Embora os aplicativos de encontros amorosos sejam comumente associados às novas gerações, a verdade é que pessoas de todas as idades compõem redes como Tinder, Badoo e Facebook Dating. Ao mesmo tempo em que a Internet aproxima pessoas, nunca nos sentimos tão sozinhos no mundo.
Segundo artigo publicado pelo portal da BBC, a geração Z (composta por pessoas nascidas entre o final da década de 1990 e final dos anos 2000) é a mais pragmática quando o assunto é o amor e o sexo. Isso não representa falta de interesse, mas uma atitude distinta daquela das gerações anteriores.
A partir de tudo isso, é natural que exista certa resistência em desenvolver relacionamentos afetivos iniciados pelas redes. Mais ainda, quando essas conexões acontecem, os términos podem ser devastadores. Nessas situações, o que fazer? O espaço online pode ajudá-lo na etapa seguinte?
O que são os aplicativos anti-namoro?
De imediato, o termo “anti-namoro” dá a entender que os apps com esse nome são contrários aos apps de namoros, se opondo a eles. Essa não é a verdade, porém: a relação entre ambos é mais profunda, agindo até mesmo como alternativas de redes complementares em momentos específicos.
De acordo com um texto publicado pela ExpressVPN, os aplicativos anti-namoro se dividem em dois propósitos: como apoio após o término de um relacionamento ou como auxílio ao desenvolvimento de relações de amizade. Ou seja: o “anti” acaba não sendo muito representativo do que esses aplicativos se propõem a fazer.
Exemplos de aplicativos anti-namoro são aqueles onde se vende itens que não fazem mais sentido após um término, canais de comunicação para apoio emocional (com outros usuários do app) e redes para conhecer pessoas sem ambições de que as conversas levem a um encontro de ordem amorosa.
O uso de aplicativos anti-namoro é recomendado?
A pergunta desse tópico é difícil de ser respondida de maneira absoluta, especialmente quando colocamos em evidência o crescimento desses apps em anos recentes. Não faz muito sentido dizer “sim” ou “não”, quando o uso já é uma realidade que alcança os quatro cantos da Internet.
Em contrapartida, pode ser relevante abordar os “prós” e “contras” de apps anti-namoro. Os contras são mais simples, então podemos citá-los logo de cara: términos de namoro são difíceis, e apps podem não ser suficientes para auxiliar na recuperação. Eles devem vir acompanhados de algo mais.
Por outro lado, não é o objetivo desses aplicativos propor uma “cura” para o coração quebrado, mas servir como auxílio prático em ultrapassar uma fase difícil. Quando consideramos os apps a partir desse prisma, fica mais fácil perceber porque eles têm se tornado uma febre entre os internautas.
Qual é o futuro dos apps?
Sempre quando mencionamos tecnologias e tendências, prever o futuro deixa de ser exato. Apesar disso, uma coisa é certa: maneiras de se conectar pela Internet existem desde quando o espaço online ainda engatinhava. Então, a perspectiva é de que isso não seja deixado de lado num futuro indefinido.
Ao mesmo tempo, apps estão sempre sendo atualizados e aprimorados, a partir da experiência dos usuários e necessidades de quem busca os serviços. Isso significa que as tarefas executadas ou facilitadas pelos app anti-namoro irão se expandir, permitindo que usuários tirem um maior proveito da tecnologia.
Tudo isso é positivo para os usuários ávidos da Internet e das redes sociais, considerando a impossibilidade de conhecer parceiros pessoalmente em um mundo que não para um minuto sequer. Como nos ensina a série Black Mirror, as tecnologias não são um problema quando sabemos usá-las.