O documentário Para Sempre Paquitas segue dando o que falar após seu lançamento na Globoplay. Assim como foi o documentário de Xuxa, um dos grandes pontos destacados na produção é a relação de Marlene Mattos com seus subordinados. Segundo relatos, a diretora não poupava ninguém, eram broncas, xingamentos, ameaças e demissões para todos os lados.
André Sorvetão, que foi uma das primeiras paquitas, entrou no doc nos 45 minutos finais da produção. Isso porque, a ex-assistente estava (está) “afastada” de alguns ex-colegas de trabalho. Inclusive a própria Xuxa. Após comentários homofóbicos e apoio ao Bolsonaro, Sorvetão rompeu laços com muitas pessoas. Vem saber o que rolou.
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O que aconteceu com Andréa Sorvetão?
Sorvetão, como outras paquitas, não participou do reencontro com Xuxa e gravou seu depoimento à parte. Segundo a própria Andréa “foram horas” contando histórias do passado de como foi sua jornada como paquita. No entanto, os idealizadores do projeto focaram apenas em um recorte: sua saída e desentendimento com Marlene Mattos.
Com efeito, após assistir toda a produção, Sorvetão não gostou do resultado final e detonou o projeto em suas redes sociais. “(…) Fiquei indignada. O nome mais falado, em mais de cinco horas de duração, é o da Marlene Mattos”.
“Concedi um depoimento de algumas horas para o documentário, mas somente alguns minutos foram exibidos. Lamentavelmente, somente o trecho em que contei, com muita sinceridade e emoção, da minha saída do grupo.Me emocionei, pois me reportei para aquele momento em que eu era uma adolescente cheia de sonhos, não querendo deixar de ocupar aquele lugar conquistado com muita dedicação: a paquita Xiquita Sorvetão”.
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De fato, em seu depoimento, Sorvetão relata que deixou o grupo das paquitas após ficar doente e não conseguir viajar com o grupo. Irritada, Marlene Mattos fez com que a assistente de palco se desligasse do programa. Contudo, Sorvetão seguiu na Globo e foi trabalhar com Os Trapalhões.
“Tempos depois da minha saída, mais madura, me entendi com a Marlene, e seguimos trabalhando em outras frentes com muito sucesso, sem qualquer mágoa ou ressentimento”- disse Andréa.
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Trecho deletado
Segundo Andréa, a parte em que ela destaca o trabalho de Marlene Mattos não foi ao ar. Sorvetão também disse que a diretora teve erros e acertos durante sua parceria com Xuxa e que não é certo retrata-la como uma “vilã” da forma que o documentário fez.
“O trecho em que reconheço o valor e a importância da Marlene em minha vida, pessoal e profissional, as ‘diretoras’ não acharam relevante exibir. Talvez porque já estavam decididas pelo viés sensacionalista e ‘vingativo’ do documentário visando a execração de uma dedicada e competente profissional, referência de muitas outras mulheres brasileiras”- disse Andréa em suas redes.
“(…)Como ignorar que Marlene cuidou de crianças e adolescentes a ela confiadas por seus pais como se fossem suas filhas? Como não entender que a Rede Globo de então era um ambiente que demandava de Marlene ‘pulso firme’? Como esquecer que os padrões estéticos e de comportamento dessa época eram outros? Tudo muito errado, injusto, covarde e cruel nessa tentativa de linchamento público de uma profissional que cuidou de tudo e de todos como pôde”– seguiu Sorvetão.
“Preta, nordestina, mulher e homossexual”
Por fim, Andréa Sorvetão ainda alfineta suas ex-colegas de trabalho: “Fica uma dúvida: Marlene é preta, nordestina, mulher e homossexual. As personagens que agora julgam sua conduta de 30 anos atrás são aquelas classificadas pelos padrões morais atuais como privilegiadas. Teriam elas ‘lugar de fala'” para fazer o que estão fazendo?”
Ademais, cabe ressaltar que Marlene Mattos foi convidada para participar do documentário das Paquitas, mas declinou o convite. Há boatos de que a Prime Video convidou a diretora para contar seu lado da história em um novo documentário. No entanto, nada foi confirmado por ambas as partes.
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