E se todos os dias fossem domingo?
Todos somos desejosos de prolongar o tão esperado final de semana. O domingo é o dia do descanso, considerado sagrado por muitas religiões e merecido…
Todos somos desejosos de prolongar o tão esperado final de semana. O domingo é o dia do descanso, considerado sagrado por muitas religiões e merecido por todos aquele que trabalham inclusive aos sábados.
Mesmo após ler as mesmas notícias nos jornais e revistas, procurar alguma programação interessante na TV aberta ou paga e não encontrar; ser incomodado por todos que querem fazer alguma coisa e principalmente por aqueles que tem crianças novas em casa, sem nenhuma noção da diferença dos dias da semana… É bom poder desfrutar do dia de domingo.
Imagine se todos os dias fossem sábados, domingos e feriados. A princípio parece bastante tentador, não? Se eu dissesse que além de não parecer com a rotina da semana, você estivesse em um Resort diante de uma praia privativa maravilhosa, com uma instalação completa para esporte, lazer, entretenimento e excelente gastronomia. O que te parece? Muito convidativo!!!
Entretanto, testemunhamos que a vida pode não ser tão fácil, mesmo vivendo nestas condições. No feriado, nós decidimos recarregar nossas energias em um resort encantador localizado em Rio das Pedras – 40 km
antes de Angra dos Reis. Para nós foram dias fantásticos e pudemos desfrutar muito do que o lugar nos oferecia: café da manhã e jantar diante de uma paisagem fotográfica, caminhada na praia, sky aquático,
arco e flecha, hidroginástica com uma turma animada, água de coco na beira da piscina, bronzeamento ao sol do Rio de Janeiro, massagem e sauna do SPA local, uma boa soneca a tarde para poder desfrutar do jantar, seguido de show diário no teatro principal e para os que ainda contavam com energia extra, dançar ao som de um DJ na disco.
Que vida boa!!! Vida boa a nossa, pois conhecemos o outro lado da moeda. Neste Resort, além de toda infra-estrutura e dos empregados que passaram anônimos durante estes dias, tem um equipe de GOs –
os Gentís Organizadores – que contam sempre com um sorriso, simpatia, atenção e energia fora do comum.
Ao chegar na ilha da fantasia, como parecia o lugar, não fomos recebidos pelo Tatu (anfitrião da ilha da fantasia), mas pelos GOs. Em uma conversa rápida com um deles, da recepção ao nosso chalé, soube
que eles passam no mínimo 06 meses seguidos naquele lugar. Não há folga ou final de semana livre. Eles estão disponíveis o tempo todo, desde as primeiras atividades matinais – acredite, tem gente que acorda
antes das seis, em lugares como estes.
Sorrindo, eles fazem caminhadas todas as manhãs, recebem as crianças (lindinhas e comportadas) que passarão o dia inteiro em atividades, para que os pais possam desfrutar do local. Os GOs dançam em volta da piscina durante e após a hidroginástica, ensinando a dança do sol e as coreografias.
Para os jovens, os GOs estão sempre dispostos para acompanhá-los nas atividades desportivas: vôlei, tênis, arco & flecha, sky aquático,entre outras. Também, coordenam mais um milhão de atividades para os
adultos que não querem parar quietos na piscina ou praia para descansar o corpo e a mente.
Ao final do dia, vocês pensam que os dedicados GOs vão descansar. NÃO, eles vão animar os hóspedes após o jantar, com as danças do sol, do mar, do ar etc…(só sei que são muitas coreografias e cantoria).
Após gastar esta energia toda, finalizam suas atividades no palco do teatro, apresentando a cada dia algo diferente que exige muito ensaio, talento, criatividade e saúde: capoeira, dança, cantos, dramatização, interpretação. Sem contar as atividades com as crianças e jovens (High School Musical). Alguns
deles, ainda se arrastam para a boate que fica cheia até a madrugada.
Agora entendo bem o velho ditado: “A rapadura é doce, mas não é mole não”. Adoramos os dias que passamos lá, mas tínhamos saudades de nossa casa e de nossa rotina… Enquanto, muitos dos hóspedes que conversamos, faziam planos para nas próximas férias, repetirem o programa naquele resort, os GOs, faziam planos de andar nas ruas dos grandes centros, pegar trânsito, ir ao shopping, visitar a 25 de março, sentir um pouco da poluição para poder desintoxicar de tanta gente chata, reclamenta e
de uma lugar tão lindo, mas, que não está disponível para o usufruto deles.
De fato, a rapadura é doce, mas não é mole não!
Por Carlos Silva