O bropriating é um fenômeno bastante comum, especialmente em ambientes corporativos e acadêmicos, embora não receba a devida atenção. Junto ao mansplaining e o manterrupting, ele silencia e agride emocionalmente as mulheres, além de reproduzir e propagar o machismo.
Inclusive, muitos homens utilizam essa prática para obter diversos benefícios, resultando em um apagamento social das mulheres. A seguir, confira o que é bropriating, qual a origem desse termo, exemplos dessa situação e como lidar com essa forma de machismo. Então, continue lendo!
O que é bropriating?
“Bropriating” é um termo que combina “bro” (abreviação de “brother”, irmão em inglês) com “appropriating” (apropriar-se). Ele se refere a situações em que homens se apropriam de ideias e realizações que originalmente pertencem a mulheres, e depois recebem crédito ou elogios por isso.
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Esse termo é frequentemente usado para criticar comportamentos em ambientes de trabalho ou acadêmicos onde homens “roubam” ideias de colegas mulheres.
Desse modo, apresentando-as como se fossem suas. Inclusive, recebendo reconhecimento por isso, enquanto as contribuições originais das mulheres são ignoradas ou minimizadas.
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Qual é a origem do termo bropriating?
Assim como o termo “manterrupting,” Jessica Bennett foi a primeira a utilizar “bropropriating”, no artigo “How Not to Be ‘Manterrupted’ in Meetings,” publicado na revista Time, em 2015.
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Ela revela que, na verdade, a autoria de ambas as expressões é de seus amigos. Contudo, não há registros específicos sobre a origem da versão abreviada “bropriating”.
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Exemplos de bropriating
Como citado anteriormente, o bropriating refere-se à prática de se apropriar das ideias de uma mulher sem lhe dar o devido crédito. Embora à primeira vista possa parecer algo inconcebível ou difícil de ocorrer, a realidade mostra o contrário.
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Por exemplo, você sabia que a cantora e compositora Willie Mae Thornton foi a primeira a interpretar a canção “Hound Dog”? Posteriormente, Elvis Presley gravou a música sem o consentimento dela. Então, Willie tentou obter o reconhecimento adequado pela canção, mas só conseguiu algum crédito muitos anos depois.
Além disso, há o caso de Elizabeth Magie, que inventou o jogo Monopoly em 1903. No entanto, 30 anos depois, Charles Darrow reivindicou a autoria do jogo e o vendeu para a empresa Parker Brothers.
Ainda, a estudante de doutorado Jocelyn Bell Burnell foi a primeira a observar os pulsares de rádio em 1967. Assim, ela relatou a descoberta ao seu tutor, Antony Hewish, mas não recebeu o devido reconhecimento. Em 1974, Hewish recebeu o Prêmio Nobel por essa descoberta.
E os exemplos de bropriating não param por aí, muito menos se restringem aos famosos. Um homem em um ambiente corporativo se apropria de uma ideia desenvolvida por uma colega mulher e a apresenta em uma reunião como se fosse sua própria, recebendo crédito pelo trabalho é um exemplo cotidiano.
Ademais, também pode ocorrer de um professor publicar um artigo baseado em uma pesquisa realizada por uma aluna, sem incluí-la como co-autora ou reconhecer sua contribuição. Ainda, um empreendedor apresenta um novo produto no mercado que foi desenvolvido por uma mulher em sua equipe, sem dar o devido crédito.
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Como lidar com bropriating?
Lidar com o bropriating exige uma abordagem cuidadosa. Primeiro, é essencial documentar e comunicar suas ideias e realizações de maneira clara e profissional. Então, manter registros detalhados de quando e como você desenvolveu suas ideias pode fornecer uma base sólida para reivindicar o crédito quando necessário.
Em ambientes corporativos ou acadêmicos, é importante promover uma cultura de reconhecimento e respeito. Isso pode ser alcançado via diálogos abertos sobre a importância de dar crédito pelo trabalho e com implementação de políticas que assegurem que todas as contribuições sejam devidamente reconhecidas.
Além disso, participar ativamente de reuniões e discussões, onde você pode compartilhar suas ideias e obter reconhecimento imediato, também é crucial.
Se você se deparar com uma situação em que um homem se apropriou de suas ideias sem o devido crédito, é importante abordar a questão de forma profissional. Portanto, isso pode envolver uma conversa direta com a pessoa envolvida, apresentando suas evidências e explicando a situação.
Em alguns casos, pode ser necessário buscar apoio de superiores ou de departamentos de recursos humanos para resolver a questão. Ainda, é útil construir uma rede de apoio com colegas e mentores que possam ajudar a reforçar seu trabalho e garantir que suas contribuições sejam visíveis.
Então, manter uma comunicação aberta e um ambiente de trabalho colaborativo pode ajudar a minimizar os casos de apropriação indevida e promover um reconhecimento mais justo.
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Conclusão
Enfim, agora que você já entende o que significa bropriating, de onde veio essa expressão, conhece exemplos e sabe o que fazer diante dessa situação, é fundamental estar atenta e buscar seu reconhecimento.
Ainda, se você quer explorar mais sobre comportamento, não deixe de conferir nossa categoria. Lá, você encontrará artigos sobre relacionamentos, frases para reflexão e muito mais!
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