Avatar na Moda e na Vida
Imagem do TecheBlog O filme Avatar escrito e dirigido por James Cameron, nos traz referências mitológicas, culturais e tecnológicas e nos instiga a refletir sobre…
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O filme Avatar escrito e dirigido por James Cameron, nos traz referências mitológicas, culturais e tecnológicas e nos instiga a refletir sobre seu impacto em áreas como entretenimento (tecnologia 3D), tendência na moda e comportamento, retorno a questões espirituais e responsabilidade ambiental.
O conceito Avatar é antigo e tem referências nos textos hindus que descrevem Krishna dentre outras divindades como avatar de Vishnu, adorado por muitos hindus como um Deus. Avatar, derivado do sânscristo Avatãra – é mais do que encarnação divina, pois transcende o corpo físico evocando imortalidade.
O termo Avatar nos meios de comunicação e no universo da informática foi usado pela primeira vez na década de 80 para descrever figuras criadas à imagem e semelhança do usuário como forma de personalização nos programas de computadores e jogos virtuais. Hoje, o conceito Avatar extrapola o espiritual e as personalizações no mundo de informática para expressão de nossas fantasias no mundo virtual, quando nos incorporamos em uma entidade virtual.
O boom tecnológico aproximou nosso mundo real da ficção e conseguimos simular muito do que Isaac Asimov nos predizia. No mundo virtual é possível criar um ou vários avatares sem precisar ser psicótico e cindir-se do mundo real. Nas salas de bate-papo todos podemos nos mostrar mais fortes, mais novos, mais inteligentes, sensíveis e sedutores encobrindo nossas vergonhas, timidez, medos etc. O Second Life foi uma tentativa de criar um mundo paralelo virtual, entretanto buscando ser fiel ao mundo real.
O filme Avatar foi além da proposta de entretenimento, uma vez que não poupou recursos financeiros e tecnológicos e conseguiu sumarizar um sentimento coletivo de alerta para os riscos de destruição do planeta e possibilidade de salvá-lo com as mesmas ferramentas.
Buscamos sempre uma forma de elaboração das questões de nossas fantasias para dar conta da vida real. Os contos de fadas e filmes de super-heróis nos ajudam muito a dar vazão as nossas fantasias de superação, aos nossos sentimentos de castração, impotência, amor e ódio. Superman, Dini é um gênio, Cyborg e Mulher Biônica são exemplos das expressões de desejo de onipotência e onipresença. Cyborg e a Mulher Biônica nos ajudaram elaborar questões de limitações físicas e psíquicas nos tornando insuperáveis naquilo que somos mais deficientes. O incrível Hulk é também uma forma de expressão de nosso ódio contido. Goretti Pedroso desenvolveu muito bem este tema em uma série de artigos sobre as Cyber Girls.
Na vida real e concreta estamos buscando usufruir da tecnologia para criar vidas, prolongar nosso ciclo (cura de doenças, transplantes, técnicas de rejuvenescimento), melhorar o bem-estar, maximizar o uso dos recursos escassos e proteger o meio-ambiente. Estamos falando de produção de energia que é a combustão para a vida e para mover nosso planeta – tecnologia agrícola para alimentar uma população que não para de crescer, tecnologia têxtil para responder as demandas atuais em todos os segmentos, tecnologia para produção de energia alternativa para evitarmos comprometer nosso bem-estar. Quem de nós não experienciou as conseqüências de um apagão. Não é possível se mover em uma cidade como São Paulo, chegar em casa, subir o elevador, ligar o computador, tomar banho quente, conservar os alimentos na geladeira. Não há mais volta, pois o mundo se organizou desta forma para poder acomodar mais de 7 bilhões de pessoas vivendo, consumindo, construindo e destruindo.
Há um desejo manifesto de retorno ao natural, lúdico e inocente, entretanto ninguém quer se dar ao trabalho de arar a terra, plantar, esperar muito tempo, colher quando tudo da certo no ciclo. Muita gente quer viver em tribos ou comunidades, mas não conseguem conviver com sua família embaixo de um mesmo teto. Há fantasias de que o primitivo e natural é sempre o melhor, entretanto todos gostaríamos de encontrar WiFi no meio das selvas. Já que não se pode estar tão próximo da natureza, porque não criar uma natureza artificial e expressar este desejo através da moda.
Jean Paul Gaultier apresentou sua coleção Couture Primavera de 2010 inspirada no México, nos astecas, e no filme Avatar – Veja outras imagens no Comunidade Moda.
O Avatar na moda é percebido nas tendências para primavera-verão 2011 e refletem os anseios do natural-artificial na criação de estampas étnicas e tribais, com motivos orgânicos e naturais, aplicação de resinas, madeira, acrílico, contas, padronagens geométricas evocando a cultura de povos e tribos de diversas localidades. Ou seja, na moda, não pode ser diferente, pois é o maior veículo de comunicação verbal e não verbal. O Avatar na moda é a leitura e comunicação do natural artificial. Não é mais concebido matar jacarés ou onças para produção de sapatos, bolsas, etc, entretanto a tecnologia têxtil nos permitiu não somente criar tecidos e texturas alternativas, mas ir além do processo de criação e produção – onça azul, crocodilos rosas. Na moda atualmente testemunhamos o ponto de vista estético e de estilo onde se pode tudo, entretanto há um apelo para que a indústria seja politicamente correta em respostas aos anseios individuais e coletivos de ética, respeito, inclusão, etc.
Um recorte do filme Avatar nos mostra um militar da marinha paraplégico experimentando autonomia em um novo corpo, que não está mais paralisado e imóvel, mas capaz de correr, pular, voar, lutar e domar seus medos e limitações na utilização de seu avatar. Ele assume como principal causa a defesa de um povo e da árvore da vida (mãe natureza, planeta terra) que gera uma energia ilimitada. Isso expressa nossos desejos de superar os recursos limitados – tempo, dinheiro, tecnologia, criatividade, capacidade pessoal, capacidade de produção e distribuição – que nos impedem de produzir tudo o que é pensado e criado.
Influencia do filme Avatar na moda para o Verão 2011
Imagem do blog Parantar
Imagem do blog China Smack
Imagem do site Wioz.net
Por Carlos Silva
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