Quem acompanha o Blog sabe que, às vezes, Ciro e eu nos colocamos a missão de fazer uma receita usando as sobras que temos na geladeira. Pra liberar espaço e não deixar as coisas estragarem. Dessa vez, temos um motivo a mais: a cozinha do Blog vai mudar de endereço. Estamos juntando os panos de prato de vez. Olhaaaa!!!!
Na verdade, já estávamos morando juntos porque Ciro já estava em casa. Mas era a minha casa. Agora, vamos para um apartamento nosso. Estou tentando praticar o desapego e dar, vender, jogar fora tudo que não vou usar realmente. Só uma coisa não me sai da cabeça: onde vou colocar todas as minhas maquiagens, pelamoooor de Deus???? Veremos…
A gente começou a procurar onde morar no meio de um feriado. Um dia chuvoso e frio, do tipo ideal pra ficar na cama, embaixo do edredom. Podíamos ter deixado pra depois, mas não quisemos. E deu certo: o segundo apartamento que vimos, adoramos. Dona Sara, a proprietária, foi quem nos mostrou. De cara gostamos dela e ela de nós. Nem vimos outros – aquele era o lugar.
Pra cada amigo que eu conto, um choque. Eu era a última pessoa que meus amigos imaginariam indo morar com um namorado. Eu também nunca me imaginei nessa situação. Sempre fui independente demais, nunca gostei de “dar satisfação” do que ia fazer, onde, com quem ou porquê. “Culpa” da minha mãe, que me criou e educou pra ser exatamente assim. Nunca me deixou “namorar sério” muito cedo. Dizia que um namorado me distrairia e tiraria o foco do que eu precisava fazer: estudar, viajar, sair, curtir, ser livre. Nada mais sábio! Não que eu vá deixar de fazer tudo isso – eu morreria a pior das mortes, que é a da tristeza. Mas agora não vou fazer sozinha. Até porque, Ciro é supercompanheiro, topa tudo, me apoia… Se ele fosse o tipo de homem sufocante, não teria passado da primeira semana.
Ontem, um colega de trabalho, totalmente surpreso com a notícia, olhos arregalados e boca aberta, perguntou: “como assim? É de verdade? Definitivo e pra sempre?”. Bem, relacionamentos não são um pote de maionese que vem com prazo de validade na embalagem, então, não dá pra saber até quando vai durar, ainda que a vontade seja de que dure pra sempre. Mas dá pra saber se são de verdade, o que já é bem importante… E tão importante quanto ser de verdade é ser uma escolha legítima, porque ambos querem, não porque “precisam”. E assim está sendo. Não estamos juntando os panos de prato (e todo o resto), porque precisamos: nós queremos. De verdade.
O pai do Ciro disse que pra dar certo só depende de nós e, por isso, temos que caprichar. Poucas vezes ouvi um conselho tão bom pra um relacionamento: caprichar. Conselho bom e de graça. Este, sem dúvida, vamos seguir.
O que usamos
2 dentes de alho picados
1/3 pimentão verde cortado em fatias
Cebola
Azeite
3 colheres de sopa de polpa de tomate
2 tomates picados grosseiramente
1 colher de sopa de caldo de carne
Molho inglês
Pimenta-do-reino
Vinho tinto
1 folha de louro pequena
Orégano fresco
2 colheres de sopa de manteiga
Sal
Mix de ervas secas (“herbs de provance”)
Salsichas (já cozidas)
Como fizemos
Refogamos alho, cebola e pimentão no azeite. Adicionamos a polpa de tomate, os tomates e caldo de carne. Temperamos com molho inglês, pimenta-do-reino e louro. Tampamos a panela e deixamos cozinhar em fogo baixo com um pouco de água e vinho tinto. Depois de o molho estar um pouco cozido, adicionamos orégano fresco.
As salsichas, fritamos na manteiga com sal e mix de ervas secas.
Na cozinha tocou
The Rolling Stones