar um seguro de viagem que contemple assistência médica, e repatriação em caso de acidente (ou falecimento) e, no caso de viajar em automóvel, verificar que o seguro contra terceiros seja válido, que se haja efetuado a extensão a terceiros países e que a companhia seguradora conte com um representante na Argentina.
Os aeroportos argentinos cobram, no momento do embarque do passageiro, uma taxa, atualmente equivalente a US$ 18 (dezoito dólares norte-americanos) para vôos internacionais. Assim, é recomendável separar o dinheiro para o pagamento da taxa, de forma a garantir uma viagem tranqüila. O Governo brasileiro não arca com essa despesa.
Leia mais no site do Consulado-Geral do Brasil: http://www.conbrasil.org.ar/CONSBRASIL/info_tur_brasileiro.asp