Síndrome de Burnout: por que cada vez mais pessoas sofrem com o esgotamento profissional?
Como saber se eu tenho Síndrome de Burnout? Descubra quem dá o diagnóstico e dicas para sair do esgotamento profissional
Você já deve ter ouvido falar da Síndrome de Burnout. O termo tem se tornado ainda mais conhecido nos últimos anos, devido à vida acelerada que levamos e à rotina frenética que já normalizamos.
Hoje, o esgotamento profissional se tornou um sério problema de saúde mental que afeta cada vez mais pessoas no Brasil, ganhando a atenção da própria OMS (Organização Mundial da Saúde).
Inclusive, na última atualização da Classificação Internacional de Doenças (CID-11), que ocorreu em janeiro de 2022, a Síndrome de Burnout foi reclassificada como um transtorno ocupacional.
Assim, reforçou o que já sabíamos: que o trabalho em excesso pode literalmente gerar sérios transtornos na mente dos profissionais.
Mas, afinal, o que é Síndrome de Burnout?
O Burnout é um distúrbio caracterizado pela tensão e desgaste emocionais, que levam a pessoa a um esgotamento físico, profissional e mental.
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Então, o estado pode estar relacionado a condições de trabalho, estudos ou à vida pessoal, quando uma ou mais dessas esferas se torna muito atribulada.
Dessa forma, as pessoas que possuem jornadas duplas, em especial as mulheres, são mais suscetíveis a serem afetadas pela síndrome.
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Como se manifesta?
O Bournot se manifesta quando a relação com o trabalho acaba se transformando em estresse, ansiedade e nervosismo intensos.
Assim, a pessoa é levada ao seu limite físico ou emocional, sentindo-se extremamente cansada, desmotivada e esgotada.
A doença não está apenas relacionada ao trabalho, podendo também ser fruto do acúmulo das tarefas de faculdade ou da escola e até mesmo em casa.
Por consequência, o esforço excessivo esforço físico, mental ou emocional, seguido de poucos momentos de pausa, relaxamento ou descontração, faz com que o Burnout apareça.
Mas outros fatores também podem influenciar no aparecimento da síndrome, como problemas com superiores no trabalho, familiares, amigos ou parceiros.
Os profissionais da área da saúde, assistentes sociais, psicólogos, jornalistas, professores, bombeiros, advogados e policiais estão entre os mais afetados.
Além disso, pessoas mais empáticas tendem a estar mais sobrecarregadas e estão mais vulneráveis.
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Síndrome de Burnout tem cura?
O esgotamento mental pode ser evitado e tratado. Ele frequentemente é confundido com outros problemas emocionais, porque os sintomas também estão presentes em outras patologias mentais.
É importante atentar-se aos sintomas para buscar o tratamento adequado:
- Alterações no sono;
- Dores musculares e de cabeça;
- Irritabilidade;
- Alterações de humor;
- Falhas na memória;
- Dificuldade de concentração;
- Agressividade;
- Falta de apetite;
- Agressividade;
- Isolamento;
- Depressão;
- Pessimismo;
- Baixa autoestima;
- Sentimento de apatia e desesperança.
Importante lembrar que a síndrome também mexe com a imunidade, deixando a pessoa mais suscetível a doenças oportunistas, como gripes frequentes.
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É possível prevenir a Síndrome de Burnout?
Aqui vale uma receita básica de qualidade de vida e por muitos esquecida ou negligenciada. Ter momentos de relaxamento é essencial para evitar e prevenir a síndrome, assim como a prática de exercícios físicos contribui para prevenção.
Uma alimentação equilibrada também é fundamental para uma vida mais saudável, inclusive emocionalmente.
Precisamos ressaltar que o cuidado consigo é importante: aprender a não se cobrar tanto e fazer as coisas no seu tempo são atitudes que podem aliviar a tensão e o esgotamento.
Além disso, o acompanhamento psicológico é um grande aliado para evitar a Síndrome de Burnout.
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Qual o tratamento?
O tratamento para o Burnout é feito após o diagnóstico. E, para diagnosticar, você deve procurar um psicólogo ou psiquiatra.
Então, o profissional vai indicar a quantidade de sessões necessárias para o tratamento e fazer o acompanhamento do caso para a sua evolução.
