Lições do Apagão
Algumas considerações sobre o apagão da noite de terça-feira: Aonde achar um maldito fósforo para acender o toco de vela que achei na última gaveta…
Algumas considerações sobre o apagão da noite de terça-feira:
- Aonde achar um maldito fósforo para acender o toco de vela que achei na última gaveta do armário da cozinha? Sim, porque os fogões vem com acendedor automático que, obviamente, não funcionam sem energia.
- Fiquei sem telefone, porque o telefone sem fio precisa de energia para funcionar. Só o celular funcionava e mesmo assim, bem instável;
- TV, esquece. Não tinha como sintonizar o rádio, para saber alguma coisa, porque não tenho mais rádio a pilha;
- Tentei a internet por celular (Quem tem 3G em terra de apação é rei!). Ufa, vou consegui saber alguma coisa… O Globo.com saiu do ar e o site da UOL só noticiava o que eu já sabia, que havia o apagão (mas pelo menos os paulistas tinham tinham nobreak. Palmas para o plano de contingência!).
- Tentei o Twitter. Ôpa, achei uma hashtag #apagao, que estava bombando! Gente de todo o país postando e fazendo todo tipo de gozação (adoro o jeitinho brasileiro de rir da desgraça própria). Mas informação que é bom mesmo, nada… De vez em quando alguém postava algo do tipo “ministro Lobão (quem mesmo?) informa que o apagão foi causado por um raio em Bauru”. Mas em Bauru? Se fosse ao menos em Itu… “CBN diz que energia começa a voltar a região da Paulista”. Estranho, eu olhava para a Paulista e só via a escuridão… Veja mais piadinhas abaixo.
- O famoso jornalismo investigativo demonstrou que ainda está a léguas de ser alguma coisa de relevante. A este respeito, leia o excelente artigo de Vanessa Ruiz, O que é o quê: jornalismo e crowdsourcing no #apagao.
Depois de quase duas horas na escuridão, comecei a ficar assustado… Só ouvia som de sirene e dos geradores dos hospitais próximos. De quando em quando, um helicóptero. São Paulo era o breu absoluto. A bateria do smartphone estava começando a acabar e eu não tinha conseguido nenhum tipo de informação mais consistente…
Se tivesse sido algum desastre natural, estávamos ferrados. Onde conseguir informação de como agir? Já imaginou o pânico que seria? Vivemos na cantada e falada “era da informação”, mas na hora do aperto, onde conseguir alguma informação?
Moral da história: Vou comprar um radinho de pilha no camelô, mais um pacote de velas e uma caixa de fósforos Fiat Lux para guardar no armário da cozinha, porque na hora do aperto, parece que o que nos salva são as tecnologias mais antigas (e testadas).
Como nem tudo é tragédias, algumas piadinhas que rolaram no Twitter (#apagao)
