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O sono é importante porque cumpre uma função reguladora e reparadora no organismo. Quando falamos em qualidade de sono infantil, nos referimos ao período diurno ou noturno durante o qual as crianças descansam, assimilam e organizam o aprendizado.
É essencial para o controle da energia e temperatura corporal. O sono reabastece e restaura os processos que o corpo sofre durante o dia.
Enquanto dormem, as crianças amadurecem física e psiquicamente, e iniciam sua independência do mundo exterior e de seus pais, por um tempo que é variável segundo sua idade e conduta.
Vamos entender como esse processo funciona:
Sono REM (Rapid Eyes Movement, sigla em inglês): é a fase ativa do sono, em que o cérebro permanece ativo. E também a mais curta.
Sono NÃO REM : é a fase tranquila e profunda do sono. E também a mais longa.
O sono está dividido em quatro etapas que vão se aprofundando progressivamente, e duram cerca de 90 minutos cada uma, sempre obedecendo a uma mesma ordem: sono REM (mais leve e curto) e o sono NÃO REM (mais profundo e longo).
Durante os 90 minutos de sono profundo, acompanhado nos extremos pelo sono leve, o bebê experimenta um estado de semi alerta. Nesse momento ele está mais propenso a despertar. Mas minutos depois, entrará na fase mais profunda, completando seu descanso noturno de quase 8 horas.
Assim, temos que respeitar esses intervalos não os interrompendo, para que se tornem uma rotina. Fazer com que o bebê concilie o sono é uma tarefa difícil, um verdadeiro desafio. Mas se respeitarmos seu ritmo, tudo será mais fácil.
Um recém-nascido, por exemplo, já tem um modo próprio de dormir e de acordar. Compete aos pais gerar o ambiente apropriado para que isso aconteça. Se ao despertar, o bebê não conseguir uma resposta imediata, ele será obrigado a encontrar sua própria rotina para seguir dormindo.
A necessidade do sono varia habitualmente ao longo do desenvolvimento físico e emocional da criança e muda conforme as características individuais da maturidade.
Por volta dos 3 anos, a necessidade de descoberta e contato com o meio exterior começam a entrar em confronto com os períodos de sono e por vezes aparecem os comportamentos de não querer mais descansar durante o dia.
Não é grave que a criança deixe de fazer estas sonecas, mas é importante que sejam estabelecidos hábitos de sono, ou seja; definir horas específicas para deitar o seu filho, mesmo que aconteçam as normais “birras de sono”.
Esta atitude de resistência ao sono não está só relacionada a uma recusa em desligar-se da realidade exterior, mas também corresponde a uma manifestação emocional da agitação e ansiedade da criança.
Não é conveniente deixar a criança no quarto chorando durante muito tempo ou obrigá-la a deitar aos gritos, isso só irá aumentar os comportamentos de resistência ao sono.
Também não é aconselhável deixar “ser vencida pelo sono e cair de cansaço”, nem utilizar a televisão como “sedativo” para adormecer. Levá-la para dormir na cama do casal também não é uma opção saudável.
Quase que vencidos pelo desgaste da situação, os pais em alguns momentos
desesperados usam algumas dessas opções, mas infelizmente isso pode originar outros problemas referentes ao sono ou no próprio comportamento da criança.
É importante ensinar seu filho a dormir, estabelecendo certos hábitos de sono: leve-o pacientemente para o quarto, leia uma história, se ele chorar ou gritar acalme-o falando baixo e acariciando suavemente os seus cabelos e o seu rosto; uma música suave também poderá ajudar nessa tarefa.
E quem sabe seu anjinho aprenda a dormir bem melhor.
Mais informações sobre esse tema nos sites:
Alo Bebê
Bibliografia
Literatura Nana,Nenê – Autor Eduard Estivil & Sylvia de Béjar – Editora Martins Fontes
Literatura Crianças Índigo – Lee Carroll & Jan Tober – Editora Butterfly
Por Thais Vasconcelos