A redução dos elevados índices de pobreza e a diversificação da economia nacional encabeçam a lista de desafios do Governo, sendo que as perspectivas de avultados investimentos na indústria transformadora deixam antever potenciais níveis de sucesso na execução desses objetivos.
Recuando um pouco no tempo, destaca-se a década de 60 do século XX (era J.K.) como ponto de referência no crescimento da indústria transformadora, a qual se integrava num plano largo de crescimento econômico e progresso das estruturas produtivas internas.
De acordo com o Ministério da Indústria, as principais atividades da indústria transformadora verificaram uma evolução significativa, com o setor de confecções registrando um crescimento significativo nos últimos 10 anos. Estes indicadores sustentaram a elaboração do Plano de Modernização da Agricultura, em que a cultura do algodão constitui uma prioridade, com o intuito de abastecer as principais unidades fabris em reabilitação.
O primeiro passo para este projeto consistiu na realização de um diagnóstico do parque industrial têxtil. Quanto à aquisição da matéria-prima, a situação realista revela que, se houver produção nacional suficiente de algodão, vamos adquirir, para abastecer as referidas fábricas. Caso não haja produção suficiente, teremos que importar. Porém, o Governo quer ver a produção interna do algodão incrementada, pois serão necessárias cerca de 20% a mais da produção atual, números ainda longe de se concretizarem, para o abastecimento das principais fábricas.
Com a reabertura das fábricas têxteis, espera-se que o número de agentes privados envolvidos neste setor cresça “satisfatoriamente”, convicto de que há fortes garantias por parte do Estado, para criar um mercado interno com as melhores condições para o investimento privado. Uma vez que a paralisação da indústria têxtil colocou no desemprego centenas de trabalhadores, espera-se que a curto prazo os empresários venham a proporcionar novos postos de trabalho.
Um outro elemento chave, para a mão-de-obra tratar-se da remodelação das referidas unidades industriais, que deverão garantir a formação profissional dos novos profissionais que entrarão nesse mercado promissor.
Produção de matéria-prima
Sendo o algodão uma matéria-prima fundamental para o renascimento da indústria têxtil nacional e apesar do “pontapé de saída” para o cultivo deste produto ter sido dado, não existe, por enquanto, qualquer projeto público ou privado que faça atingir os níveis de produção mais elevados.
Atualmente, há quem sustente a urgência em se avançar para um projeto, que englobe o funcionamento dos sistemas de irrigação nas Margens do São Francisco, bem como o uso de toda a maquinaria montada para suportar a cultura do algodão.
Por outro lado, sendo o algodão um produto transacionado em bolsa, em que a Ásia é o principal mercado mundial com 80% das compras ainda existe a perspectiva de “exportar para estes mercados” se nossa produção for excessiva.
Imagem via Portal do Agronegócio e Closet Online
Por Renato Nogueirol Lobo
(Renato Nogueirol Lobo é professor, engenheiro mecânico e têxtil, pós-graduado em Gestão de Produção e em Qualidade e Gestão de Produção e Pessoas, o autor reúne dezoito anos de experiência em diversos livros práticos e objetivos.)
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Imagem de abertura via Diário de Bordo