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Trabalhe no que você ama – Conheça o chapeleiro Du E-Holic no vídeo Fashion Bubbles

“O que você está fazendo agora? É algo que você realmente ama?”. É com esses questionamentos que começa All work and all play, um vídeo…

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“O que você está fazendo agora? É algo que você realmente ama?”. É com esses questionamentos que começa All work and all play, um vídeo produzido pela Box1824 que foca especificamente nos jovens que estão começando sua vida profissional, cheios de sonhos, aspirações e conceito de sucesso.

Numa linguagem original, All work and all play conta sobre os Millennials, como são chamados os jovens que procuram opções profissionais onde possam associar suas paixões pessoais com o trabalho – diferentemente dos jovens de outras épocas, como os baby bloomers que buscavam estabilidade em primeiro lugar e da geração X que pretendia ficar rica enquanto jovem.

Para os Millennials, é mais importante curtir o caminho do que chegar ao destino final. O prazer determina a realização profissional e eles sempre buscam combinar paixão com trabalho. “Amar o seu trabalho vai lhe colocar em movimento. É o único jeito de viver uma vida plena – todos os dias”, diz o vídeo. A teoria é muito encantadora, mas como “viver um sonho” funciona na prática?

Veja também: Millennials versus Geração X e Baby Boomers – Fazer o que ama? Saiba as diferença de comportamento dessas gerações

 “Confie em mim, trabalhe no que você ama”

Essa é a frase que o paulista Du E-Holic deixa como marca por todos os lugares que passa. Para quem busca inspiração para ser um Millennial, não há melhor exemplo do que o chapeleiro da Vila Madalena, que é uma personificação do ideal de viver um sonho todos os dias. “Fazendo o que gosta, você confunde a carreira com sua vida, realmente”, diz Durval Sampaio, como foi batizado antes de ser conhecido por seu apelido que virou o nome de sua marca.

Du E-Holic – Conheça a história e a trajetória de Durval Sampaio

Desde criança, Du E-Holic era caracterizado pela cabeça grande – que hoje tem 62 centímetros de diâmetro, bem maior que a média de tamanhos, que fica entre 58 e 59. Se quando pequeno já era difícil encontrar bonés que coubessem, depois de adulto essa missão era quase impossível, se considerar que os modelos disponíveis no mercado não agradam ao gosto de Durval.

Foi quase que por acaso: Du E-Holic comprou uma touca para ir a uma festa e a customizou bordando alguns botões – uma coisa bem rústica, como ele mesmo descreve. Ainda empolgado com o bom resultado, os próprios amigos de Durval começaram a pedir peças semelhantes. Quando percebeu, já estava costurando todos os dias.

Nesse momento sua vida parecia bastante estável enquanto trabalhava com sucata industrial – o que lhe rendia uma certa estabilidade financeira, também. Entretanto, Du E-Holic percebeu que aquelas toucas vendidas a R$20 ou R$30 lhe davam mais prazer do que os equipamentos vendidos a mil ou dois mil reais – era hora de se entregar ao seu sonho.

 

“Larguei tudo de um dia para o outro, minha mãe achou que eu estava ficando doido”, conta o chapeleiro. Nessa guinada na vida, Durval comprou diversas máquinas de costura diferentes – mas apanhou de todas elas: a primeira cartola saiu apenas um ano e meio depois, com muito esforço e dedicação, praticando e errando por dez ou doze horas diárias.

De referência, ele toma a música e as pessoas. “Costurar conversando, pra mim, é diversão”. Em cada chapéu há uma etiqueta indicando o que Du E-Holic ouvia enquanto costurava a peça. Para o chapeleiro, que não busca referências de moda, a música é fundamental na criação, uma vez que é ela que transporta Durval para uma forma, um tecido e uma estampa.

Quando Durval Sampaio parecia já ter alcançado seu propósito, sendo ele mesmo uma prova viva e bem sucedida de sua própria filosofia, o chapeleiro não se dá por satisfeito e resolve dar outra guinada em sua vida: no dia 31 de dezembro de 2012 Durval fechará as portas de sua loja na Vila Madalena para no dia seguinte começar uma nova jornada, o Chapéu sem CEP.

A partir do ano que vem, Du E-Holic e sua máquina de costura vão morar num ônibus, viajando pelo Brasil, vivendo de trocas e de histórias. “O Chapéu sem CEP será uma forma de levar a minha arte para as pessoas e em troca me manter. O dinheiro é só um papel que inventaram para a gente trocar em coisas, então porque não trocar o meu trabalho que é algo me satisfaz e ainda deixar um pouco de mim por onde eu passar? Essa é a ideia, não faz mais sentido vendê-los”, conta o chapeleiro.

Para quem quer acompanhar o desfecho dessa história, Du E-Holic vai narrar sua jornada em sua página no Facebook.

Confira também o site: www.e-holic.com.br.

 

Por Samantha Mahawasala

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