Será que a geração Millenial pode decretar o fim da logomania?

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Instagram é vitrine para Millenials: menos marketing e logomania, mais branding pessoal

No final dos anos 90, a logomania foi uma das tendências mais marcantes do universo da moda já que, naquela época, ostentar os símbolos de marcas desejadas era um sinal de status e diferenciação social. Recentemente, essa febre voltou ao street style e logo foi incorporada às coleções de marcas como Chanel,  Gucci e Moschino, levando as fashionistas ao delírio e povoando os feeds do Instagram com logos à perder de vista.

A  tendência da logomania voltou ao street style, mas é reprovada pelos Millenials

Os mais jovens, no entanto, parecem estar seguindo pelo caminho contrário: um estudo divulgado em 2015, pelo grupo Goldman Sacks, revelou que os Millenials preferem roupas sem logos ou marcas aparentes. Criados no mundo digital, essa geração aprendeu cedo que um feed de Instagram bem construído, associado com um número massivo de seguidores, pode transformar a sua própria personalidade em uma “marca”. Assim, para eles, anunciar o produto e a identidade de outra pessoa em seu próprio peito passou a ser uma ideia cada vez menos atraente.

Através de influenciadores, multiplicam-se os vídeos tutoriais ensinando a remover marcas bordadas em camisetas e bonés, sem danificar a peça. Para eles, não existe a necessidade de uma logo já que, na hora de construir um estilo, as roupas de alta qualidade com acabamentos perfeitos e tecidos puros falam por si próprias.

  

À direita, meme ironiza a “evolução Polo Ralph Lauren”. Ao lado, Anna Dello Russo veste Moschino, uma das marcas responsáveis pela volta da logomania

Agora, as marcas que buscam atingir esse público precisam se distanciar do branding óbvio e apostar em novas soluções. O site Business Insider reportou respostas das grandes grifes, que já removeram a logo dos detalhes de suas peças.  Até mesmo a Abercrombie & Fitch, conhecida por estampar sua marca em todas as partes possíveis das roupas, passou por um reposicionamento total e agora segue uma linha mais clean, convergindo para os desejos das novas gerações.

Ao que tudo aponta, os Millenials serão responsáveis por grandes mudanças no mundo da moda, essa é apenas o começo.

   
Abercrombie & Fitch: 2011 x 2016

 

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Francieli Hess: Francieli Hess é estilista, empresária e produtora de conteúdo especialista em SEO. Atualmente reside na Índia, onde dirige sua marca Hess e atua como consultora internacional de negócios de moda, com foco em inovação e sustentabilidade. Instagram: @francielihess Site: www.hessbyhess.com
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