Moda |
Os primeiríssimos |
Grifes apresentam lançamentos a vips bem antes de mostrá-los a mortais comuns |
Por Luciana Franca |
Às vezes, conta bancária recheada e endereços de lojas cobiçadas não bastam para realizar o sonho de consumo. Certas peças não são vendidas para qualquer freguês. A nova estratégia das grifes de luxo é oferecer lançamentos a um seletíssimo grupo de vips antes de colocá-los à disposição do mortal comum. Estar entre esses eleitos significa fazer parte do ranking dos que mais gastam. A francesa Louis Vuitton selecionou apenas 14 clientes brasileiras para ter o privilégio de ver e comprar em primeira mão sua coleção de alta joalheria, que não será vendida nas lojas daqui. Florence Lepelley e Ombeline de Besset, executivas da marca, vieram de Paris para apresentar 27 peças num hotel cinco estrelas de São Paulo.
Maria Célia ganhou celular |
Entre goles de champanhe Möet & Chandon, as convidadas experimentaram as peças. Uma gargantilha de ouro branco e amarelo cravejada de diamantes cotada a R$ 249 mil impressionou particularmente o animado grupo. Uma cliente de outro Estado faltou à reunião. Não foi problema – a Louis Vuitton providenciou um carro para levar a coleção até sua casa. A gentileza rendeu: a mulher encomendou quatro peças. A Tiffany de Nova York também fará uma avant-première para poucos de sua coleção de jóias Blue Book 2007. Um colar de US$ 2,6 milhões será a principal atração apresentada para as poderosas clientes nova-iorquinas antes de chegar à vitrine da loja na Quinta Avenida.
A tendência é seguida no Brasil. A marca de roupas NK Store selecionou 30 clientes para criar um canal exclusivo de comunicação. Elas ganharam um celular top de linha da Claro, pelo qual a consumidora é a primeira a saber sobre as peças que desembarcam na loja. “Sinto-me altamente lisonjeada”, derrama-se a decoradora Maria Célia Cury, que não revela nem sob tortura quanto gasta por mês na NK Store. A Land Rover e a marca de charutos Davidoff também vão oferecer serviços semelhantes. A sensação de ser exclusivo não tem preço.
Fonte: Revista Istoé