Infelizmente, a Síndrome do Burnout é mais comum do que imaginamos. De acordo com pesquisas, cerca de 33 milhões de brasileiros sofriam dessa síndrome antes da pandemia.
Por isso, é importante termos conhecimento sobre os sintomas e os fatores que contribuem para que o esgotamento ocorra. Você deve ficar alerta aos sintomas e praticar o autoconhecimento.
Abaixo temos 7 tipos de descanso que contribuem muito para evitar o Burnout e melhorar sua qualidade de vida e dos seus relacionamentos também.
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1) Descanso físico
Cuide da qualidade do seu sono e busque dormir pelo menos 7 horas por noite. E, se for possível, tire cochilos durante o dia.
O chamado power-nap é um cochilo curto que termina antes da ocorrência do sono profundo, com o objetivo de revitalizar-se rapidamente.
Se alongue, faça uma massagem e cuide do seu local do trabalho. Afinal, mesa e cadeira ergonômica ajudam seu corpo nesse processo de revitalização e de aguentar de forma mais saudável a jornada de trabalho.
2) Descanso mental
Não sobrecarregue sua mente. Anote suas tarefas, use agenda, faça um checklist e crie um ritual de desligamento da sua vida pessoal e profissional.
Faça uma pausa na resolução de problemas e, se possível, medite. Precisamos aliviar a mente de toda a tensão das tarefas do dia a dia.
3) Descanso social
Se você é introvertido, busque um tempo para ficar sozinho. Afaste-se de relações que roubam sua energia e tire um tempo para estar com pessoas que lhe dão energia, que te revigoram.
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4) Descanso espiritual
Esteja conectado com algo maior que você, que lhe traga um conforto emocional, independente da sua crença religiosa.
5) Descanso sensorial
Faça uma pausa das redes sociais, pois o excesso de notificações dentro e fora do trabalho favorecem a Síndrome de Burnout. Então busque se desconectar das mídias e crie um ambiente mais relaxante para descansar.
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6) Descanso emocional
O déficit do descanso emocional acontece quando você sente que não pode ser autêntico. Passe mais tempo com pessoas que permitem que você exercite sua autenticidade.
Busque um terapeuta para liberar a carga emocional contida no dia a dia. Além disso, a própria sessão de terapia já serve como um refúgio emocional para o exercício da sua autenticidade.
7) Descanso criativo
Aprecie a beleza em todas as suas formas, seja ela natural ou criada. O processo de apreciação consiste em só curtir ou visitar a beleza criada pelo outro. A natureza é uma ótima aliada na prevenção do Burnout.
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Mas como saber se estou próximo do Burnout?
Fique atento se você:
1) Não tira férias ou nem lembra quando foi a última vez que se desconectou do trabalho.
2) Não tem hobbies.
3) Tem medo de não conseguir pagar as contas.
4) Não tem uma rede de apoio.
5) Está com excesso de mensagens não respondidas. Seja no trabalho ou nas redes sociais.
6) Não faz nenhum tipo de exercício físico.
7) Não está com a terapia em dia.
8) Trabalha com uma autocobrança exagerada.
9) Sente insegurança com tudo que faz.
10) Se compara demais com os outros.
11) Quer fazer mil coisas ao mesmo tempo.
12) Tem altas expectativas sobre trabalho e vida pessoal.
Se sentiu representado? Então, cuidado, pois o Burnout está rondando você.
Estabeleça limites para o bem da sua saúde física e mental. Nossa dificuldade em dizer não e a falta de autoconhecimento faz com que muitas pessoas sofram com uma síndrome que pode ser evitada.
Se não conseguir sozinho, busque ajuda especializada e parta para um novo ano mais saudável e feliz.
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Sobre a colunista
Camila Custódio é idealizadora do Consultório Emocional – @consultorioemocional nas redes sociais. Camila é Assistente Social, Terapeuta de Família e Casal, Terapeuta Relacional Sistêmica, Psicanalista e Coach. Além disso, é Especialista em Gestão da Emoção e Consultora em Desenvolvimento Humano.
Escreve sobre saúde emocional, relacionamento e empoderamento feminino para sites, revistas e blogs. Atende pacientes online de todo o Brasil e do exterior.
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