“Meu Vício É Você” – A arte de consumir o outro
Vivemos em uma sociedade de consumo e o apelo para consumir é cada vez maior. Consumimos para ter e para ser, consciente e inconscientemente, o…
Vivemos em uma sociedade de consumo e o apelo para consumir é cada vez maior. Consumimos para ter e para ser, consciente e inconscientemente, o que precisamos e mesmo aquilo que vamos desprezar logo após obter.
As razões são as mais variadas e podem encontrar explicações plausíveis na psicanálise, sociologia, antropologia, psicologia, psiquiatria, marketing e em qualquer outra ciência ou filosofia. A minha questão no momento não é saber o porquê consumimos, mas quanto ao objeto de consumo.
Qualquer produto ou experiência é justificado na lei da oferta e da procura, porém o que acontece quando o produto de consumo é o outro. O desejo sempre fala mais forte e as pulsões inconscientes buscam o objeto com avidez. Quando o objeto não tem vida igual ao ser desejante a satisfação (prazer) ou gozo pode acontecer. Entretanto quando o objeto de desejo e consumo é um “outro” que também deseja e consome, os encontros e desencontros passionais podem impedir tal prazer e/ou gozo.
A música “Meu Vício É Você” de Chico Roque e Carlos Colla, cantada pela conhecida Alcione fala desta relação de consumo do outro:
…
“Meu vício é você
Meu cigarro é você
Eu te bebo, eu te fumo
Meu erro maior
Eu aceito, eu assumo
Por mais que eu não queira
Eu só quero você
Meu vício é você
Meu dadinho, meu jogo de cartas marcadas
Essa droga de sonho não vai dar em nada
Vim rolando na vida
E parei em você”
O que mais me fascina é que este desejo irracional pode ou não ecoar no outro. O outro pode ou não se fazer de objeto e este vício de querer consumir o outro pode ser um sentimento muito prazeroso ou um constante sofrimento ao qual nos submetemos sem mesmo saber o porquê. Será que esta resposta está no inconsciente tão inacessível e que nunca vamos entender esta nossa difícil relação com o outro amado?
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