Os movimentos de cultura de moda, que envolvem o vestuário dos adolescentes nas cidades contemporâneas, têm sido identificados como movimentos que se reconhecem como Tribos Urbanas.
Veja a seguir as matérias que o Fashion Bubbles já publicou sobre tribos urbanas:
“Os movimentos de cultura de moda, que envolvem o vestuário dos adolescentes nas cidades contemporâneas, têm sido identificados como movimentos que se reconhecem como Tribos Urbanas.
É importante compreender as tribos como “comunidades de sobrevivência afetiva” (Elias-1996) dentro da vida urbana. Cada uma destas tribos se estetiza através de seu vestuário e se organiza em torno de um líder espiritual distante, um ídolo musical ou esportivo que, reúne projetos momentâneos e anseios de curto prazo dos membros da tribo.”
“O movimento romântico foi mais do que uma nova maneira de vestir, mais do que uma aparência; foi a manifestação de uma visão de mundo que dominou a cultura européia durante o século XIX. É difícil fixar uma data exata do momento em que uma moda aparece, como também sua paternidade.
Moda total, o Romantismo era um traje, uma estética uma fisionomia, uma sinfonia de cores, um sistema de mitos e idéias feitas, um panteão de heróis reais e imaginários, mas também um modo de vida que se imiscuía em todos os atos e legislava sobre todos os assuntos.”
Tecktonik
“Aqui nas ruas da Europa, la nouvelle vague (a nova onda) é o Tecktonik que começou como uma marca de roupas e agora é um conjunto de moda e dança.
A dança (para mim ainda estranha) mexe muito mais os braços que as pernas, a moda está sempre associada: é indispensável uma calça ultra-skinny (mega-justa), jaqueta curta estilo biker e cabelos com moicanos mais largos que o usual na cabeça.”
“O sonho havia acabado, e foi duro acordar dele e deparar com um mundo, onde o jovem sequer tinha o que sonhar. Este foi o mundo mostrado tão magnificamente pela sétima arte, por Kubrick, em A Laranja Mecânica. Que soco, que podre, que horror, era preciso correr, tudo ficou dark, punk e skinhead, e de repente, sem submarino.
Punk foi o movimento de estilo jovem, que nasceu em 1977, em Londres. A palavra significa podridão, sujeira, insanidade. O movimento levantou a bandeira da desilusão, sendo seu lema: No future. Surgiu durante a crise econômica inglesa da década de 70, com o desemprego e as novas formas de pobreza. Existe até hoje e é movimento típico de países ricos que não abrem espaço para absorver a jovem mão-de-obra com pouca escolaridade e baixo nível tecnológico. O universo punk é composto pelos Rockabillys, Skinheads, Heavy, Hastas e Grunges.”
Sobre Dândis e antimoda masculina
“Foi no século XIX, que o vestuário passou a significar dissidência. A figura crucial nesta transformação foi o dândi. O dandismo estabeleceu padrões mais rígidos de masculinidade ao introduzir um traje novo, moderno e urbano. Também, apontava para o vestuário como forma de revolta.
O vestuário masculino do século XIX era uma adaptação do traje de campo e esportivo do séc. XVIII. Foi o dândi que o transformou em estilo dominante, impondo uma estética que se opunha ao exagero de rendas, brocados e pó-de-arroz dos aristocratas pré-Revolução Francesa. Para Beau Brummel, seu criador, o novo estilo significava nada de perfumes. O papel do dândi implicava numa preocupação com o eu e a apresentação pessoal; a imagem era tudo.”
“O movimento punk chega aos 30 anos em 2007. O curso examina os principais fatos, eventos e artistas do punk e questiona se o movimento é um divisor de águas da cultura pop ou o continuador de uma atitude de rebeldia jovem muito mais antiga. Os encontros vão abranger desde a pré-história do movimento e o que dele decorreu, sua estética na música, no visual, na moda, no jornalismo, na literatura e no comportamento jovem em todo o planeta.”
“ParaKiss, como também é conhecido, é um mangá que mistura moda (…) e as tendências das mais diferentes tribos japonesas (Gothic Lolitas, Punks, e por aí vai) e cultura urbana, tratando ainda dos dramas típicos da adolescência, a entrada na faculdade e o mundo adulto.”
As fotos de Aoki mostram adolescentes e jovens que criaram uma excêntrica subcultura baseada na reinvenção de elementos típicos japoneses misturados com elementos ocidentais e peças de segunda mão que resultaram em ousados e inesperados modos de se vestir; uma busca, talvez desesperada, por diferenciação individual em uma sociedade cada vez mais planificada e homogênea. Em meados dos anos 90 estes jovens espontaneamente passaram a se reunir no bairro de Harajuku tornando-o, durante muito tempo, o centro dessa efervescência e laboratório ao ar livre de expressão social através de uma moda independente e única.”
Visual kei (visual kei/bijuaru kei?, “linhagem visual” ou “estilo visual”), ou visual rock, é um movimento musical que surgiu no Japão na década de 1980.
Consiste na mistura de diversas vertentes musicais como rock, metal e até música clássica. Uma das peculiaridades desse movimento é a ênfase no visual de seus artistas, muitas vezes extravagante, outras vezes mais leve, mas quase sempre misturada com a androginia, e shows chamativos. No visual kei a música anda sempre ao lado da imagem e vice-versa.
Otaku, uma tribo de bitolados gastadores, dita tendências no Japão
“É possível vê-los no amplo bazar de produtos eletrônicos Akihabara (cidade eletrônica). Eles são do tipo bitolado, dedicam-se a construir seus próprios computadores pessoais e frequentam lojas que vendem mangás (gibis japoneses) ou brinquedos clássicos no centro de Tóquio, onde não é raro alguém desembolsar US$ 1.400 por uma versão da Rika-Chan (a Barbie japonesa) do começo dos anos 70.”